sexta-feira, agosto 31, 2007

"E pra não dizer que não falei das flores..."*


Se a net ta dá um motivo pra se enojar e vomitar toda essa merda, todas essas máscaras, todas essas mentiras, esse jogo de ilusionismo e sombras, onde pessoas são o que querem ser, onde as mentiras correm soltas, por trás dessa faceta da impunidade. Ela nos dá, em contra partida, muitos outros motivos para acreditar, nos alegrar, sorrir e achar que sempre vale a pena.

Nessa minha vida “internáutica”, me decepcionei algumas vezes. Mas ganhei através, do blog, orkut. msn, pessoas, distantes sim, mas reais como se fossemos vizinhas, pessoas que não tem medo de se mostrar como são, que não criam uma fantasia pra agradar e que muito menos escondem suas emoções, pensamentos, verdades, qualidades e defeitos, atrás dessa certa proteção que a tela nos da.

Todos nós sabemos alguma história, alguma amiga de uma amiga que conheceu alguém na net, e depois mais tarde, foi ver que não era nada daquilo, ou o homem não era homem, ou a beleza era apenas ilusão de ótica, ou aquele loiro de olhos azuis e sarado, não passava do adolescente alemão com espinhas na cara. Todo mundo tem uma história assim pra contar.

Eu por exemplo, coleciono boas e más histórias. Como exemplo de má vocês podem dar uma lida no post abaixo. Nos primórdios da minha vida virtual, nem sonhava em ter blog, na época do falecido ICQ, eu conheci um carinha, que veio a ser um peguete, e foi promovido logo depois a ficante, e acabou virando namoradinho. Naquele tempo, não sei, parecia que ninguém inventava tanto, ninguém usava tantos subterfúgios e nem criava tantas ilusões. Então quando marquei de conhecer o tal carinha, não houve surpresas, ele era tudo que havia me dito ser. Balada (não havia aquele risco de “sair com um desconhecido”), noite legal, depois evoluímos para jantares, cinemas... Seguimos o fluxo normal de todo casal. Tempo depois terminamos, mas sei dele até hoje, casou, teve filhos, esbarro com ele vez ou outra na rua, aquela coisa de ser verdadeiro ficou entre nós.

Agora desde que eu virei blogueira eu tenho inúmeras razões, amigas que fiz, amigas de verdade, daquelas do peito mesmo, a diferença é que existe alguns quilômetros entre nós. Muitas destas já troquei presente, já recebi livros, colares, lembrancinhas, carinho, puro e simples. Pessoas que se mostram, que se rasgam, que choram e riem, que mandam a merda, que não são perfeitas e nem tentam fazer do seu mundo assim. Algumas já saíram de trás do pc e se tornaram reais, outras só estamos esperando os nossos caminhos se cruzarem.

E por essas pessoas, que vale a pena, dizer que nem tudo nesse mundinho esta perdido:


, Carol, Mila, Clara, Elisa, Alu, Paulinha, Aline...


Por vocês, por tudo... Por ser apenas afinidade.

Valeu pessoas!





* Só porque hoje é dia do blogueiro e eu nem sabia!

quinta-feira, agosto 30, 2007

A falta de amor (o próprio)

Pessoas confundem a verdadeira acepção da palavra amor. Usam pessoas. Sentimentos. Usam a si próprios. Autopiedade. Falta de amor, o principal que devemos ter. Amor Próprio (assim com letra maiúscula como deve ser). O ser humano em busca de migalhas sujeita-se a se rastejar, a degradação. Deixa de ser amor. Vira doença. Falta vida real. Como podem banalizar tanto assim o amor? Semelhante merece semelhante. Pobres. Doentes. Rastejantes. Mais doença ainda é acreditar que todas as pessoas se sujeitariam a isso. A essa distorção de sentimentos. De sentimentos reais. Que todas as pessoas estariam dispostas a embarcar nessa podridão. Nessa falta de caráter e falta de vergonha na cara. Principalmente nessa falta de Amor Próprio. Podem me enganar, me ludibriar uma vez. Não duas. Propostas como a que me fizeram não fazem parte da minha vida. Sou mulher de mais pra isso. Eu sou verdadeira de mais pra isso. E meu Orgulho, meu Amor Próprio são de mais pra isso. Eu sou gente de mais pra isso. Situações como essas. Enjoam-me. E eu vomito. O que falta (além de vida própria) à essas pessoas, que se prestam a esses papéis? Escondem-se atrás de telas de computadores e criam ali um mundo tão ilusório que chegam a se convencer de toda sua pseudovida. Há mulheres que aceitam isso, que rastejam na sua vida por um pouco de amor, mesmo que não chegue nem perto de amor tudo isso. Destas resta ter pena. Há outras que não. E baby eu to no segundo grupo. Eu to naquele grupo de pessoas que prezam os sentimentos. Que respeitam a si mesmo. Que querem coisas verdadeiras. Que não tem medo de abrir a porta e ir pra vida. Disse que não saberia escolher. Tu não entendeste. Eu já escolhi pra você. Fique com a sua doença e com todo esse lixo que acha ser amor. E eu escolho o meu Amor Próprio.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Plagio

Bia, me deixou um comentário agora com um link de um flog, falando que a tal menina usava textos meus. Entrei no tal coisinha da menina ai. Priscila Mello. Surpresa minha encontrar vários plágios lá postados, sem qualquer mensão. Não só meus. Mas de muitas pessoas que eu conheço, de muitos amigos. Encontrei textos da Clara, da Mônica, da Solin, se não estiver enganada tem um texto que o DO postou, chama-se Tributo a Peter Pan, eu sei que já o li, mas não consigo lembrar onde. Isso sem comentar os textos que sei que já li, mas não me recordo quem os escreveu. São diversos Meus, sem ter visto todo o flog, contei por cima mais de 20 textos. A talzinha teve o disparate de postar o meu último post, Drops, como se fosse dela, pegando até a frase do Bernardo, e falando ser da prima ou da sobrinha, sei lá. Roubou para si um diálogo que eu e Mila tivemos no MSN e eu postei. (alias, acabo de achar um texto da Mila lá também).

Admiro muitas pessoas que leio, e não acho nada de errado usar seus escritos para traduzir o que sinto, mas tenhamos vergonha na cara para dar os créditos por isso.

Este é o link da tal menina, para vocês conferirem, e claro, certificarem, se não tem nada de vocês lá.

ENTRE AQUI


Campanha contra o plágio

Uma campanha Casa da Tuka contra o plágio





Alguns textos meus que encontrei lá, só para dar exemplo, tem muito mais:

Drops, Drops, Drops

...??I!!.

Par, Impar.. Um, dois, três.. Já!

Nerverland

A vida é um mero detalhe - neste eu falo do dia que minha afilhada quase morreu, ela só substituiu para o pai do amigo

Minha conversa com a Mila no MSN

Ego

Game Over até minha observação ta lá

terça-feira, agosto 28, 2007

Quebra Cabeça


To montando o quebra-cabeça. Mas tem uma peça (ou mais de uma) que não encaixa, não fecha. Já tentei virar de todos os lados, e nada. Surreal de mais pra mim que sou tão preto no branco, tão é ou não é. Não sei se ta faltando peças, ou se tem peça a mais. E isso me deixa louca. Complexidade de mais. Nunca gostei de quebra cabeças, sempre vi aquele monte de peças e pensava que nunca ia formar o tal desenho da capa. Não gosto. Odeio ter que montar as coisas. Ter que descobrir a posição exata de algo. Gostava de colorir, desenho lá pronto e eu dava a “cara” que eu achava que deveria ter. Que graça montar tudo isso, pra depois desmontar e voltar a montar. Meio esforço inútil. Mas este quebra cabeça estou tendo que montar, pois sou bem naquele estilo, preciso ver pra crer. To aqui com esse monte de pecinhas de vida, tentando montar o desenho da capa. Mas tem algo estranho, algo que não encaixa. Uma peça de um quebra cabeça diferente que misturou com esse? Defeito de fabricação? Não sei. Mas já tentei fechar o troço e ao fecha. É surreal. Muita cor. Muitas peças, e umas completamente fora do padrão. Nunca gostei de quebra cabeças. Alguém me compra um livro de pintar?

segunda-feira, agosto 27, 2007

Drops, Drops, Drops...

- Sexta ganhei flores, girassóis, meus preferidos. E Cartas de Caio Fernando Abreu. O girassol tava despetelando, o grande, pétala por pétala, ai domingo, caiu de vez, ficou lá os brotos, esperam que nasçam, tanta ausência de sol aqui em Porto que nem sei. Cartas estou devorando, absorvendo, devagar com calma, tentando entrar na mente. Livro daqueles que te absorvem. Mas eu, mal agradecida, ainda achei o presente desnecessário, tantas coisas antes, tantas coisas mais importantes. E eu não consigo me desligar do livro. Bom de mais!

- Algumas pessoas me indicaram pra uns trens ai, blog não sei do quê, agradeço a todas, memória péssima pra lembrar um por um quem foram, se lembrar e achar repasso aqui, ou não, vai depender do momento. Assim com a corrente que a Cin me passou (valeuuuuuuuuuuuu muitooooooooo amigammmmmmm) se der faço, se não der também não faço. Ando assim, meio sem querer, querendo.

- Bernardo vendo uma matéria na TV sobre queimadas: “Ai mãe, coitada das minhocas, dos lagartos... (pausa para pensamento reflexivo) Sem falar nas lagartixas...”. Tudo depende da flexibilidade do rabo da lagartixa. E até Bernardo já sabe disso.

- Mila ta quase indo embora. E eu to aqui sofrendo por antecipação (sempre!). Mas amigaaaaammmm, não esquece antes de se mandar pra terra do sol nascente de me mandar a tua bolsa de penduricalhos! Kkkkkkkkkkkkkk

- Essa coisa de não segurar a língua e de ter ataques perto de gente lenta... Domingo, eu numa fila, estávamos no primeiro andar. Mocinha da minha frente, para na ponta da escada e pergunta pro menino “informações”, “segundo andar, é subindo?”, eu (que não tinha nada a ver com isso) atrás respondo antes dele: “não querida, descendo, com certeza...”. Menino informações cai na gargalhada, e eu jurei que a mocinha ia descer do salto e me enforcar.

- To devendo um livro meu pra Clara, da Isabel Alende, A casa dos Espíritos, pq a personagem, Clara, Claríssima, Clarividente, me lembra ela a Clara-Lu. Livro já ta até meio amarelado. Mas acho que é a cara dela. Vou mandar flor, vou mandarrrrr. Não chegou pro aniversário, mas te prometo que pro Natal chega. Ho ho ho ho.

- To com sono, acho que acumulado. Ontem 4 horas da manhã e eu vendo desenho com Bernardo, outro insone. As coisas são tão mais simples quando a gente vê desenhos. Eu até consigo esquecer dos meus PROBLEMAS, esses com as letras grandes.

- Saca quebra-cabeça? Quando a peça não encaixa? Então, tem uma peça que não ta encaixando e eu não to conseguindo entender... Mas isso merece um post.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Nada não, só precisando gritar.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Babel...

Desde as 8 horas olhando pra tela em branco sem saber o que fazer. Decidi, sei lá, colocar pra fora, nem sei que idéia. Não sei de nada. Pensar de mais, atrapalha. Definitivamente misturas de pensamentos causam pane. Minha vida adquiriu tons vermelhos, intensos, dramáticos, quase passionais. Pessoas acreditam que sei verbalizar sentimentos. Na verdade não sei. É dolorido. Como se quando os tirássemos de dentro de nós, estivéssemos abrindo uma porta para que pudessem nos machucar. Eu faço. Mas não com essa facilidade que imaginam. As coisas de mim são geralmente arrancadas. Extraídas. É melhor quando a gente não sabe. Quando a gente não vê. Porque depois que se olha. Não temos como fugir. Uma maquina fotográfica ao contrario, era o que queria também. A cada clic íamos retirando da nossa vida. Absorvendo. Extraindo o que não estivesse no lugar certo. Li isso da máquina em algum blog, não lembro qual. E achei que também queria uma dessas. Não que eu me arrependa do passado. Não. Mas lembranças são algo que podem ser extremamente doloridas. É isso que fode a nossa vida. Mesmo inconscientemente. Pensamentos. Sempre pensamentos. Tenho inveja de quem não pensa. Ou de quem é tão vazio que não tem nada pra pensar. Nada que doa. Se olhássemos nossa vida com lente de aumento, seria algo como uma comédia pastelão, um melodrama mexicano e um filme de Almodóvar. E esses vermelhos passionais aqui em volta? Vida deveria ser cor, cheiro e música. Eu acho que conseguiria classificar cada momento numa dessas categorias. Ficaria brega e piegas. Mas no fundo a gente é apenas isso, brega e piegas. Tentando parecer, cult, cool, popular, fodásticos. Não estou dizendo nada com nada. Hoje, eu seria vermelha, cheiraria a pão quente, e emanaria acordes da Marisa Monte. Viu? Eu disse, o ser humano nada mais é que pieguices. Coisa brega. Ninguém deve estar lendo isso mesmo. Eu não agüentaria passar da segunda linha desse texto sem pensar. Mais uma que se julga uma escritora complexa. Já teria desistido. Como a maioria deve ter feito. Não to mal não. Nem em sonho. É engarrafamento de pensamentos, sensações, vontades e dúvidas. Ai vira essa torre de babel. Ninguém entende nada. Nem eu. Tsc... Coisa tosca...

quinta-feira, agosto 23, 2007

As sete coisas sobre mim

Mila e Samantha, pessoas que sabe, ou deveriam saber que eu amo correntes, me enfiaram nessa. Como disse a Mila, Patrik Lanskind, ignorou essa corrente, além de perder toda a sua fortuna, da família ter enlouquecido, o que ela não contou, é que Lanskind ficou broxa e sua mulher frigida... Então, ta aqui, to pagando o troço:

1. Eu já ganhei um outdoor de presente. Na frente de onde eu trabalhava. Numa avenida movimentada. Mas lesada como sou, só fui me dar conta no fim do dia, depois de diversas piadinhas no escritório. Era o Perna Longa (piada interna das mais toscas), com um trecho de “Por Você”.

2. Tem apenas uma coisa na minha vida. Uma só. Que ninguém sabe. É a única coisa que realmente sinto vergonha de ter feito. No fundo, todo mundo tem seus segredos.

3. Eu já quebrei vasos, atirando na parede, já risquei carro de alguém, já fiz escândalos na rua, já dei tapa na cara de uma menina numa balada, já derramei bebida na cabeça de um ser, e já despejei mostarda noutro...

4. Com 10 anos, me perdi na fazenda com meus primos, inventamos, pra não dizer eu inventei, de ir onde colocavam as vacas que morriam, e fomos, só que era longe pra caraleo, um bando de pirralhos nem percebemos que não daria tempo, passamos a noite andando no meio do mato, chorando que nem desesperados, só nos acharam na manhã seguinte. Foi a única vez que meu pai me bateu na vida.

5. Às vezes acho que sou bipolar. Posso mudar de humor, muitas vezes ao dia, e por coisas bem bobas.

6. Tenho enxaqueca. Horríveis. O médico disse que não devia me estressar, que devia fazer repouso nas crises, e praticar exercícios. Perguntei pra ele quem iria trabalhar, cuidar de um filho, e pagar minhas contas. Ele acabou me receitando um tarja preta.

7. Eu demorei 3 horas pra escrever este post. E quase surtei porque não sabia o que falar. E eu acho sinceramente que ficou uma merda. Mas tudo pra não ficar frigida.


E agora se virem pessoas:

Carol
Ricardo (esse implorou no msn pra mim passar a corrente….)
Clara
Solin
Garota Complexada
Ana D.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Dor

Pessoas sofrem. Todos os dias. Em todo canto do mundo. Sofrem por amor. Pela dor. De saudade. De tristeza. Indiferença. De todos os mais variados tipos de sentimentos. Mas vou te avisar. Ninguém morre disso. A gente se humilha. Faz papel de palhaço. Sofre como se fossemos morrer. Mas não morremos. Essa dor não mata. Pode nos abalar, pode nos fazer sangrar, mas matar, não mata. Acreditem.

A gente acha que nunca vai passar. Que nunca vai parar de doer. Que nunca mais seremos os mesmo. Mas passa. A dor sempre passa, demora, dói, mas passa. E o que fica no lugar são as cicatrizes. Como eu sei? Eu tenho várias cicatrizes, e ainda estou aqui pra escrever isso não estou? Então, não mata.

Esse processo é algo interno e solitário, temos que sofrer até a última gota, pra podermos nos reconstruir. E achamos que isso não acontecerá. Mas não se preocupem. Acontece. É parte do mesmo processo. Todo mundo consegue. E quando vemos, esquecemos. Não será como a Fênix que ressurge das cinzas, porque pra ser cinza precisamos morrer, e dores assim, já sabem, não matam. Mas será algo meio parecido. Voltamos. Sem termos velado e enterrado ninguém, além de nossa dor.


“A dor é inevitável, o sofrimento opcional”.
Carlos Drumond de Andrade

terça-feira, agosto 21, 2007

Casca...

A vida vira 180° e minha cabeça acompanha. Turbilhão de coisas acontecendo nos últimos dias e eu tento me manter tranqüila. Depois da tempestade vem a calmaria, e por aqui também será assim. Um encerramento de um ciclo e o inicio de um novo, sempre faz com que tenhamos que aparar arestas e nos adaptar. Mudança. É isso que nos mantém vivos, que faz com que a gente se movimente.

Hora, movimentos lentos e quase imperceptíveis, hora, bruscos que quase nos arrancam do centro. Tentar manter a calma e esperar que as coisas se ajeitem é uma das coisas que estou tentando aprender a fazer. Tem me feito bem. Tudo acaba ficando bem. Vai ficar bem. Eu sei.

Julgamentos, palavras jogadas não me preocupam. Me irritam um pouco, mas não me preocupam. Me basto com o que eu sei. Com o que eu sinto. Com o que eu sou. Sempre foi assim. Sempre me bastei assim. Opiniões alheias podem me incomodar de inicio, não mais que duas respirações fundas.

Eu sei quem sou e o que não sou. E pessoas que me são importantes sabem. Minha preocupação para por aqui. Eu nunca deixei de fazer ou fiz algo por julgamentos alheios. Apenas sou autêntica comigo mesma, verdadeira com quem amo, e bem mais do que tudo isso aqui. Puta. Santa. Fodona. Falsa. Verdadeira. Forte. Fraca... É tudo uma questão de quanto às pessoas te conhecem e de que ângulo elas te olham. Tudo casca... Tsc...

segunda-feira, agosto 20, 2007

Raio X


Gosto de azul e preto. E não suporto rosa. Não gosto das minhas coxas, grossas de mais E minha barriga pós-filho me incomoda, faria lipo sem nem pensar. Mas tem partes em mim que gosto muito. Gosto do meu colo e dos meus seios. Gosto do meu pé. E dos meus olhos. Não entendo nada de pintura. Impressionista. Neo Clássica. Cubismo. Construtivista... O que eu sei é se gosto ou não gosto daquilo. E pra mim me basta. Assim é com música, não entendo nada de música internacional, não sei quem canta nada. Apenas gosto ou não. MPB é meu chão, é o que eu ouço e me perco.

Gosto de massagem e cafuné. Mas odeio me mecham no meu umbigo. Adoro desenho animado. Amo manga e não como morango nem sob tortura. Até me provarem que estou errada não mudo de opinião. Mula empacada. Não me ligo em horóspoco, apesar de o ler todo dia. Não mudo minha crença, e respeito à crença de todo mundo. Gosto de sorvete de chocolate e creme com passas. Sol com frio. Não posso com banho frio. Até no verão tem que ser morninho. Não sou escrava da chapinha e da escova. Gosto dos meus cabelos lisos, mas os adoro crespos também. Gosto de serra e frio. Fondue, vinho e uma companhia, fazem minha felicidade por vários dias.

Gosto de morenos, mas abro exceção para alguns loiros na minha lista. Gosto da palavra. De palavras. Tem palavras que nos enchem a boca pra falar. Ruborizar, hipoteticamente, bunda... Gosto delas. Dou risada de graça. De tudo e de nada. Odeio gente fresca, pra falar, pra comer, pra andar. Não enrolo e não gosto de ser enrolada. Adoro boteco e cerveja. Mas gosto de bons restaurantes também. Minha perdição é culinária japonesa. Em outra vida devo ter sido gueixa de alguém. Adoro churrasco e massas. Como salada quando a crise de consciência esta muito grande, e como reclamando. Tenho medo de altura e de escuro. Mas já fiz coisas nessa vida que envolvia altura e escuro. Eu acho que sou meio masoquista. Medo me da uma espécie de prazer.

Acampar pra mim, só com toda infra-estrutura que um Chalé no meio do mato pode te dar. Não gosto de insetos, tenho medo de barata, ratos, cobras e todo e qualquer animal pegajoso me da asco. Alguns homens estão nessa categoria. Chocolate é minha perdição. Vinho tinto seco também. Quando meus conceitos são quebrados, fico meio atordoada. Gosto de ter o controle e de dar a última palavra. Mas não gosto de gente carneirinho. Ninguém, pra mim traduz melhor as pessoas e as sensações do que Clarice e Caio. Leio muito. Leitura útil e inútil. Meu maior problema é a boca se encontrar tão perto do cérebro, geralmente não dá tempo de pensar e eu falo antes. Meu paladar é infantil e se não engordasse comia besteiras todo dia. Tenho gastrite nervosa. Sou estressada, e ano passado isso me rendeu quase uma úlcera.

Não acho que a gente se arrependa somente do que não faz, me arrependo de muitas coisas que já fiz na vida. Já fiz e tentei coisas sem explicação. Aprendi da pior maneira a valorizar a vida. Já disse coisas que me arrependo. Já bati portas, quebrei copos. Já escrevi cartas de amor. As mais bregas e apaixonadas cartas de amor. Já chorei, já fui piegas. Tatuei colarinhos, usei os decotes mais ousados. Já dei vexames, já fugi de casa. Já solucei em despedidas. Já disse adeus sem chorar. Já fiz surpresas. Já dei presentes surreais. Já ganhei um outdoor de presente. Já passei noites em claro roendo as unhas. E chorei trancada no banheiro.

Quero me casar. Não na igreja. Casar de alma com alguém. Mas confesso que já meio que perdi as esperanças disso. Eu penso de mais. Em tudo. Acho que já vivi muita coisa, e não construí nada. Às vezes acho a existência inútil. Meu esporte preferido é a inércia. Sou ciumenta, possessiva e confesso, meio enfezada. Gosto de sexo, de todos os tipos. Mas não com todo mundo. Não tenho pudores. Realmente acho que toda mulher deve ser santa e puta. Dinheiro não é tudo, mas sem hipocrisia, é importante também. Tenho vontade de escrever um livro de crônicas, mas sou autocritica o suficiente pra saber que me falta talento pra isso. Quero hipoteticamente uma casa com cercas brancas e um labrador. Mas pode ser um apartamento e um chiuaua.

sexta-feira, agosto 17, 2007

... !!! ?? .

Meu ego é grande sim. Do tamanho que eu consigo suportar sem que isso machuque alguém. É difícil, pra mim, compreender pessoas que dizem “eu deveria ter dito isso”, mas não disseram. Difícil pra mim, pois eu geralmente digo, quando quero, no momento que penso, não deixo chances e oportunidades passar por mim, eu as apanho. Deveríamos ser todos nós assim. Cientes de quem somos e do que podemos fazer (ou causar). Claro que faz bem ouvir elogios a nossa pessoa. E que isso nos massageia. Mas vai muito além de querer massagear o ego. Vai muito além de coisas escritas nessas linhas. Pois minha vida não é esse blog, este apenas faz parte da minha vida.

Minha vida é o que eu digo, mas vocês não lêem. É o que eu sinto, mas vocês não sabem. É as risadas que eu dou e vocês nem imaginam porque. São os pensamentos que eu tenho, que deliciam minha mente, e eu simplesmente não divido aqui, porque sou egoísta o suficiente pra isso. Porque minha vida é um todo e não este pedaço.

É a dor do estômago que senti ontem, dor que foi boa de sentir. É o meu lado devasso que diz coisas que naquele momento me causaram sensações. É a saudade que eu sinto de coisas que nem sei se serão concretas. É a vontade que me invade, e que não posso matar. São as coisas que ouço e que me fazem sorrir internamente. São os banhos que eu tomo. As coisas inesperadas, destino. É descobrir que sabores de sorvetes podem ser bem mais interessantes do que um simples paladar. São as coincidências, que não são coincidências, pelo simples fato de não acreditar nisso. É o eu também, em simples questões. O eu “vou” sem ter ido. Pequenas coisas, que não vou e não quero dividir com ninguém. Eu gosto de ser única, de me sentir única. Egoísmo. Posse. É eu querer dizer “Ei, acorda! Para com toda essa coisa de desinteresse, eu já to fudida”.E não dizer, porque também me falta coragem. Porque eu faço e desfaço, quando eu que controlo. E tem vezes que a gente perde o controle, e depois se perde toda.

Minha mente gira 180°, todo o dia, e eu não conto pra vocês. Muitas coisas acontecem nas entrelinhas e eu nem sonho em dividir com ninguém. Sou egoísta também com minhas sensações. Preciso absorver-las, suga-las até o fim, e isso é um processo egoísta, ou no caso, divido com um. Eu tenho pressa, eu tenho urgência, eu quero tudo, tudo que eu possa ter. E o que eu não puder, costumo pegar igual. Preciso de inteiros sempre. Porque sou assim, inteira.

São muitos que compreendem que escolho momentos, fragmentos que me fizeram bem para dividir, por que apesar de não ser este blog minha vida, ele faz parte de mim. Cada um que me lê me preenche de alguma forma. São poucos os que não compreendem que isso, vai muito além do meu ego, do meu egoísmo e de querer ou não concordância. Não preciso que concordem comigo, ou com ninguém, para viver, para decidir. Eu nunca fui do tipo que me preocupei com a opinião alheia. Eu gosto é de correr riscos. De dizer tudo. Sem que ninguém entenda nada. E se não entenderam, desculpe, esta bem além de autopromoção, é simplesmente pelo fato de que não era pra você entender. Porque ás vezes eu quero apenas me divertir imaginando vocês lendo tudo isso. Porque na minha vida, aqui, aquelas que vocês não sabem... Esta muito além de divertimento e ego.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Vastas emoções e pensamentos imperfeitos... ou "E agora Batman?"

“Você tem mais um gênero masculino na sua personalidade, mas a forma que você usa isso te torna bem feminina, você é despojada e desbocada, isso pode até assustar alguns homens e assusta, mas ao mesmo tempo encanta... Você não gosta muito de controle... Acho que o que mais atrai em você é esse “Q” de gênero masculino que na verdade só te da mais charme, pela maneira que você o usa de uma maneira... Pra se colocar... E no fim fica interessante a maneira que fica mesclado... Você é extrovertida e isso é legal, mas não adianta a forma que você possa ser extrovertida, palhaços são extrovertidos, você faz de uma maneira sensual, não da pra notar de cara, mas se você reparar você emana sensualidade, até num simples vai a merda, o interessante é o modo que você coloca as coisas e a hora que as coloca...

... Por exemplo, você é bonita, não tem uma beleza padrão... Nem daquelas de capa de revista que fazem "parar o transito" mas misturando seu tipo de beleza, que também não é comum, e sua personalidade você fica muito bonita, se você olhar a primeira vista você merece uma segunda olhada, mas se você começar a falar aí isso aumenta, não da pra parar de olhar... Visto que todo mundo envelhece você ta na frente de um monte de mulher com beleza padrão...”

Algumas pessoas têm o dom de nos elogiar de forma sutil e inteligente, essas pessoas são raras. Mais raro são pessoas que parecem nos conhecer tão bem, de forma profunda e ao mesmo tempo sutil, em tão pouco tempo, essas pessoas são além de inteligentes, perspicazes. O encantamento vem, às vezes, de onde menos se espera e das formas mais leves e inimagináveis. É instigante ver que uma pessoa possa te “ler” de uma forma bem mais ampla, como se o texto principal não importasse muito, o que esta interessando o leitor é justamente as “entrelinhas” que você possa querer (ou não) mostrar. Boas surpresas, excitantes surpresas... São, para ser ridiculamente redundante, surpreendentes, ainda mais quando, no caso, o que se viu, por enquando, foi o pacote. Dá o que pensar imaginar o que tem dentro...

quarta-feira, agosto 15, 2007

Frigideira



Talvez eu fique encalhada. Verdade. Não que eu queira. Ninguém quer alguém dizendo aquelas coisas meigas de que você vai ficar pra titia. Mas como já sou mãe, esse risco não corro. Mas tenho sim uma enorme probabilidade de ficar sozinha porque simplesmente me falta saco. É isso, me falta paciência pra investir em alguém. Pra conhecer, me interessar, querer saber da vida, conhecer as qualidades, descobrir os defeitos. Não tenho mais paciência pra tudo isso. Eu sei, é triste. Chega ser irritante eu aqui dizendo que aos 28 anos não tenho um pingo de boa vontade pra querer me envolver com alguém.

Não sou uma insana de achar que um dia eu não possa acordar, descer pra comprar pão, e me apaixonar. Isso pode acontecer, a probabilidade é expressamente remota, mas vá lá, pode acontecer. O que seria de péssimo gosto do destino, pois geralmente vou à padaria de pijama, visto que são sempre as mesmas caras e a tal hipótese surreal ai nem me passa pela cabeça. Claro que também isso pode ser apenas uma fase, sei lá aquelas coisas de introspecção, de ostracismo, de autoconhecimento, daquele blá blá blá todo que a gente ouve falar em livros de auto-ajuda e ouve da boca de gente eternamente positiva, daquelas que vivem dizendo que vai passar, só depende de você.

Antes eu queria e tinha paciência. Hoje eu quero, mas não me resta um pingo da segunda pra esses assuntos. Ninguém me parece interessante o suficiente, ninguém me causa aquela sensação de que pode valer a pena. Minhas “paixões”, meus arrombos, meus entusiasmos são meio fogo de palha. Tem os que duram uns dias, os de uma semana, os de alguns meses, depois disso apaga, passa, acaba e fica o cheiro de queimado.

Sei que é meio complicado de entender que alguém queira, mas se diga sem saco para investir, seu tempo, sua boa vontade e todo resto nisso. Até porque se você quer, você tem que no mínimo movimentar energia pra isso. Até eu acho completamente surreal. Mas fazer o que? É essa a realidade. Vou fazer o que??? Eu não fico trancada em casa lamentando. Eu saio pra rua, eu vou a parques, teatros, cinemas, até no museu eu estive há pouco tempo. Ta certo que anda me faltando vontade pra enfrentar a noite e seus tipos, mas na noite, a gente nunca conhece muita gente que valha a pena mesmo. Não ultimamente.

O fato é que eu já considero a hipótese de não ter a outra metade, nem um quarto dela... Se eu for passar o resto da minha vida sozinha prometo que não ficarei reclamona e ranzinza. Pretendo ter um enfermeiro/acompanhante moreno alto... Ainda vai me restar o humor. Se toda panela tem a sua tampa... Sei lá, quem sabe eu seja uma frigideira.

terça-feira, agosto 14, 2007

Assim ó...


Só pra mim...
Vai dizer que você não queria?!


PS: Viram ele de cueca branca na novela ontem?????????

segunda-feira, agosto 13, 2007

N2O

Peso uma tonelada. E nem sei porque, não sei o que de tão pesado tenho aqui dentro. Acordo todo dia exausta de carregar tanto peso. Dou passos lentos, pois tenho a sensação de que irei afundar a calçada se ir mais rápido. Às vezes acho que estou diminuindo de tanta coisa nas minhas costas, que passarei a andar curvada, aquela curvatura que tem os derrotados, os medíocres, os medrosos. É tão mais fácil se esvaziar se a gente soubesse de onde vem tanto peso. Eu vejo pessoas leves andando na rua, daquelas que muitas vezes pesam muito, mas olhando você acha que levitam. Cheias de gases só pode. Daquele gás do riso. Porque riem de tudo, como se vivessem dentro de uma bolha cor de rosa que flutua. E eu aqui só cheia de concreto. Pois quando começamos, mesmo que involuntariamente, a realmente enxergar as coisas é difícil continuar leve, o abstrato vira concreto e concreto é cimento. Tanto cimento assim jogado em você te endurece, te pesa e te faz perder o poder de ser leve. Quando foi que comecei a enxergar coisas que não enxergava antes. Porque raios a gente tem que abrir os olhos nessa vida medíocre que a gente leva? Quem foi que disse que ser realista é bom? Bom mesmo é achar que a camada de ozônio não acaba nunca, que Papai Noel existe, que chocolate diet não engorda, que mercúrio cromo cura tudo, e que mertiolate arde, mas é melhor. Alias hoje nem mertiolate arde mais. Acho que tem tanta coisa que nos faz arder inteira que quiseram aliviar nesse lado, já se pode curar os ralados sem dor. Mesmo que você queime por dentro. Eu sinceramente preferia quando mertiolate ardia por fora e eu era brisa por dentro... Cheia daquele gás do riso que não consigo lembrar o nome, mas com certeza sabia, quando era eu que flutuava por ai, pensando porque essa gente toda vive curvada...

sexta-feira, agosto 10, 2007

O Amor - Segundo Caio Fernando Abreu

"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que o amor não começa quando o nojo, higiene ou qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também." Pela noite/Estranhos Estrangeiros


Viciada nesse cara, e pirando a cabeça, a alma, a vida, as idéias, a cada coisa que leio...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Eu sei o que você faz...*

Gueixas e samurais decoração: Eu queria mesmo era saber como é que com isso, alguém pode chegar aqui. Eu sugiro que você procure me uma loja de decoração...

No mundo existem tantas almas, mas agente precisa só de uma : Mas deve ter o que hoje no mundo, mais de 6 bilhões de pessoas, o difícil é encontrar essa uma!

Carpe dean : Por aqui não vai encontrar....

Porque meu seio é tão dolorido?: Humm, um ginecologista seria a sua melhor escolha...

Eu quero fotos com jente drogada: Você devia era parar de fumar maconha!!!! É “G”ente, santa!

Verbo por:eu ponho: Oi? Hã? Olha só, onde você põe não é da minha conta não!

E agora José?: É bem legal esse poema ai...


Blog de gente louca:?: > E chegou aqui porque? kkkkkkkkk


Entre tantas, eu ; Jana blogspot, Entretantas, blog: Sim, sim, sim! Vocês chegaram ao lugar certo.

Agora a vencedora de buscas!!

Marcelo Antony Pelado: O povinho que gosta de uma peversão... Mas se acharem me mandem ok? kkkkk

05 Aug, Sun, 20:27:42 Google: marcelo antoni pelado
06 Aug, Mon, 13:10:51 Google: fotos de marcelo antoni pelado
06 Aug, Mon, 15:59:52 Google: Marcelo Antony pelado
06 Aug, Mon, 22:04:51 Google: foto marcelo antoni pelado
07 Aug, Tue, 15:22:57 Google: "Marcelo Antony" pelado


Bem, vamos por partes, se querem achar o tal peladão, deve usar o nome com Y, segundo terem muita sorte, porque chegando aqui vocês não encontram. Como sou uma pessoa boa, dei uma olhada, mas, lamento nada dele peladão não...

* A forma da pesquisa foi transcrita exatamente como procurado.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Abstração...

Eu queria tanto pode explicar as coisas, mesmo que apenas pra mim, mas não consigo, eu não sei as palavras, eu não sei nem exatamente o que é. Eu só sei que não é assim que eu queria. Essa sensação de ser como um cachorro, rodando em círculos, correndo atrás do próprio rabo. Aquele esforço inútil, que gasta energia de forma demasiada e a gente não sai do lugar. Inércia e impotência, tudo se misturando e você não tem (ou não sabe) pra conde correr, pra onde ir, que direção tomar. Já dizia o gato da Alice (a do País nas Maravilhas), se você não sabe aonde ir, qualquer direção vale. Será que vale mesmo? Porque olha, to andando pra tudo que é lado há bastante tempo, e até agora não encontrei essa parte do valer a pena. E não consigo nem explicar pra mim, nem explicar pra vocês o que exatamente esta se passando. Porque não é nada de concreto, é tudo aqui no abstrato da minha mente, da minha vida. É como uma pintura abstrata cada um olha praquilo e enxerga algo completamente diferente. E eu to assim, olhando para o abstrato pintado em mim e a cada vez vendo uma coisa nova, uma falta nova, uma carência nova, dúvida nova, certeza nova. Porque toda obra abstrata é de certa forma incompleta, ela vai depender do que cada um vê, do que cada um sente. E eu não ando conseguindo ver além de alguns borrões completamente sem sentido... Tsc...

terça-feira, agosto 07, 2007

...

Preciso achar alguém
nem que seja só para me aborrecer,
não sinto nada ultimamente...
Isso é pior que sentir dor.


*****


Eu tenho um monte de contas pra acertar,
e a impressão de quem nem me diverti tanto assim...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Citação...


"Talvez este seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada. ”

Caio Fernando Abreu, em Deus é Naja




quinta-feira, agosto 02, 2007

E eu que não amo ninguém...

Não amo ninguém. É a primeira vez em muito tempo que eu não amo nenhum homem. Ninguém me arranca calafrios, ninguém tira o meu sono, ninguém me faz ficar ao lado do telefone esperando uma ligação. É estranho. Não estou acostumada com isso. Vivi sempre em montanha russa. Sempre com borboletas a minha volta, com estomago em nós, sempre com aquela sensação sufocante ou salvadora. Mas eu não amo ninguém, e isso me causa uma estranheza absurda. O não amar influi em várias coisas, ninguém em faz ficar horas na frente do espelho querendo parecer atraente, ninguém me faz querer usar aqueles sutiãs com rendas, babados e arames, e eu posso livremente usar meu sutiã de algodão velhinho, mas extremamente confortável. Não ando nem tendo que depilar as pernas com tanta regularidade. É claro que não tenho com quem dormir em noites frias, pra quem preparar alguma surpresa, não tem alguém que eu queira abraçar até sufocar, e que a falta chega a doer na alma. É muito estranho esse sentimento de pensar no “eu” e não no “nós”. O que eu quero fazer, o que eu quero neste momento, o que agrada somente a mim e mais ninguém. É uma sensação estranha. Uma libertação esquisita. Que não te da mal estar, mas também não te leva ao cume dos sentimentos. Que não te faz completa, mas também não te faz incompleta. Uma estranheza que te faz procurar, afinal o relógio não para. E a gente quer muitas coisas nessa vida, aquela coisa que dizem que temos que ter durante a nossa passagem por aqui. Mas ao mesmo tempo não perder muito tempo, muito esforço com isso. Que te da até um toque de egoísmo. É você, você, você e só você. E tudo isso é muito estranho pra mim... Não é que eu goste. Mas aqui no fundo, bem no fundo eu também não desgosto... Só me é incomodamente estranho...

"Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo."
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, agosto 01, 2007

Hoje vai ser uma festa...

A seis anos nascia essa pestinha da foto,
com tão pouca idade já tem um humor afiado,
sarcástico e debochado... Mas não sei a quem ele puxou...
















Então é isso gente,
todo mundo juntando as mãos e
cantando parabéns para o meu filhote!
Porque hoje meu coração tá em festa!