Se a net ta dá um motivo pra se enojar e vomitar toda essa merda, todas essas máscaras, todas essas mentiras, esse jogo de ilusionismo e sombras, onde pessoas são o que querem ser, onde as mentiras correm soltas, por trás dessa faceta da impunidade. Ela nos dá, em contra partida, muitos outros motivos para acreditar, nos alegrar, sorrir e achar que sempre vale a pena.
Nessa minha vida “internáutica”, me decepcionei algumas vezes. Mas ganhei através, do blog, orkut. msn, pessoas, distantes sim, mas reais como se fossemos vizinhas, pessoas que não tem medo de se mostrar como são, que não criam uma fantasia pra agradar e que muito menos escondem suas emoções, pensamentos, verdades, qualidades e defeitos, atrás dessa certa proteção que a tela nos da.
Todos nós sabemos alguma história, alguma amiga de uma amiga que conheceu alguém na net, e depois mais tarde, foi ver que não era nada daquilo, ou o homem não era homem, ou a beleza era apenas ilusão de ótica, ou aquele loiro de olhos azuis e sarado, não passava do adolescente alemão com espinhas na cara. Todo mundo tem uma história assim pra contar.
Eu por exemplo, coleciono boas e más histórias. Como exemplo de má vocês podem dar uma lida no post abaixo. Nos primórdios da minha vida virtual, nem sonhava em ter blog, na época do falecido ICQ, eu conheci um carinha, que veio a ser um peguete, e foi promovido logo depois a ficante, e acabou virando namoradinho. Naquele tempo, não sei, parecia que ninguém inventava tanto, ninguém usava tantos subterfúgios e nem criava tantas ilusões. Então quando marquei de conhecer o tal carinha, não houve surpresas, ele era tudo que havia me dito ser. Balada (não havia aquele risco de “sair com um desconhecido”), noite legal, depois evoluímos para jantares, cinemas... Seguimos o fluxo normal de todo casal. Tempo depois terminamos, mas sei dele até hoje, casou, teve filhos, esbarro com ele vez ou outra na rua, aquela coisa de ser verdadeiro ficou entre nós.
Agora desde que eu virei blogueira eu tenho inúmeras razões, amigas que fiz, amigas de verdade, daquelas do peito mesmo, a diferença é que existe alguns quilômetros entre nós. Muitas destas já troquei presente, já recebi livros, colares, lembrancinhas, carinho, puro e simples. Pessoas que se mostram, que se rasgam, que choram e riem, que mandam a merda, que não são perfeitas e nem tentam fazer do seu mundo assim. Algumas já saíram de trás do pc e se tornaram reais, outras só estamos esperando os nossos caminhos se cruzarem.
E por essas pessoas, que vale a pena, dizer que nem tudo nesse mundinho esta perdido:
Mô, Carol, Mila, Clara, Elisa, Alu, Paulinha, Aline...
Por vocês, por tudo... Por ser apenas afinidade.
Valeu pessoas!
* Só porque hoje é dia do blogueiro e eu nem sabia!