segunda-feira, outubro 01, 2007

Ciclo Seco Ou Caio Fernando e seu prognóstico a minha fase de vida...

Todo mundo conhece ciclo seco, a maioria até já passou por ele. Alguns mesmo vivem desde sempre dentro dele, achando que isso é vida e eternizando o que, por ser ciclo, deveria também ser transitório. É preciso acreditar que passa, embora quando dentro dele seja difícil e quase impossível acreditar não só nisso, mas em qualquer outra coisa. Não que ciclo seco não tenha fé, o que acontece é que não podendo ver o que não é visível, fica limitado ao real.

Antes de ir em frente, é importante dizer que ciclo seco nada tem a ver com as estações do ano. É coisa de dentro do humano, não de fora, e justamente por isso não tem nenhum método: vem quando não é esperado e vai quando não se suspeita. Ciclo seco não desaba de repente sobre alguém; chega aos poucos, insidioso, lento. Quando se percebe que se instalou, geralmente é tarde demais. Já está ali. É preciso atravessá-lo como a um deserto, quando se está no meio e a água acabou. Por ser limitado ao real, o ciclo seco jamais considera a possibilidade de um oásis ou de uma caravana passando. Secamente, apenas vai em frente.

Porque o real do ciclo seco são ações, não pensamentos nem imaginações. Tanto que, visto de fora, não é visível nem identificável. Não se confunde com “depressão”, quando você deixa de fazer o que devia, ou com “euforia”, quando você faz em excesso o que não devia. Em ciclo seco faz-se exatamente o que se deve ou não, desde escovar os dentes de manhã ou beber um uísque à tardinha, mas sem prazer. Nem desprazer: em ciclo seco apenas se age, sem adjetivos. A propósito, ciclo seco não admite adjetivos — seco é apenas a maneira inexata de chamá-lo para que, dando-lhe um nome, didaticamente se possa falar nele.

E deve-se falar dele? Quero supor entusiástico que sim, mas não tenho certeza se dar nome aos bois terá alguma serventia para o dono dos bois ou sequer para os próprios bois — e essa é uma reflexão típica de ciclo seco. Mas vamos dizer que sim, caso contrário paro de escrever já. E falando-se dele, diga-se ainda que ciclo seco não é bom nem mau, feio ou bonito, inteligente ou burro — nem a Alice, de Woody Allen, nem Bette Davis em algum filme antigo, nem o Homem Elefante nem um dos irmãos Baldwin, nem Gertrude Stein nem Romário —, embora possa dar uma impressão errada a quem o vê de fora, ávido por adjetivar.

Ciclo seco, por exemplo, não se interessa por nada. Pior que não ter o que dizer, ciclo seco não tem o que ouvir, compreende? Fica na mais completa indiferença seja ao terremoto no Japão ou à demissão de Vera Fischer. No plano pessoal, tanto faz ler ou não ler um livro, ir ou não ao cinema — ciclo seco é incapaz de se distrair, de se evadir. Fica voltado para dentro o tempo todo, atento a quê é um mistério, pois que pode um ciclo seco observar de si mesmo além da própria secura, se não há sequer temporais, ventanias, chuvaradas?

Nesse sentido, ciclo seco é forte, porque nada vindo de fora o abala, e imutável, porque de dentro nada vem que o modifique.

E nesse sentido também é antinatural, pois tudo se transforma e ele não, simulando o eterno em sua digamos, i-naba-la-bi-li-dade. E sendo assim, com alívio vou quase concluindo, pode se deduzir que.

Não, não se pode deduzir nada. Só que passa, por ser ciclo, e por ser da natureza dos ciclos passar. Até lá, recomenda-se fazer modestamente o que se tem a fazer com o máximo de disciplina e ordem, sem querer novidades. Chatíssimo bem sei. Mas ciclo seco é assim mesmo.

Todo mundo tem os seus, é preciso paciência. E contemplá-lo distante como se se estivesse fora dele, e fazer de conta que não está ali para que, despeitado, vá-se logo embora e nos deixe em paz? Eu, francamente não sei.Ainda mais francamente, nem sequer sinto muito.

(texto de CFA devidamente enviado por email (2 vezes) pela Clara-Lu)

sexta-feira, setembro 28, 2007

Hoje é dia de Motim...

Então você foi lá e viveu todo o luto. Todo aquele processo que tem que viver. Chorou rios. Quase quebrou os dedos esmurrando coisas pra extravasar a raiva. Teve o período da negação. Dos porquês. Se achou culpada de tudo. Culpou o outro de tudo. Quis morrer. Achou que ia morrer. Passou por todo aquele “é assim mesmo, mas passa”. Sempre passa. Passou? Sim. Não. Vai saber. Decidiu viver. Viveu. Então, você se enche de certezas. De poses. De “estou ótima”. Pronta pra outra. Você consegue falar da situação sem ter crises incontroláveis. Você começa a recuperar (infelizmente) alguns dos seus quilos perdidos no processo destrutivo. Esvaziou-se. Encheu-se. Esvaziou-se de novo. Encheu-se a conta gotas. Esta bem. Está ótima. Esta certa. Pode até trepar de novo. Trepou. Beijou. Trepou mais um pouco. Fez amor? Não. Trepou. Sonhos acontecem. Alguns vão por água a baixo. Normal. Você nem liga mais. Você é forte. É fodona. É fodástica. E conteúdo. É casca. Entre mortos e feridos. Você se salvou. Ilesa? Alguém algum dia sai ilesa de algo? Mas se salvou. Isso que importa. Vaso ruim não quebra. Dizem. E você lascou. Colou com super bonder. E ta ai. Meio surrada. Mas inteira. Cheia de certezas. Cheia de conclusões. Cheia de entendimentos. Cheia. Certo? Errado. Bem errado. Quando um sonho idiota. Completamente idiota. Te deixa em crise. Sempre. Dura 24 horas. Vinte e quatro horas de crise. Certezas. Poses. Afins... Tudo por terra. Vinte e quatro horas que você pira. Viaja. Chora. Rir de nervosa. 24 horas. Até sonhar outra coisa. Pra apagar aquele sonho idiota. E você achando que a tempestade tinha acabado. Ta é no olho do furacão... Tsc...

quinta-feira, setembro 27, 2007

Roda Viva


Então a vida é isso. Nascemos. Crescemos. Brigamos. Escola. Nascem pelos. Mestruamos. Engrossamos a voz. Brigamos com o cabelo. Escolhemos entre o certo e o errado. Brigamos com os sentimentos. Os seus. E dos outros. Estudamos. Trabalhamos. Beijamos. Trepamos. Fazemos amor. Sorrimos. Choramos. Amamos. Odiamos. Desprezamos... Sentimos. Temos ou não filhos. Temos ou não companheiros. Envelhecemos. Vivemos... Ou não... Vamos girando a roda da nossa vida, como aqueles ratos brancos de laboratórios. Ora de forma entediante. Ora de forma frenética. Depende da “droga” que nos alimenta naquele momento. Mas sempre girando. Muitas vezes no automático.

Então a vida é isso? Sem mágica? Mas ao mesmo tempo tão ilusória. Tão fugaz. É o momento (?). O agora (?). O já (?). Tentamos uma forma equilibrada de viver o hoje e garantir o amanhã. Queremos sempre mais. E nunca encontramos o tal mais.

Então a vida é isso: Rodamos em desespero dentro de nossa gaiola, girando essa roda atrás de algo que nem sabemos o que é. Simplesmente porque é assim que tem que ser feito. É assim que sempre foi feito.

Então a vida não é nada disso? É aquilo que fazemos por impulso. É o beijo roubado. É o beijo dado com gosto. É olhar o filho dormindo. Lagartear no sol. Não ter hora. Cinema. Pipoca. Guaraná. Passeio no Zoológico. Parque de diversões. É rir até a barriga doer e as lágrimas escorrem. São os amigos. É beijar na boca. Fazer amor. É ficar parada olhando o pôr-do-sol e sentir paz. É tomar banho de chuva no verão. É não ter hora pra deitar. Nem levantar. É deixar de lado os compromissos. Se encher de sorvete de chocolate. Comover-se com bobeiras. Ligar o famoso botão. É ter a certeza que tudo passa. Ou não. Mas mesmo assim achar que vale a pena. Melhor. Ter alguém que nos convença que tudo passa, quando o mundo despenca na cabeça. Dar-se o luxo de ser fútil. De ser séria. De ser. Ou de não ser. De não ser política. De não ser cordata. De não ser “gente grande” o tempo todo. De não querer. Ou de querer. De querer ser fraca. De querer ser forte. De querer ser conteúdo. De querer ser casca. E simplesmente ser...


Então a vida é isso: A vida é. Ora a gente gira na roda do laboratório. Ora a gente faz motim. Ora ratos brancos. Ora ratos coloridos... Azul, rosa, amarelo... Que cor você prefere?

quarta-feira, setembro 26, 2007

Ta na idade...


Não sou moralista. Longe de mim cuspir pra cima. Porque corro o sério risco de ficar com a cara babada. Mas não entendo quando vejo uma mulher dizer, vamos sair pra “caçar”, sendo o principal motivo da festa beijar na boca e não divertir-se. Não vou pra balada pra beijar na boca (se bem que ultimamente nem pra balada tenho ido), vou pra extravasar, dançar, enfim, me divertir. Claro que já fui uma adolescente idiota e beijar na boca já foi o mais importante. Mas a fase de boba já passou, há mais de 10 anos. E nunca, em nenhum momento mais idiota meu, beijei mais de uma boca por noite. Acho o fim, sem moralismo com quem beija, afinal cada um mete a boca onde bem entender, mas acho realmente o fim o infundado “pegou quantos?”.

Minha mãe e eu discordamos de quase tudo, mas se tem algo que nós duas podemos dizer que estamos de acordo é quando ela diz “mantenha a dignidade”. No meu caso nem sei se é fundamentalmente dignidade, mas tenho orgulho de mais. Isso eu garanto. Já liguei para caras que estava a fim. E esses mesmos caras já não me atenderam. Só que não ligo incansavelmente para algum cara, nunca passei a noite ligando e ouvindo recado de secretária eletrônica. Se algum desses não me atendeu por estar no banho, por estar enterrando a avó, por ter sido voluntário num desastre de avião... Quando retornou a ligação encontrou a secretária eletrônica. É orgulho. É “dar-se o valor”. Mas isso não foi da noite pro dia. Aprendi depois de muitas chamadas minhas não atendidas. Depois de muitos “não se dar valor” jogados na minha cara. E pra ficar melhor a situação, hoje raramente ligo pra alguém. E não é por cu doce. Eu simplesmente acho que não tenho o porquê de fazer isso.

Já levei muitos foras da minha vida. Já fui deixada, das piores maneiras. Sofri cada uma dessas oportunidades como uma cadela. Sofri. Sozinha em cima da minha cama. Lavando meu travesseiro e esmurrando as minhas paredes. Pra geral? Estava ótima. Aos amigos me acabava em porquês, em palavras pra crucificar o desgramado. Algum desses causadores de sofrimento soube? Um ou dois na minha retardada adolescência. Hoje me acabo por dentro, mas a casca esta intacta, sem nenhum arranhão. Amor próprio de mais, orgulho em doses colossais. Mas antes de tudo, a tal dignidade que minha mãe fala. O assumir que “ele simplesmente não esta afim de você”, e não é rastejando, implorando, ligando madrugadas inteiras, virando “a chata”, que isso vai mudar. Ele continuará não estando a fim de você. Só que agora falará pra todos o quão desesperada (provavelmente dirá desesperada por sexo) você é. Isso apenas aumentará o ego dele, na mesma proporção do despreso. Nada é indolor. Dói igual. Mas com certeza, mantermos a pose, evita que façamos papel de ridículas.

Mais uma vez eu digo, longe de mim esse moralismo todo. Não posso. Não tenho um passado que me deixe atirar a primeira pedra. Eu que ando cansada de tudo isso. De coisas vazias, de beijos em bocas sem sentido. Em baladas onde a música que toca é menos importante do que o percentual de homens pegáveis por metro quadrado. Ando trocando qualquer baladinha meia boca, por um programa com amigas em um boteco que certamente não terá nenhum homem que se possa olhar duas vezes, pelo simples fato de me parecer mais interessante rir, conversar, beber, saber da vida de cada uma delas e é claro, falar de homens... To preferindo ficar em casa ao bar cult da moda, recheados de bons partidos, onde possa quem sabe beijar umas três, quatro bocas...

To na idade. To ficando velha pra tanta coisa vazia.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Tópicos


- Notícias do Japão: Falei com a Mila pela manhã. Estava numa lan com decoração havaiana que servem drinks de graça. E de malas prontas. Não gostaram da cidade que estão, Toyota. Quarta devem ir para Tókio. Ainda bem, ela era capaz de morrer de tédio no interior do Japão. Manda dizer que esta viva e bem. Breve, eu espero, deve retornar com o blog. E mais breve, eu espero mais ainda, deve mandar meu zippo e os cigarros de pêssegos, rosas com strass. Imagina eu com cigarro rosa!!

- Bernardo esta com catapora, desde quarta. Eu não faço a mínima idéia de quanto tempo essas coisas demoram pra secar. Como ele estava viajando, só vou levá-lo ao médico hoje. Mas por incrível que parece ele esta bem, e sem nenhuma manha.

- Depois de vários dias de chuva, resolveram dar uma folga. Ta um sol lindo, mas um frio de inverno.

- Desde que quarta que ando acordando cedo e dormindo tarde. Mas tarde mesmo. Quinta (feriado aqui) fui dormir 4 da tarde, sábado deitei às 8:30 e a 13:00 já tava de pé. Certo que dormi de novo, praticamente o dia todo, e quanto mais eu durmo, mais sono eu tenho.

- Como podem ver, continuo sem idéia do que escrever aqui.

- Eu ganhei, não lembro de quem ganhei, mas alguém em deu o certificado de melhores momentos virtuais. Valeu. Se bem que ultimamente, não anda tendo nada que valha muito a pena por aqui.







Bem e eu tenho que passar o trem:

- Diário De Mim Mesma

- Expresso Para Dois...

- One Last Cigarette

- Psicofilosofias da Vida Cotidiana

- Segredos de Liquidificador

- Vida no Rascunho



Até.

sexta-feira, setembro 21, 2007

...

Daí que eu só escrevo bem, quando estou infeliz, triste, puta da cara...
Ou em último caso, apaixonada.
Uma média de 3X1.
Matematicamente da pra vocês deveriam ficar feliz por não estarem lendo nada que preste. Certo?


Bom finde!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Carta

Carta de Caio Fernando Abreu para Hilda Hilst, sobre o encontro com Clarice Lispector


"Hildinha, a carta para você já estava escrita, mas aconteceu agora de noite um negócio tão genial que vou escrever mais um pouco. Depois que escrevi para você fui ler o jornal de hoje: havia uma notícia dizendo que Clarice Lispector estaria autografando seus livros numa televisão, à noite. Jantei e saí ventando. Cheguei lá timidíssimo, lógico. Vi uma mulher linda e estranhíssima num canto, toda de preto, com um clima de tristeza e santidade ao mesmo tempo, absolutamente incrível. Era ela. Me aproximei, dei os livros para ela autografar e entreguei o meu Inventário. Ia saindo quando um dos escritores vagamente bichona que paparicava em torno dela inventou de me conhecer e apresentar. Ela sorriu novamente e eu fiquei por ali olhando. De repente fiquei supernervoso e sai para o corredor. Ia indo embora quando (veja que GLÓRIA) ela saiu na porta e me chamou: - "Fica comigo." Fiquei.

Conversamos um pouco. De repente ela me olhou e disse que me achava muito bonito, parecido com Cristo. Tive 33 orgasmos consecutivos. Depois falamos sobre Nélida (que está nos States) e você. Falei que havia recebido teu livro hoje, e ela disse que tinha muita vontade de ler, porque a Nélida havia falado entusiasticamente sobre Lázaro. Aí, como eu tinha aquele outro exemplar que você me mandou na bolsa, resolvi dar a ela. Disse que vai ler com carinho. Por fim me deu o endereço e telefone dela no Rio, pedindo que eu a procurasse agora quando for. Saí de lá meio bobo com tudo, ainda estou numa espécie de transe, acho que nem vou conseguir dormir.

Ela é demais estranha. Sua mão direita está toda queimada, ficaram apenas dois pedaços do médio e do indicador, os outros não têm unhas. Uma coisa dolorosa. Tem manchas de queimadura por todo o corpo, menos no rosto, onde fez plástica. Perdeu todo o cabelo no incêndio: usa uma peruca de um loiro escuro. Ela é exatamente como os seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor.

Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto. Acho que mesmo que ela não fosse Clarice Lispector eu sentiria a mesma coisa. Por incrível que pareça, voltei de lá com febre e taquicardia. Vê que estranho. Sinto que as coisas vão mudar radicalmente para mim – teu livro e Clarice Lispector num mesmo dia são, fora de dúvida, um presságio. Fico por aqui, já é muito tarde.

Um grande beijo do teu Caio"



* Amanhã é feriado por aqui, então até sexta!

terça-feira, setembro 18, 2007

Sensações...

Então naquele momento não faltava nada. Apesar de faltar tanta coisa. Mesmo eu ainda querendo tanta coisa. Naquele momento me senti completa. Estava simplesmente feliz. Fechava os olhos e me sentia embalada, meu corpo todo mexia. Sem mexer. Eu sabia que era embalada. Mesmo quando abria os olhos não havia ninguém ali. E eu me sentia completa. Me sentia feliz. Uma felicidade absurda. Algo que normalmente não esta em mim. Que me fazia rir na cara das pessoas. Mas não rir das pessoas. Rir para as pessoas. Aquele tipo de bobeira que te dá acessos de riso incontroláveis, que saem meio cuspidos, pois vamos tentando trancar, trancar... E eu ria, e eu chegava a chorar de tanto rir. Sem explicação. Simplesmente porque naquele momento, mesmo me faltando tanta coisa, não me faltava nada. Minhas mãos e pés entravam em transe. Dormentes. Formigava. E eu sabia por quê. Que estava ali para um propósito e tudo tinha sido como deveria ser. Não ficava parada. Não conseguia ficar. Era energia de mais. Felicidade de mais. Bobeira de mais. E eu levantava, dançava, ria. Depois me atirava de peixinho no colchão. E ria mais ainda. Ninguém entendia. Nem aquele negrinho que corria de bico azul me assustava. Eu ria mais. Nem o puxão do lençol que senti, mas não teve, me assustava. Eu ria mais de boba. Eu não sou assim. Eu sou mais debochada. E menos boba. Eu sou mais sarcástica. E menos inocente. Mas naquele momento eu só era inocência. Então dois dias depois eu chorei. O único momento que chorei. Foi de felicidade. Daqueles choros bobos. Que as lágrimas brotam e a gente ri junto. Quando voltei pra casa. Toda minha noção de espaço havia se perdido. Foram apenas dois dias. Mas me pareceram meses. Em dois dias me senti completa. Feliz. E nada me faltava. Nada. Eu havia sido visto o negrinho de bico azul correndo. Eu havia sentido puxões no meu lençol. Eu havia sido embalada por ninguém. Eu havia me sentido completa e feliz. Mesmo me faltando tanta coisa. O que mais iria querer?

segunda-feira, setembro 17, 2007

Tópicos (pq estou lenta ainda)

- Voltei. A ansiedade era de coisa boa pessoas. Mas ao contrario do que alguns pensaram não é homem. Tsc. Tem coisas que me fazem muito mais feliz e me deixam bem mais ansiosa.

- Então fds foi ótimo, o nervosismo na hora H, passou, eu acabei por não sentir nada, ri muito, brinquei, descansei, fiquei feliz, chorei, e sabe? To leve, renovada.

- Eu ainda to meio lenta, me situando no tempo e espaço, os ambiente me parecem completamente diferentes.

- Não da pra explicar mais que isso, não posso, e to com preguiça.

- Então era isso, só pra dizer que to viva, e que to ótima!!!!

- Ahhh!! A tarde estarei sem net!

sexta-feira, setembro 14, 2007

Ansiedade...


Então a ansiedade e o nervosismos me pegam assim meio de lado... Frio na barriga... Eu fico, em alfa, alienada e descompassada...
Finde incomunicável!

Fui pessoas!

quinta-feira, setembro 13, 2007

Nada melhor que ele...


"Mas não é verdade que nunca tivesses suspeitado desta tarde e desta fome, não é verdade que por um momento sequer tivesses tentado fugir à tua trágica determinação, não é verdade que alguma vez tivesses sequer pensado numa possibilidade de salvação, sabias desde o começo da consistência ácida do que tecias, e no entanto persistias nela, como quem penetra num beco sem saída, caminhando pela estreita dimensão que sabias desde sempre, intransponível; sim, tu sabias deste momento a construir-se desde o começo, e não fizeste nenhuma tentativa de evitá-lo; agora é necessário que enfrentes, embora talvez não soubesses do depois deste momento que se faz agora e portanto não possas estar preparado para o próximo momento, mas deste sabes, tudo se encaminhou para ele, e já não podes fazer mais nada, á não ser enfrentá-lo; tens ainda o que convencionaste chamar força; tens ainda todas as partículas de tua determinação; tens ainda a tua integridade, embora saibas que ela pode te destruir, pois então toma dessa fibra que a si mesma se construiu em solidão sob teu olhar espantando e impassível, toma dessa fibra feita de algo tão denso quanto o ódio, toma do teu ódio, agora enfrenta."


Trecho de O Afogado - Livro O Ovo Apunhalado.
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, setembro 12, 2007

...

Então ando me sentindo vazia. Sem nada. Podem sugar, não sai mais nada daqui de dentro. Não amo nenhum homem. Não odeio ninguém. Tenho problemas, os mesmos que todo mundo tem. Às vezes os meus parecem piores, mas com certeza não devem ser. Não estou passando por nenhum pseudocrise-interna, não estou dando pulos de alegria por nada. No momento, estou existindo. Inerte. Queria tanto me esvaziar, que consegui. Oca. Agora preciso me encher novamente, nem que seja a conta gotas. Porque esse oco da uma dor no estômago que não faz parte de mim. Uma amiga me disse que isso é um processo de purificação, de limpeza, não sei, ela tem umas idéias esotéricas meio malucas. Seja lá o que for, segundo ela o processo já chegou ao fim. Foi um processo dolorido, chorei todos os amores quer eu tive e perdi, por todos que me tiveram e perderam. Pelas minhas incapacidades. Um a um, cada fantasma da minha vida foi indo embora, foi expulso. E a cada um que saia de mim, era de uma dor enorme, como se levassem algo junto. E foram, todos, toneladas saíram das minhas costas. Mas acabou que vazio me incomoda. Eu sei o que quero. Agora sei exatamente o que quero. Só não sei se tenho condições de ir lá buscar. Tudo acabou me parecendo vazio de mais. Amo minhas amigas, meus amigos, mas ando preferindo ficar em casa. Deve ser o tal ostracismo. Não que eu não queria sair, ir pra rua, quero. Mas na hora, me dá uma coisa... Sei lá. Não sei explicar sem que isso pareça falta de vontade. Pois não é falta de vontade. É algo diferente. E como se perguntasse “pra que?” em tempo intergal. Isso deve passar também. Assim como passou a sensação de transbordar a cada passo. Ta confuso de mais. Ou talvez seja esse excesso de clareza que não me deixe ver as coisas. Ultimamente não consigo mais escrever nada conciso, coerente. Sai esse amontoado de coisas sem nexo. Mas não. Não pensem que estou mal. Não estou. Pelo contrário. Estou bem. Minha cabeça focada em uns problemas ai. Mas bem. Eu acho, que apesar de tudo não andava tão bem há tempos. Da uma estranheza e ao mesmo tempo um alivio, essa ausência de tudo, essa coisa oca. Uma outra amiga, bem menos mística e bem mais carnal, me disse que é apenas falta de sexo e de amor. Talvez. Podem ser que ambas estejam certas. Ou erradas. Eu simplesmente não sei. É como se nada tivesse grande importância. Nem meus medos. Nem minha casa com cercas brancas e labrador. Talvez seja pra não ser. Ou se for, será. Não me importo muito. Como se tudo estivesse como deveria ser. Como foi planejado. Em algum lugar. Em outro nível. Ou talvez não, talvez eu tenha ficado tão cansada que simplesmente parei de correr atrás do meu próprio rabo. Porque simplesmente não se chega a lugar algum. Pessoas me perguntam o que eu tenho. Como se estivessem me vendo pela primeira vez na vida. Como se viesse de outro planeta. Não sei o que tenho. Ou o que não tenho. É apenas uma sensação de que de agora em diante não há mais o que tirar de mim. Só preciso colocar. Absorver. Ou... Tsc. Não seja nada disso.

terça-feira, setembro 11, 2007

Plectranthus Nummularius


Bernardo chegou em casa ontem, trazendo da escola, uma muda de Plectranthus nummularius, conhecida popularmente como "dólar". E disse pra mim "agora não tem mais porque tu reclamar de dinheiro mãe, é só esperar nascer"


Ai, ai, ai... Quem dera né?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Da série: Eu sei o que vocês andam fazendo!

Entretantas, blog ; Entretantas; Blog da Jana: Sim, sim, chegaram ao lugar certo! A vontade

Colorir a virilha: Olha, parece que dá, tem que testar antes, imagina se embola!

De tantas caras que eu posso: Como? Algum problema de português e de concordância verbal...

Não gosto de loiros : Nem eu, mas abro algumas exceções!

Eu entre tantas mulheres : É filha, a gente tem que se achar, por se não, ninguém acha!

Tudo depende da flexibilidade do rabo da lagartixa : Tudo! Já disse isso, no rabo da lagartixa que ta o segredo!

Eu amo pênis e eu quero ver isso: Aqui não tem não, mas sempre se pode procurar um ao vivo. Já tentou?

Quero casar com você , se não for nessa, será em outra vida: Aí, as vezes é melhor deixar ir sabia? Mas vou torcer pra não virem do mesmo sexo.

Eu sei que acabou tudo entre nós, mas: Mas nada minha filha, se acabou, acabou. A vida segue pra frente!

Sou autentica isso incomoda muitos: É incomoda mesmo. Mas vc liga?

Eu aprendir que dor são barreira: Agora você pode começar a aprender a escrever!

Me arrependo é isso me incomoda: Incomoda mesmo, mas passa vi, ou não, as vezes a gente se arrepende pra sempre, mas para de incomodar!

Mas, a vencedora de busca ainda é a foto do Marcelo Antony peladão!! Totalizei mais ou menos 25 buscas. A caça da imagem!!!

quinta-feira, setembro 06, 2007



Apertem os cintos, vamos bater!

PS: Dia da pá virada, odeio quando não estou a fim de fazer algo, e faço pelo bem geral da nação!

BOM FERIADÃO!

quarta-feira, setembro 05, 2007

10 Coisas que Irritam

Esse povo não aprende mesmo que eu adorooooooo correntes né? Essa aqui me mandou a última. Sobre 10 coisas banais (ou nem tanto) que me irritam.

1. Ter que repetir mais de duas vezes o que eu falei. Me irritar mais só se tiver que repetir isso pau-sa-da-men-te, pra ser entendida;

2. Gente depressiva. Ok, eu sei que depressão é uma doença, estou falando que nem toda gente depressiva sofre de depressão. Saca o que eu to falando? Aquele povo que adora pagar de mártir. Que seu problema sempre é maior que o dos outros, que sempre sofre mais do que qualquer pessoa? Então, esse tipo. Como diria o CFA, nada que um tanque de roupa suja não resolva. Mas claro que as roupas de figuras assim estarão mais sujas que as suas.

3. Contar moedinhas. Eu sou pobre. Mas meu espírito é rico. Saca quando você sai com uma amiga, ou com alguém e for dividir, é dividir. Meio a meio. E desde que ninguém tenha pedido nada exorbitante, como ela só ter tomado refrigerante e você ter enchido a cara de cerveja, acho o cumulo algo do tipo: sua parte deu R$ 12,48 e minha R$ 11,35.

4. Lençol. Me irrita. Acho que a maior invenção do século foi o lençol com elástico. Sempre esticadinho. E odeio lençol de cima, aquela coisa embola nas pernas e eu não durmo nem amarrada. Passo a noite esticando o troço. Por isso o aboli. Só uso edredom.

5. Falar com alguém que me cutuque. Eu já tenho dois ouvidos. Eu ouço bem. Então não precisa ficar me segurando, ou me tocando.

6. Caminhar. A não ser que eu esteja de dieta, e que eu precise caminhar, a não ser que seja pra fazer compras que me interessem, a não ser que o motivo da caminhada me interesse, que o passeio me interesse... Não me movo. Odeio caminhar. Então se é algo que nem faço tanta questão e eu tenho que caminhar pra isso, desista, eu não vou.

7. Livros com orelhas, amassados ou sujos. Um dos motivos que eu odeio emprestar livros é esse. Eu cuido deles. Ta certo que eu tenho uns bem velinhos e meio destruídos, mas já os ganhei assim. E cuido pra que não piorem. Mas tem coisa pior que emprestar um livro e receber de volta o livro amassado, ou com aqueles sinais clássicos que a pessoa fez uma refeição inteira em cima dele?

8. Manha de crianças. Me irrita. Mas ignoro. Sou completamente capaz de ignorar uma criança chorando por manha. Não sendo bebe de colo (pq esses a gente nunca sabe o que pode ser) eu não consigo suportar. Eu sei, meu instinto materno não é lá muito grande. Nunca falei com o Bernardo como uma retardada, aquela coisa de “mimir”, “papar”, “nanar”... Eu sempre falei como deveria ser “dormir”, “almoçar”, “jantar”... E assim é com as manhas, toda vez que ele tinha uma, deixava lá, com aquele choro insosso, e ignorava, quando ele parava, olhava pra ele e dizia “agora vamos falar”, é assim até hoje. Ele sabe que comigo isso não funciona. Mas ainda faz uso da tática, porque com a avó funciona muitíssimo bem.

9. Gente reclamando de tudo. Me irrita. Irrita muito. Eu odeio acampar. Por isso não vou. Mas se um dia alguém me convencer a ir, não reclamarei um minuto. Acho que a gente quando topa algo, topa tudo, parte boa ou ruim. Vai, entra na dança. O que me irrita é aquele tipo de pessoa que vai a algum lugar e reclama o tempo inteiroooo. Sou mais ou menos assim, “ta no inferno, abraça o capeta”. Se o finde na praia melar, porque choveu, tente achar alguma coisa pra fazer, e pare de reclamar.

10. Enrolação. Sou direta. Absurdamente direta. E perceber que alguém ta embromando pra me falar algo me da cólica de irritação. Não embaça e fala logo.


Bônus:


11. Andar de ônibus, gente atrás de mim no pc, pasta de dente aberta, gente otimista de mais e em tempo integral, engordar, banho gelado, gente que fala miando, meninas em série, lápis de olho que escorre, que belisquem do meu prato, todas a luzes da casa acessas, que me acordem, celular desligado, ligações de números privados que não falam, atraso, gente com tic nervoso, quando começam a falar e não terminam, quando repetem algo pra mim (como se eu fosse burra), ter que trocar o papel higiênico (sem ter sido eu a termina-lo), ver filme com alguém que fala o tempo todo, atendentes de tele-marketing, atendentes de operadora de celular, filas...

Não, eu não sou chata ho ho ho


Eu sou má, se eu tive que responder, vocês também terão:

Ana D.



Carol

Mila

Clara

Cin

terça-feira, setembro 04, 2007

Só bobagens...

Fuçando numas coisas lá em casa, achei umas agendas antigas, do tempo que eu tinha agendas, com vários clipes coloridos, recortes de revista (Carinho, Capricho – alias vendo a Capricho da minha afilhada, me dei conta que a Capricho da minha época era bem mais legal) e todas outras bobagens que a gente guarda quando somos “adolescentes”:

- Quando eu tinha uns 9 anos, já era sábia o suficiente pra escrever numa das páginas: "MENINOS SÃO IDIOTA, DESISTA DE TODOS ELES!!!!" Já quebrei a cabeça pra tentar me lembrar quem foi o causador dessa frase, porque é certo que quem me fez ter uma resolução tão séria só pode ter sido um menino.

- Quando eu tinha uns 11anos, já vivia essa eterna crise com a minha mãe: “Fui adotada!! É a única explicação que vejo pra ser filha de alguém tão diferente de mim! Eu não pertenço a essa família!”

- Aos 12, já tinha crises e fazia coisas que iria me arrepender: “E agora?????????? Gosto do Dani, mas beijei o Chico!!!!!!!!! Só batendo a cabeça na parede!” Daniel, irmão de uma amiga, a Luciana, era apaixonada por ele, então numa festa na casa dela, beijei o Chico, outro irmão dela, bemmmmmm mais velho que eu, na verdade eu sei que beijei porque nunca tinha beijado antes, e queria aprender antes do Dani. E fui fazer isso beijando o irmão??? Por sinal descobri da onde vem meu trauma com língua na orelha (odeiooooo), vem do Chico, lembro que ele colocava a língua na minha orelha (nojooooooooo). Pros curiosos, eu namorei o Dani depois. Ho ho ho!

- Na mesma época: “Comprei!! Comprei! Minha melissa transparente, pra usar com meias de lurex!!” Ninguém merece!!! Saca, o gosto da criatura?? Meias de lurex (pra quem não sabe é um tecido brilhoso, prateado, dourado e tals) com melissa transparente? Me chicoteia!!

- Achei duas páginas escritas em código, estrelas, corações, quadrados... Pena que não me lembre mais a combinação, fiquei curiosa em saber o que de tão segredo existia ali.

- E meu gosto duvidoso pra moda continuou, tem o relato do dia que ganhei uma calça branca com várias margaridas coloridas florescentes! (??) Eu dizia que ia arrasar a noite! Por conta da luz negra, ia só aparecer às margaridas! Ainda bem que a gente cresce e melhora né?!

- Quando perdi a virgindade tem só uma frase: “Como é que as pessoas podem gostar disso?!!” É eu viria saber como mais tarde.

Como a vida era simples e a gente nem sabia!!!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Drops (de novo)


- Pela 212343435986785 vez esse ano estou gripada. Nariz vermelho, gastando quilos de lenço de papel, fanha e sem nenhum saco pra nada!

- Eu procuro sarna pra me coçar. Comprei o Crash de corrida pro Bernardo. Meu dedão esquerdo teve cãibra esse fds de tanto jogar aquele troço.

- Sabe as pessoas não entendem que quando tenho eu problema minha cabeça fica centrada naquilo, e o que eu quero é resolver, minhas idéias só giram em torno de como resolver o fato. O que me tira do sério é que uma responsabilidade que é dividida por dois, deveria ser meio a meio, mas não é tudo jogado nos meus ombros. E as pessoas ainda querem saber porque fico irritada quando querem conversar pra ver se alivia a coisa toda. Saca conversar?? Eu posso conversar sozinha ou com a parede que da o mesmo efeito. De você quero que assuma os 50% que lhe cabe. Isso sim realmente me aliviaria. Depois que você fizer isso, podemos então sentar e bater papo.

- Acho que os brotos de girrasol não vão nascer, não sei, falta sol nessa cidade. Já fiz de tudo, e não abrem...

- To na metade de Cartas, do Caio, resolvi parar e começar tudo de novo, agora com um marca texto... Tanta coisa ali que merece ganhar nuances coloridas... Eu sei que pra vocês deve ser um porre, mas vai abaixo três trechos do livro...


“...Uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Porque o zen de repente escapa e se transforma em sem? Sem que se consiga controlar...”

[...]

“ Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol.”
Caio Fernando Abreu – Cartas. – A Sérguo Keuchgerian (10/08/85)

****

“Loucura, eu penso, é sempre um extremo de lucidez. Um limite insuportável. Você compreende, compreende, compreende e compreende cada vez mais, e o que você vai compreendendo é cada vez mais aterrorizante – então você “pira”. Para não ter que lidar com o horror. ‘Porque estar vivo, verdadeiramente vivo, é horrível’ – já dizia GH de Clarice...”
Caio Fernando Abreu – Cartas. – A Maria Lídia Magliani (10/09/91)

****

“Fico ouvindo as pessoas naquele rodenir de ligou?-vou-ligar-não-sei-se-ligo-se-ligar-dizque-saí etc.&etc. e acho de uma pobreza alagoana. Meu Deus, penso, tanto tanque cheio de roupa suja para ser lavada, tanto piso pra ser encerado, tanta azálea mutante para ser regada, tanta meia pra ser cerzida e fica essa vEadagem? Que perCa de tempo. To bem assim, bem indiferente. O coração, um cactus. Não me importo mais”
Caio Fernando Abreu – Cartas. – A Maria Lídia Magliani (10/06/92)

sexta-feira, agosto 31, 2007

"E pra não dizer que não falei das flores..."*


Se a net ta dá um motivo pra se enojar e vomitar toda essa merda, todas essas máscaras, todas essas mentiras, esse jogo de ilusionismo e sombras, onde pessoas são o que querem ser, onde as mentiras correm soltas, por trás dessa faceta da impunidade. Ela nos dá, em contra partida, muitos outros motivos para acreditar, nos alegrar, sorrir e achar que sempre vale a pena.

Nessa minha vida “internáutica”, me decepcionei algumas vezes. Mas ganhei através, do blog, orkut. msn, pessoas, distantes sim, mas reais como se fossemos vizinhas, pessoas que não tem medo de se mostrar como são, que não criam uma fantasia pra agradar e que muito menos escondem suas emoções, pensamentos, verdades, qualidades e defeitos, atrás dessa certa proteção que a tela nos da.

Todos nós sabemos alguma história, alguma amiga de uma amiga que conheceu alguém na net, e depois mais tarde, foi ver que não era nada daquilo, ou o homem não era homem, ou a beleza era apenas ilusão de ótica, ou aquele loiro de olhos azuis e sarado, não passava do adolescente alemão com espinhas na cara. Todo mundo tem uma história assim pra contar.

Eu por exemplo, coleciono boas e más histórias. Como exemplo de má vocês podem dar uma lida no post abaixo. Nos primórdios da minha vida virtual, nem sonhava em ter blog, na época do falecido ICQ, eu conheci um carinha, que veio a ser um peguete, e foi promovido logo depois a ficante, e acabou virando namoradinho. Naquele tempo, não sei, parecia que ninguém inventava tanto, ninguém usava tantos subterfúgios e nem criava tantas ilusões. Então quando marquei de conhecer o tal carinha, não houve surpresas, ele era tudo que havia me dito ser. Balada (não havia aquele risco de “sair com um desconhecido”), noite legal, depois evoluímos para jantares, cinemas... Seguimos o fluxo normal de todo casal. Tempo depois terminamos, mas sei dele até hoje, casou, teve filhos, esbarro com ele vez ou outra na rua, aquela coisa de ser verdadeiro ficou entre nós.

Agora desde que eu virei blogueira eu tenho inúmeras razões, amigas que fiz, amigas de verdade, daquelas do peito mesmo, a diferença é que existe alguns quilômetros entre nós. Muitas destas já troquei presente, já recebi livros, colares, lembrancinhas, carinho, puro e simples. Pessoas que se mostram, que se rasgam, que choram e riem, que mandam a merda, que não são perfeitas e nem tentam fazer do seu mundo assim. Algumas já saíram de trás do pc e se tornaram reais, outras só estamos esperando os nossos caminhos se cruzarem.

E por essas pessoas, que vale a pena, dizer que nem tudo nesse mundinho esta perdido:


, Carol, Mila, Clara, Elisa, Alu, Paulinha, Aline...


Por vocês, por tudo... Por ser apenas afinidade.

Valeu pessoas!





* Só porque hoje é dia do blogueiro e eu nem sabia!

quinta-feira, agosto 30, 2007

A falta de amor (o próprio)

Pessoas confundem a verdadeira acepção da palavra amor. Usam pessoas. Sentimentos. Usam a si próprios. Autopiedade. Falta de amor, o principal que devemos ter. Amor Próprio (assim com letra maiúscula como deve ser). O ser humano em busca de migalhas sujeita-se a se rastejar, a degradação. Deixa de ser amor. Vira doença. Falta vida real. Como podem banalizar tanto assim o amor? Semelhante merece semelhante. Pobres. Doentes. Rastejantes. Mais doença ainda é acreditar que todas as pessoas se sujeitariam a isso. A essa distorção de sentimentos. De sentimentos reais. Que todas as pessoas estariam dispostas a embarcar nessa podridão. Nessa falta de caráter e falta de vergonha na cara. Principalmente nessa falta de Amor Próprio. Podem me enganar, me ludibriar uma vez. Não duas. Propostas como a que me fizeram não fazem parte da minha vida. Sou mulher de mais pra isso. Eu sou verdadeira de mais pra isso. E meu Orgulho, meu Amor Próprio são de mais pra isso. Eu sou gente de mais pra isso. Situações como essas. Enjoam-me. E eu vomito. O que falta (além de vida própria) à essas pessoas, que se prestam a esses papéis? Escondem-se atrás de telas de computadores e criam ali um mundo tão ilusório que chegam a se convencer de toda sua pseudovida. Há mulheres que aceitam isso, que rastejam na sua vida por um pouco de amor, mesmo que não chegue nem perto de amor tudo isso. Destas resta ter pena. Há outras que não. E baby eu to no segundo grupo. Eu to naquele grupo de pessoas que prezam os sentimentos. Que respeitam a si mesmo. Que querem coisas verdadeiras. Que não tem medo de abrir a porta e ir pra vida. Disse que não saberia escolher. Tu não entendeste. Eu já escolhi pra você. Fique com a sua doença e com todo esse lixo que acha ser amor. E eu escolho o meu Amor Próprio.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Plagio

Bia, me deixou um comentário agora com um link de um flog, falando que a tal menina usava textos meus. Entrei no tal coisinha da menina ai. Priscila Mello. Surpresa minha encontrar vários plágios lá postados, sem qualquer mensão. Não só meus. Mas de muitas pessoas que eu conheço, de muitos amigos. Encontrei textos da Clara, da Mônica, da Solin, se não estiver enganada tem um texto que o DO postou, chama-se Tributo a Peter Pan, eu sei que já o li, mas não consigo lembrar onde. Isso sem comentar os textos que sei que já li, mas não me recordo quem os escreveu. São diversos Meus, sem ter visto todo o flog, contei por cima mais de 20 textos. A talzinha teve o disparate de postar o meu último post, Drops, como se fosse dela, pegando até a frase do Bernardo, e falando ser da prima ou da sobrinha, sei lá. Roubou para si um diálogo que eu e Mila tivemos no MSN e eu postei. (alias, acabo de achar um texto da Mila lá também).

Admiro muitas pessoas que leio, e não acho nada de errado usar seus escritos para traduzir o que sinto, mas tenhamos vergonha na cara para dar os créditos por isso.

Este é o link da tal menina, para vocês conferirem, e claro, certificarem, se não tem nada de vocês lá.

ENTRE AQUI


Campanha contra o plágio

Uma campanha Casa da Tuka contra o plágio





Alguns textos meus que encontrei lá, só para dar exemplo, tem muito mais:

Drops, Drops, Drops

...??I!!.

Par, Impar.. Um, dois, três.. Já!

Nerverland

A vida é um mero detalhe - neste eu falo do dia que minha afilhada quase morreu, ela só substituiu para o pai do amigo

Minha conversa com a Mila no MSN

Ego

Game Over até minha observação ta lá

terça-feira, agosto 28, 2007

Quebra Cabeça


To montando o quebra-cabeça. Mas tem uma peça (ou mais de uma) que não encaixa, não fecha. Já tentei virar de todos os lados, e nada. Surreal de mais pra mim que sou tão preto no branco, tão é ou não é. Não sei se ta faltando peças, ou se tem peça a mais. E isso me deixa louca. Complexidade de mais. Nunca gostei de quebra cabeças, sempre vi aquele monte de peças e pensava que nunca ia formar o tal desenho da capa. Não gosto. Odeio ter que montar as coisas. Ter que descobrir a posição exata de algo. Gostava de colorir, desenho lá pronto e eu dava a “cara” que eu achava que deveria ter. Que graça montar tudo isso, pra depois desmontar e voltar a montar. Meio esforço inútil. Mas este quebra cabeça estou tendo que montar, pois sou bem naquele estilo, preciso ver pra crer. To aqui com esse monte de pecinhas de vida, tentando montar o desenho da capa. Mas tem algo estranho, algo que não encaixa. Uma peça de um quebra cabeça diferente que misturou com esse? Defeito de fabricação? Não sei. Mas já tentei fechar o troço e ao fecha. É surreal. Muita cor. Muitas peças, e umas completamente fora do padrão. Nunca gostei de quebra cabeças. Alguém me compra um livro de pintar?

segunda-feira, agosto 27, 2007

Drops, Drops, Drops...

- Sexta ganhei flores, girassóis, meus preferidos. E Cartas de Caio Fernando Abreu. O girassol tava despetelando, o grande, pétala por pétala, ai domingo, caiu de vez, ficou lá os brotos, esperam que nasçam, tanta ausência de sol aqui em Porto que nem sei. Cartas estou devorando, absorvendo, devagar com calma, tentando entrar na mente. Livro daqueles que te absorvem. Mas eu, mal agradecida, ainda achei o presente desnecessário, tantas coisas antes, tantas coisas mais importantes. E eu não consigo me desligar do livro. Bom de mais!

- Algumas pessoas me indicaram pra uns trens ai, blog não sei do quê, agradeço a todas, memória péssima pra lembrar um por um quem foram, se lembrar e achar repasso aqui, ou não, vai depender do momento. Assim com a corrente que a Cin me passou (valeuuuuuuuuuuuu muitooooooooo amigammmmmmm) se der faço, se não der também não faço. Ando assim, meio sem querer, querendo.

- Bernardo vendo uma matéria na TV sobre queimadas: “Ai mãe, coitada das minhocas, dos lagartos... (pausa para pensamento reflexivo) Sem falar nas lagartixas...”. Tudo depende da flexibilidade do rabo da lagartixa. E até Bernardo já sabe disso.

- Mila ta quase indo embora. E eu to aqui sofrendo por antecipação (sempre!). Mas amigaaaaammmm, não esquece antes de se mandar pra terra do sol nascente de me mandar a tua bolsa de penduricalhos! Kkkkkkkkkkkkkk

- Essa coisa de não segurar a língua e de ter ataques perto de gente lenta... Domingo, eu numa fila, estávamos no primeiro andar. Mocinha da minha frente, para na ponta da escada e pergunta pro menino “informações”, “segundo andar, é subindo?”, eu (que não tinha nada a ver com isso) atrás respondo antes dele: “não querida, descendo, com certeza...”. Menino informações cai na gargalhada, e eu jurei que a mocinha ia descer do salto e me enforcar.

- To devendo um livro meu pra Clara, da Isabel Alende, A casa dos Espíritos, pq a personagem, Clara, Claríssima, Clarividente, me lembra ela a Clara-Lu. Livro já ta até meio amarelado. Mas acho que é a cara dela. Vou mandar flor, vou mandarrrrr. Não chegou pro aniversário, mas te prometo que pro Natal chega. Ho ho ho ho.

- To com sono, acho que acumulado. Ontem 4 horas da manhã e eu vendo desenho com Bernardo, outro insone. As coisas são tão mais simples quando a gente vê desenhos. Eu até consigo esquecer dos meus PROBLEMAS, esses com as letras grandes.

- Saca quebra-cabeça? Quando a peça não encaixa? Então, tem uma peça que não ta encaixando e eu não to conseguindo entender... Mas isso merece um post.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Nada não, só precisando gritar.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Babel...

Desde as 8 horas olhando pra tela em branco sem saber o que fazer. Decidi, sei lá, colocar pra fora, nem sei que idéia. Não sei de nada. Pensar de mais, atrapalha. Definitivamente misturas de pensamentos causam pane. Minha vida adquiriu tons vermelhos, intensos, dramáticos, quase passionais. Pessoas acreditam que sei verbalizar sentimentos. Na verdade não sei. É dolorido. Como se quando os tirássemos de dentro de nós, estivéssemos abrindo uma porta para que pudessem nos machucar. Eu faço. Mas não com essa facilidade que imaginam. As coisas de mim são geralmente arrancadas. Extraídas. É melhor quando a gente não sabe. Quando a gente não vê. Porque depois que se olha. Não temos como fugir. Uma maquina fotográfica ao contrario, era o que queria também. A cada clic íamos retirando da nossa vida. Absorvendo. Extraindo o que não estivesse no lugar certo. Li isso da máquina em algum blog, não lembro qual. E achei que também queria uma dessas. Não que eu me arrependa do passado. Não. Mas lembranças são algo que podem ser extremamente doloridas. É isso que fode a nossa vida. Mesmo inconscientemente. Pensamentos. Sempre pensamentos. Tenho inveja de quem não pensa. Ou de quem é tão vazio que não tem nada pra pensar. Nada que doa. Se olhássemos nossa vida com lente de aumento, seria algo como uma comédia pastelão, um melodrama mexicano e um filme de Almodóvar. E esses vermelhos passionais aqui em volta? Vida deveria ser cor, cheiro e música. Eu acho que conseguiria classificar cada momento numa dessas categorias. Ficaria brega e piegas. Mas no fundo a gente é apenas isso, brega e piegas. Tentando parecer, cult, cool, popular, fodásticos. Não estou dizendo nada com nada. Hoje, eu seria vermelha, cheiraria a pão quente, e emanaria acordes da Marisa Monte. Viu? Eu disse, o ser humano nada mais é que pieguices. Coisa brega. Ninguém deve estar lendo isso mesmo. Eu não agüentaria passar da segunda linha desse texto sem pensar. Mais uma que se julga uma escritora complexa. Já teria desistido. Como a maioria deve ter feito. Não to mal não. Nem em sonho. É engarrafamento de pensamentos, sensações, vontades e dúvidas. Ai vira essa torre de babel. Ninguém entende nada. Nem eu. Tsc... Coisa tosca...

quinta-feira, agosto 23, 2007

As sete coisas sobre mim

Mila e Samantha, pessoas que sabe, ou deveriam saber que eu amo correntes, me enfiaram nessa. Como disse a Mila, Patrik Lanskind, ignorou essa corrente, além de perder toda a sua fortuna, da família ter enlouquecido, o que ela não contou, é que Lanskind ficou broxa e sua mulher frigida... Então, ta aqui, to pagando o troço:

1. Eu já ganhei um outdoor de presente. Na frente de onde eu trabalhava. Numa avenida movimentada. Mas lesada como sou, só fui me dar conta no fim do dia, depois de diversas piadinhas no escritório. Era o Perna Longa (piada interna das mais toscas), com um trecho de “Por Você”.

2. Tem apenas uma coisa na minha vida. Uma só. Que ninguém sabe. É a única coisa que realmente sinto vergonha de ter feito. No fundo, todo mundo tem seus segredos.

3. Eu já quebrei vasos, atirando na parede, já risquei carro de alguém, já fiz escândalos na rua, já dei tapa na cara de uma menina numa balada, já derramei bebida na cabeça de um ser, e já despejei mostarda noutro...

4. Com 10 anos, me perdi na fazenda com meus primos, inventamos, pra não dizer eu inventei, de ir onde colocavam as vacas que morriam, e fomos, só que era longe pra caraleo, um bando de pirralhos nem percebemos que não daria tempo, passamos a noite andando no meio do mato, chorando que nem desesperados, só nos acharam na manhã seguinte. Foi a única vez que meu pai me bateu na vida.

5. Às vezes acho que sou bipolar. Posso mudar de humor, muitas vezes ao dia, e por coisas bem bobas.

6. Tenho enxaqueca. Horríveis. O médico disse que não devia me estressar, que devia fazer repouso nas crises, e praticar exercícios. Perguntei pra ele quem iria trabalhar, cuidar de um filho, e pagar minhas contas. Ele acabou me receitando um tarja preta.

7. Eu demorei 3 horas pra escrever este post. E quase surtei porque não sabia o que falar. E eu acho sinceramente que ficou uma merda. Mas tudo pra não ficar frigida.


E agora se virem pessoas:

Carol
Ricardo (esse implorou no msn pra mim passar a corrente….)
Clara
Solin
Garota Complexada
Ana D.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Dor

Pessoas sofrem. Todos os dias. Em todo canto do mundo. Sofrem por amor. Pela dor. De saudade. De tristeza. Indiferença. De todos os mais variados tipos de sentimentos. Mas vou te avisar. Ninguém morre disso. A gente se humilha. Faz papel de palhaço. Sofre como se fossemos morrer. Mas não morremos. Essa dor não mata. Pode nos abalar, pode nos fazer sangrar, mas matar, não mata. Acreditem.

A gente acha que nunca vai passar. Que nunca vai parar de doer. Que nunca mais seremos os mesmo. Mas passa. A dor sempre passa, demora, dói, mas passa. E o que fica no lugar são as cicatrizes. Como eu sei? Eu tenho várias cicatrizes, e ainda estou aqui pra escrever isso não estou? Então, não mata.

Esse processo é algo interno e solitário, temos que sofrer até a última gota, pra podermos nos reconstruir. E achamos que isso não acontecerá. Mas não se preocupem. Acontece. É parte do mesmo processo. Todo mundo consegue. E quando vemos, esquecemos. Não será como a Fênix que ressurge das cinzas, porque pra ser cinza precisamos morrer, e dores assim, já sabem, não matam. Mas será algo meio parecido. Voltamos. Sem termos velado e enterrado ninguém, além de nossa dor.


“A dor é inevitável, o sofrimento opcional”.
Carlos Drumond de Andrade

terça-feira, agosto 21, 2007

Casca...

A vida vira 180° e minha cabeça acompanha. Turbilhão de coisas acontecendo nos últimos dias e eu tento me manter tranqüila. Depois da tempestade vem a calmaria, e por aqui também será assim. Um encerramento de um ciclo e o inicio de um novo, sempre faz com que tenhamos que aparar arestas e nos adaptar. Mudança. É isso que nos mantém vivos, que faz com que a gente se movimente.

Hora, movimentos lentos e quase imperceptíveis, hora, bruscos que quase nos arrancam do centro. Tentar manter a calma e esperar que as coisas se ajeitem é uma das coisas que estou tentando aprender a fazer. Tem me feito bem. Tudo acaba ficando bem. Vai ficar bem. Eu sei.

Julgamentos, palavras jogadas não me preocupam. Me irritam um pouco, mas não me preocupam. Me basto com o que eu sei. Com o que eu sinto. Com o que eu sou. Sempre foi assim. Sempre me bastei assim. Opiniões alheias podem me incomodar de inicio, não mais que duas respirações fundas.

Eu sei quem sou e o que não sou. E pessoas que me são importantes sabem. Minha preocupação para por aqui. Eu nunca deixei de fazer ou fiz algo por julgamentos alheios. Apenas sou autêntica comigo mesma, verdadeira com quem amo, e bem mais do que tudo isso aqui. Puta. Santa. Fodona. Falsa. Verdadeira. Forte. Fraca... É tudo uma questão de quanto às pessoas te conhecem e de que ângulo elas te olham. Tudo casca... Tsc...

segunda-feira, agosto 20, 2007

Raio X


Gosto de azul e preto. E não suporto rosa. Não gosto das minhas coxas, grossas de mais E minha barriga pós-filho me incomoda, faria lipo sem nem pensar. Mas tem partes em mim que gosto muito. Gosto do meu colo e dos meus seios. Gosto do meu pé. E dos meus olhos. Não entendo nada de pintura. Impressionista. Neo Clássica. Cubismo. Construtivista... O que eu sei é se gosto ou não gosto daquilo. E pra mim me basta. Assim é com música, não entendo nada de música internacional, não sei quem canta nada. Apenas gosto ou não. MPB é meu chão, é o que eu ouço e me perco.

Gosto de massagem e cafuné. Mas odeio me mecham no meu umbigo. Adoro desenho animado. Amo manga e não como morango nem sob tortura. Até me provarem que estou errada não mudo de opinião. Mula empacada. Não me ligo em horóspoco, apesar de o ler todo dia. Não mudo minha crença, e respeito à crença de todo mundo. Gosto de sorvete de chocolate e creme com passas. Sol com frio. Não posso com banho frio. Até no verão tem que ser morninho. Não sou escrava da chapinha e da escova. Gosto dos meus cabelos lisos, mas os adoro crespos também. Gosto de serra e frio. Fondue, vinho e uma companhia, fazem minha felicidade por vários dias.

Gosto de morenos, mas abro exceção para alguns loiros na minha lista. Gosto da palavra. De palavras. Tem palavras que nos enchem a boca pra falar. Ruborizar, hipoteticamente, bunda... Gosto delas. Dou risada de graça. De tudo e de nada. Odeio gente fresca, pra falar, pra comer, pra andar. Não enrolo e não gosto de ser enrolada. Adoro boteco e cerveja. Mas gosto de bons restaurantes também. Minha perdição é culinária japonesa. Em outra vida devo ter sido gueixa de alguém. Adoro churrasco e massas. Como salada quando a crise de consciência esta muito grande, e como reclamando. Tenho medo de altura e de escuro. Mas já fiz coisas nessa vida que envolvia altura e escuro. Eu acho que sou meio masoquista. Medo me da uma espécie de prazer.

Acampar pra mim, só com toda infra-estrutura que um Chalé no meio do mato pode te dar. Não gosto de insetos, tenho medo de barata, ratos, cobras e todo e qualquer animal pegajoso me da asco. Alguns homens estão nessa categoria. Chocolate é minha perdição. Vinho tinto seco também. Quando meus conceitos são quebrados, fico meio atordoada. Gosto de ter o controle e de dar a última palavra. Mas não gosto de gente carneirinho. Ninguém, pra mim traduz melhor as pessoas e as sensações do que Clarice e Caio. Leio muito. Leitura útil e inútil. Meu maior problema é a boca se encontrar tão perto do cérebro, geralmente não dá tempo de pensar e eu falo antes. Meu paladar é infantil e se não engordasse comia besteiras todo dia. Tenho gastrite nervosa. Sou estressada, e ano passado isso me rendeu quase uma úlcera.

Não acho que a gente se arrependa somente do que não faz, me arrependo de muitas coisas que já fiz na vida. Já fiz e tentei coisas sem explicação. Aprendi da pior maneira a valorizar a vida. Já disse coisas que me arrependo. Já bati portas, quebrei copos. Já escrevi cartas de amor. As mais bregas e apaixonadas cartas de amor. Já chorei, já fui piegas. Tatuei colarinhos, usei os decotes mais ousados. Já dei vexames, já fugi de casa. Já solucei em despedidas. Já disse adeus sem chorar. Já fiz surpresas. Já dei presentes surreais. Já ganhei um outdoor de presente. Já passei noites em claro roendo as unhas. E chorei trancada no banheiro.

Quero me casar. Não na igreja. Casar de alma com alguém. Mas confesso que já meio que perdi as esperanças disso. Eu penso de mais. Em tudo. Acho que já vivi muita coisa, e não construí nada. Às vezes acho a existência inútil. Meu esporte preferido é a inércia. Sou ciumenta, possessiva e confesso, meio enfezada. Gosto de sexo, de todos os tipos. Mas não com todo mundo. Não tenho pudores. Realmente acho que toda mulher deve ser santa e puta. Dinheiro não é tudo, mas sem hipocrisia, é importante também. Tenho vontade de escrever um livro de crônicas, mas sou autocritica o suficiente pra saber que me falta talento pra isso. Quero hipoteticamente uma casa com cercas brancas e um labrador. Mas pode ser um apartamento e um chiuaua.

sexta-feira, agosto 17, 2007

... !!! ?? .

Meu ego é grande sim. Do tamanho que eu consigo suportar sem que isso machuque alguém. É difícil, pra mim, compreender pessoas que dizem “eu deveria ter dito isso”, mas não disseram. Difícil pra mim, pois eu geralmente digo, quando quero, no momento que penso, não deixo chances e oportunidades passar por mim, eu as apanho. Deveríamos ser todos nós assim. Cientes de quem somos e do que podemos fazer (ou causar). Claro que faz bem ouvir elogios a nossa pessoa. E que isso nos massageia. Mas vai muito além de querer massagear o ego. Vai muito além de coisas escritas nessas linhas. Pois minha vida não é esse blog, este apenas faz parte da minha vida.

Minha vida é o que eu digo, mas vocês não lêem. É o que eu sinto, mas vocês não sabem. É as risadas que eu dou e vocês nem imaginam porque. São os pensamentos que eu tenho, que deliciam minha mente, e eu simplesmente não divido aqui, porque sou egoísta o suficiente pra isso. Porque minha vida é um todo e não este pedaço.

É a dor do estômago que senti ontem, dor que foi boa de sentir. É o meu lado devasso que diz coisas que naquele momento me causaram sensações. É a saudade que eu sinto de coisas que nem sei se serão concretas. É a vontade que me invade, e que não posso matar. São as coisas que ouço e que me fazem sorrir internamente. São os banhos que eu tomo. As coisas inesperadas, destino. É descobrir que sabores de sorvetes podem ser bem mais interessantes do que um simples paladar. São as coincidências, que não são coincidências, pelo simples fato de não acreditar nisso. É o eu também, em simples questões. O eu “vou” sem ter ido. Pequenas coisas, que não vou e não quero dividir com ninguém. Eu gosto de ser única, de me sentir única. Egoísmo. Posse. É eu querer dizer “Ei, acorda! Para com toda essa coisa de desinteresse, eu já to fudida”.E não dizer, porque também me falta coragem. Porque eu faço e desfaço, quando eu que controlo. E tem vezes que a gente perde o controle, e depois se perde toda.

Minha mente gira 180°, todo o dia, e eu não conto pra vocês. Muitas coisas acontecem nas entrelinhas e eu nem sonho em dividir com ninguém. Sou egoísta também com minhas sensações. Preciso absorver-las, suga-las até o fim, e isso é um processo egoísta, ou no caso, divido com um. Eu tenho pressa, eu tenho urgência, eu quero tudo, tudo que eu possa ter. E o que eu não puder, costumo pegar igual. Preciso de inteiros sempre. Porque sou assim, inteira.

São muitos que compreendem que escolho momentos, fragmentos que me fizeram bem para dividir, por que apesar de não ser este blog minha vida, ele faz parte de mim. Cada um que me lê me preenche de alguma forma. São poucos os que não compreendem que isso, vai muito além do meu ego, do meu egoísmo e de querer ou não concordância. Não preciso que concordem comigo, ou com ninguém, para viver, para decidir. Eu nunca fui do tipo que me preocupei com a opinião alheia. Eu gosto é de correr riscos. De dizer tudo. Sem que ninguém entenda nada. E se não entenderam, desculpe, esta bem além de autopromoção, é simplesmente pelo fato de que não era pra você entender. Porque ás vezes eu quero apenas me divertir imaginando vocês lendo tudo isso. Porque na minha vida, aqui, aquelas que vocês não sabem... Esta muito além de divertimento e ego.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Vastas emoções e pensamentos imperfeitos... ou "E agora Batman?"

“Você tem mais um gênero masculino na sua personalidade, mas a forma que você usa isso te torna bem feminina, você é despojada e desbocada, isso pode até assustar alguns homens e assusta, mas ao mesmo tempo encanta... Você não gosta muito de controle... Acho que o que mais atrai em você é esse “Q” de gênero masculino que na verdade só te da mais charme, pela maneira que você o usa de uma maneira... Pra se colocar... E no fim fica interessante a maneira que fica mesclado... Você é extrovertida e isso é legal, mas não adianta a forma que você possa ser extrovertida, palhaços são extrovertidos, você faz de uma maneira sensual, não da pra notar de cara, mas se você reparar você emana sensualidade, até num simples vai a merda, o interessante é o modo que você coloca as coisas e a hora que as coloca...

... Por exemplo, você é bonita, não tem uma beleza padrão... Nem daquelas de capa de revista que fazem "parar o transito" mas misturando seu tipo de beleza, que também não é comum, e sua personalidade você fica muito bonita, se você olhar a primeira vista você merece uma segunda olhada, mas se você começar a falar aí isso aumenta, não da pra parar de olhar... Visto que todo mundo envelhece você ta na frente de um monte de mulher com beleza padrão...”

Algumas pessoas têm o dom de nos elogiar de forma sutil e inteligente, essas pessoas são raras. Mais raro são pessoas que parecem nos conhecer tão bem, de forma profunda e ao mesmo tempo sutil, em tão pouco tempo, essas pessoas são além de inteligentes, perspicazes. O encantamento vem, às vezes, de onde menos se espera e das formas mais leves e inimagináveis. É instigante ver que uma pessoa possa te “ler” de uma forma bem mais ampla, como se o texto principal não importasse muito, o que esta interessando o leitor é justamente as “entrelinhas” que você possa querer (ou não) mostrar. Boas surpresas, excitantes surpresas... São, para ser ridiculamente redundante, surpreendentes, ainda mais quando, no caso, o que se viu, por enquando, foi o pacote. Dá o que pensar imaginar o que tem dentro...

quarta-feira, agosto 15, 2007

Frigideira



Talvez eu fique encalhada. Verdade. Não que eu queira. Ninguém quer alguém dizendo aquelas coisas meigas de que você vai ficar pra titia. Mas como já sou mãe, esse risco não corro. Mas tenho sim uma enorme probabilidade de ficar sozinha porque simplesmente me falta saco. É isso, me falta paciência pra investir em alguém. Pra conhecer, me interessar, querer saber da vida, conhecer as qualidades, descobrir os defeitos. Não tenho mais paciência pra tudo isso. Eu sei, é triste. Chega ser irritante eu aqui dizendo que aos 28 anos não tenho um pingo de boa vontade pra querer me envolver com alguém.

Não sou uma insana de achar que um dia eu não possa acordar, descer pra comprar pão, e me apaixonar. Isso pode acontecer, a probabilidade é expressamente remota, mas vá lá, pode acontecer. O que seria de péssimo gosto do destino, pois geralmente vou à padaria de pijama, visto que são sempre as mesmas caras e a tal hipótese surreal ai nem me passa pela cabeça. Claro que também isso pode ser apenas uma fase, sei lá aquelas coisas de introspecção, de ostracismo, de autoconhecimento, daquele blá blá blá todo que a gente ouve falar em livros de auto-ajuda e ouve da boca de gente eternamente positiva, daquelas que vivem dizendo que vai passar, só depende de você.

Antes eu queria e tinha paciência. Hoje eu quero, mas não me resta um pingo da segunda pra esses assuntos. Ninguém me parece interessante o suficiente, ninguém me causa aquela sensação de que pode valer a pena. Minhas “paixões”, meus arrombos, meus entusiasmos são meio fogo de palha. Tem os que duram uns dias, os de uma semana, os de alguns meses, depois disso apaga, passa, acaba e fica o cheiro de queimado.

Sei que é meio complicado de entender que alguém queira, mas se diga sem saco para investir, seu tempo, sua boa vontade e todo resto nisso. Até porque se você quer, você tem que no mínimo movimentar energia pra isso. Até eu acho completamente surreal. Mas fazer o que? É essa a realidade. Vou fazer o que??? Eu não fico trancada em casa lamentando. Eu saio pra rua, eu vou a parques, teatros, cinemas, até no museu eu estive há pouco tempo. Ta certo que anda me faltando vontade pra enfrentar a noite e seus tipos, mas na noite, a gente nunca conhece muita gente que valha a pena mesmo. Não ultimamente.

O fato é que eu já considero a hipótese de não ter a outra metade, nem um quarto dela... Se eu for passar o resto da minha vida sozinha prometo que não ficarei reclamona e ranzinza. Pretendo ter um enfermeiro/acompanhante moreno alto... Ainda vai me restar o humor. Se toda panela tem a sua tampa... Sei lá, quem sabe eu seja uma frigideira.

terça-feira, agosto 14, 2007

Assim ó...


Só pra mim...
Vai dizer que você não queria?!


PS: Viram ele de cueca branca na novela ontem?????????

segunda-feira, agosto 13, 2007

N2O

Peso uma tonelada. E nem sei porque, não sei o que de tão pesado tenho aqui dentro. Acordo todo dia exausta de carregar tanto peso. Dou passos lentos, pois tenho a sensação de que irei afundar a calçada se ir mais rápido. Às vezes acho que estou diminuindo de tanta coisa nas minhas costas, que passarei a andar curvada, aquela curvatura que tem os derrotados, os medíocres, os medrosos. É tão mais fácil se esvaziar se a gente soubesse de onde vem tanto peso. Eu vejo pessoas leves andando na rua, daquelas que muitas vezes pesam muito, mas olhando você acha que levitam. Cheias de gases só pode. Daquele gás do riso. Porque riem de tudo, como se vivessem dentro de uma bolha cor de rosa que flutua. E eu aqui só cheia de concreto. Pois quando começamos, mesmo que involuntariamente, a realmente enxergar as coisas é difícil continuar leve, o abstrato vira concreto e concreto é cimento. Tanto cimento assim jogado em você te endurece, te pesa e te faz perder o poder de ser leve. Quando foi que comecei a enxergar coisas que não enxergava antes. Porque raios a gente tem que abrir os olhos nessa vida medíocre que a gente leva? Quem foi que disse que ser realista é bom? Bom mesmo é achar que a camada de ozônio não acaba nunca, que Papai Noel existe, que chocolate diet não engorda, que mercúrio cromo cura tudo, e que mertiolate arde, mas é melhor. Alias hoje nem mertiolate arde mais. Acho que tem tanta coisa que nos faz arder inteira que quiseram aliviar nesse lado, já se pode curar os ralados sem dor. Mesmo que você queime por dentro. Eu sinceramente preferia quando mertiolate ardia por fora e eu era brisa por dentro... Cheia daquele gás do riso que não consigo lembrar o nome, mas com certeza sabia, quando era eu que flutuava por ai, pensando porque essa gente toda vive curvada...

sexta-feira, agosto 10, 2007

O Amor - Segundo Caio Fernando Abreu

"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que o amor não começa quando o nojo, higiene ou qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também." Pela noite/Estranhos Estrangeiros


Viciada nesse cara, e pirando a cabeça, a alma, a vida, as idéias, a cada coisa que leio...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Eu sei o que você faz...*

Gueixas e samurais decoração: Eu queria mesmo era saber como é que com isso, alguém pode chegar aqui. Eu sugiro que você procure me uma loja de decoração...

No mundo existem tantas almas, mas agente precisa só de uma : Mas deve ter o que hoje no mundo, mais de 6 bilhões de pessoas, o difícil é encontrar essa uma!

Carpe dean : Por aqui não vai encontrar....

Porque meu seio é tão dolorido?: Humm, um ginecologista seria a sua melhor escolha...

Eu quero fotos com jente drogada: Você devia era parar de fumar maconha!!!! É “G”ente, santa!

Verbo por:eu ponho: Oi? Hã? Olha só, onde você põe não é da minha conta não!

E agora José?: É bem legal esse poema ai...


Blog de gente louca:?: > E chegou aqui porque? kkkkkkkkk


Entre tantas, eu ; Jana blogspot, Entretantas, blog: Sim, sim, sim! Vocês chegaram ao lugar certo.

Agora a vencedora de buscas!!

Marcelo Antony Pelado: O povinho que gosta de uma peversão... Mas se acharem me mandem ok? kkkkk

05 Aug, Sun, 20:27:42 Google: marcelo antoni pelado
06 Aug, Mon, 13:10:51 Google: fotos de marcelo antoni pelado
06 Aug, Mon, 15:59:52 Google: Marcelo Antony pelado
06 Aug, Mon, 22:04:51 Google: foto marcelo antoni pelado
07 Aug, Tue, 15:22:57 Google: "Marcelo Antony" pelado


Bem, vamos por partes, se querem achar o tal peladão, deve usar o nome com Y, segundo terem muita sorte, porque chegando aqui vocês não encontram. Como sou uma pessoa boa, dei uma olhada, mas, lamento nada dele peladão não...

* A forma da pesquisa foi transcrita exatamente como procurado.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Abstração...

Eu queria tanto pode explicar as coisas, mesmo que apenas pra mim, mas não consigo, eu não sei as palavras, eu não sei nem exatamente o que é. Eu só sei que não é assim que eu queria. Essa sensação de ser como um cachorro, rodando em círculos, correndo atrás do próprio rabo. Aquele esforço inútil, que gasta energia de forma demasiada e a gente não sai do lugar. Inércia e impotência, tudo se misturando e você não tem (ou não sabe) pra conde correr, pra onde ir, que direção tomar. Já dizia o gato da Alice (a do País nas Maravilhas), se você não sabe aonde ir, qualquer direção vale. Será que vale mesmo? Porque olha, to andando pra tudo que é lado há bastante tempo, e até agora não encontrei essa parte do valer a pena. E não consigo nem explicar pra mim, nem explicar pra vocês o que exatamente esta se passando. Porque não é nada de concreto, é tudo aqui no abstrato da minha mente, da minha vida. É como uma pintura abstrata cada um olha praquilo e enxerga algo completamente diferente. E eu to assim, olhando para o abstrato pintado em mim e a cada vez vendo uma coisa nova, uma falta nova, uma carência nova, dúvida nova, certeza nova. Porque toda obra abstrata é de certa forma incompleta, ela vai depender do que cada um vê, do que cada um sente. E eu não ando conseguindo ver além de alguns borrões completamente sem sentido... Tsc...

terça-feira, agosto 07, 2007

...

Preciso achar alguém
nem que seja só para me aborrecer,
não sinto nada ultimamente...
Isso é pior que sentir dor.


*****


Eu tenho um monte de contas pra acertar,
e a impressão de quem nem me diverti tanto assim...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Citação...


"Talvez este seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada. ”

Caio Fernando Abreu, em Deus é Naja




quinta-feira, agosto 02, 2007

E eu que não amo ninguém...

Não amo ninguém. É a primeira vez em muito tempo que eu não amo nenhum homem. Ninguém me arranca calafrios, ninguém tira o meu sono, ninguém me faz ficar ao lado do telefone esperando uma ligação. É estranho. Não estou acostumada com isso. Vivi sempre em montanha russa. Sempre com borboletas a minha volta, com estomago em nós, sempre com aquela sensação sufocante ou salvadora. Mas eu não amo ninguém, e isso me causa uma estranheza absurda. O não amar influi em várias coisas, ninguém em faz ficar horas na frente do espelho querendo parecer atraente, ninguém me faz querer usar aqueles sutiãs com rendas, babados e arames, e eu posso livremente usar meu sutiã de algodão velhinho, mas extremamente confortável. Não ando nem tendo que depilar as pernas com tanta regularidade. É claro que não tenho com quem dormir em noites frias, pra quem preparar alguma surpresa, não tem alguém que eu queira abraçar até sufocar, e que a falta chega a doer na alma. É muito estranho esse sentimento de pensar no “eu” e não no “nós”. O que eu quero fazer, o que eu quero neste momento, o que agrada somente a mim e mais ninguém. É uma sensação estranha. Uma libertação esquisita. Que não te da mal estar, mas também não te leva ao cume dos sentimentos. Que não te faz completa, mas também não te faz incompleta. Uma estranheza que te faz procurar, afinal o relógio não para. E a gente quer muitas coisas nessa vida, aquela coisa que dizem que temos que ter durante a nossa passagem por aqui. Mas ao mesmo tempo não perder muito tempo, muito esforço com isso. Que te da até um toque de egoísmo. É você, você, você e só você. E tudo isso é muito estranho pra mim... Não é que eu goste. Mas aqui no fundo, bem no fundo eu também não desgosto... Só me é incomodamente estranho...

"Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo."
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, agosto 01, 2007

Hoje vai ser uma festa...

A seis anos nascia essa pestinha da foto,
com tão pouca idade já tem um humor afiado,
sarcástico e debochado... Mas não sei a quem ele puxou...
















Então é isso gente,
todo mundo juntando as mãos e
cantando parabéns para o meu filhote!
Porque hoje meu coração tá em festa!