segunda-feira, dezembro 29, 2008

2009

Então, nada de retrospectiva, nada de lista de promessas que eu não irei cumprir... Tudo que eu quero é que esse ano tosco acabe! Porque o ano pra ser tumultuado como esse, não vejo a hora de ir de vez. Eu gosto de números impares, consequentemente gosto de 2009, acho que vai ser um ano ao menos mais sonoro aos meus ouvidos. O que quero mesmo é que essa sensação de “pode estar acontecendo alguma coisa” que to tendo agora na finaleira do ano, aconteça de vez ano que vem. Porque ta na hora de alguma coisa lá em cima olhar pra mim e pensar “coitada, ta na hora de dar um respiro pra essa”. Sério mesmo, preciso respirar, preciso de algumas coisas boas, algumas surpresas, menos bla bla bla e mais acontecimentos reais por aqui não faria mal a ninguém. Um pouco mais do delicado da vida, é esse o meu desejo de ano novo. Nada de grana, de trabalho, não que não seja bom, se vier vai ser muito bem vindo, mas a gente tem que focar na coisa, isso de jogar pra todo lado nunca da certo mesmo. Então quero o delicado, quero algumas noites em claro por ótimos motivos, só quero que aconteça... Seria como presente de Natal atrasado, que eu acho sempre tem um sabor melhor porque você nem espera presente algum. Pra quem é ligado nessas coisas de cores, já aviso que 2009 será regido por Ogum, seguido de Iansã, então não custa ai dar um toque de verde ou vermelho no visual pra entrar o ano de boa com os Orixás. Sem contar que calcinha vermelha, dizem, que garante muito amor no próximo ano...

Axé! E que venha 2009!

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Eu confesso!

Confesso que ontem a noite, chorei praticamente em todo o especial do Roberto Carlos...



Me interna, tsc!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Futilidades


- Eu vou tirar 30 dias de férias. Em todos esses anos nessa empresa vital, essa é a primeira vez que isso me acontece; Mas não chorem eu devo dar as caras vez em quando (muito em quando)

- Das dúvidas cruéis da minha vida: Se eu pinto as unhas o esmalte descasca em 2 dias, se a manicure pinta demora 6;

- Tem uma semana que eu to ligada em 220V. Como desliga a bateria?

- Pra não dizer que não falei sobre Natal. Eu ainda não comprei todos meus presentes, só amanhã. Eu juro que um dia eu consigo ibernar nessa época. Juro!

- Não confie em manicure que rói as unhas;

- Ta era isso, porque não tem muita coisa fútil acontecendo na minha vida. E eu ando meio... não se assustem... não riam.... não caiam das cadeiras... meio... rosa!

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Pshiiiiii!!

Dessa vez não. Dessa vez minha boca grande não me pega. Dessa vez eu não conto aos quatro ventos. Dessa vez eu vou ouvir a voz da minha mãe que me diz desde pirralha “se preserve” e eu como uma pirralha birrenta nunca ouvi. Dessa fez eu faço tudo diferente. Pra ver se da certo. To cansada de ser eu e dar errado. To cansada de surtar, pirar, de falar, de contar, de dar detalhes e tudo dar errado. Dessa vez eu vou guardar tudo de bom que me acontece. Eu não vou dividir ou vou dividir apenas a parcas pessoas da lista vip do meu ser. Nada disso mais de contar tudo pra todo mundo. Nada disso de surtar e falar tudo que eu penso. Nada disso de vir aqui e falar, falar, falar... Agora é só ser leve. Brisa. Eu cansei de ser confusa, louca, intensa e perder tudo. Eu cansei de pirar à noite, e passar semanas pra me encontrar. Eu cansei de dar detalhes de tudo a todo mundo. Pois eu sempre fiz tudo isso e sempre perdi mais que ganhei. Agora é assim, boca de siri, cara de blasé e a esperança de que essa normalidade, essa preservação toda, deixe as coisas boas acontecerem. Mesmo querendo, mesmo morrendo de vontade de gritar meia dúzia de coisas eu não vou. Eu vou é pra frente do espelho, respiro fundo e me peço calma. Repito mil vezes pra engolir minha ansiedade, minha intensidade, minha loucura. Leve, lembra? Seja leve. Nada de contar medos, de desatar a falar de vontades, de verdades, de piração da minha alma que mal eu compreendo. Nada disso. Falar só se forem amenidades. É isso, nada do que acontece tão cedo por aqui. Uma tentativa de preservar o que de bom pode vir. Pshiiiiiiiiii! Repito pra mim várias vezes...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Orgia Gastronômica

Então que eu temperei com as minhas melhores especiarias. Uma pitada de leveza. Uma generosa quantidade de riso. Vinho. Um cadim de surpresa. Reciprocidade. Três colheres de identificação. Cumplicidade. Pimenta branca. Vontade. Falta de vontade de ir. Uma boa dose de arrepios. Quatro ou cinco mordidas no canto da boca. Uma ausência de sono. E uma respiração suspensa. Tudo isso servido numa toalha de noite estrelada...

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Eu?




Eu ando por aqui achando a vida bem sem graça, e ela - a vida - por conseqüência, me achando mais sem sal ainda.


quarta-feira, dezembro 03, 2008

Para Maria da Graça, de Paulo Mendes Campos


Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.

Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.

A realidade, Maria, é louca.

Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"

Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.

A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas conseguem abrir uma porta bem fechada ou vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.

Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.

Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.

A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon". Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"

Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste.

Disse o ratinho: "A minha história é longa e triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance só é o jeito de contar uma vida, foge, polida, mas energeticamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.

Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.

E escuta a parábola perfeita: Alice tinha diminuido tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom-humor.

Toda a pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.

Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá.A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".

Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.



Recebi por e-mail da Carol, e chorei um lago (aff! ando tão mulherzinha!) que fiquei com medo de me afogar em minhas próprias lágrimas... As partes grifadas são minhas entrelinhas e /ou coisas que eu ainda preciso aprender nessa porra de vida. De alguma forma achei que deveria por esse texto aqui, por conter verdades irrefutáveis... Em algum lugar devem haver cogumelos que nos fazem crescer novamente...

sexta-feira, novembro 28, 2008

Do que me é incompreensível


Tem coisas que eu não sei e nem espero um dia aprender a lidar. Falta de maturidade nos relacionamentos, mentiras e filha da putice, são algumas dessas coisas. Envolver-se com alguém, deixar que essa pessoa compartilhe de sua vida, da sua casa, da sua família, que faça parte dela, pra mim é algo muito sério. E a imaturidade com que as pessoas tratam sentimentos alheios simplesmente não me é simples entender. A facilidade com que as pessoas descartam pessoas me corta pela frieza. E eu definitivamente não sou uma pessoa fria. Não trato pessoas como objetos, que servem somente de degraus para que possamos atingir nossos objetivos. Pessoas não são descartáveis. E o mínimo de maturidade e respeito quando se deixa de sentir algo é importante. Somos feitos de sentimentos e sentimentos são mutáveis, pessoas deixam de sentir, sentimentos se modificam, entendo tudo isso. Agora filha da putice é falta de caráter e nada mais. É falta de vergonha na cara. Por isso nunca trai, deixei de gostar de algumas pessoas nos meus relacionamentos, e sempre fui sincera com isso, sempre tive cuidado em não machucar além do necessário ninguém. Eu nunca fui filha da puta. Eu nunca arrastei um relacionamento até achar alguém para ocupar aquele lugar por medo da solidão. Não que eu não tenha medo da solidão, tenho e já afirmei aqui, mas acredito que não podemos usar as pessoas como base e solução dos nossos problemas. Eu já magoei muito algumas pessoas, por ser impulsiva, por ser estourada, por falar coisas sem pensar. Mas tenho a consciência tranqüila que em nenhum dos meus relacionamentos alguém pode dizer que me faltou caráter. Que me faltou sinceridade. Eu nunca acreditei que se paga com a mesma moeda. Pois acreditem sou PHD em filha da putice alheia, afinal são quase 30 anos em que me deparo com alguns dos tipos mais canalhas. Mas eu? Eu tenho minha cabeça tranqüila, eu deito no travesseiro e sei que posso ter errado muito, em diversos momentos, mas eu nunca perdi a índole que tenho. Eu nunca magoei propositalmente, eu nunca usei ninguém, mesmo tendo tido a chance disso três vezes, eu nunca fiz ninguém de estepe na minha vida enquanto procurava um pneu novo. Isso me alivia. Mas não serve pra compreender atitudes alheias. Não me ajuda a ver onde esta a naturalidade em usar pessoas, em se aproveitar de sentimentos. Eu simplesmente não consigo achar natural que se traia, que se perca o respeito, que falte dignidade e vergonha na cara para assumir olhando no olho do outro o que se fez. Sempre dei minha cara à tapa e geralmente virava o outro lado, mas todas às vezes fiz isso olhando dentro dos olhos e sendo o mais sincera que posso ser. Nunca me escondi por trás de deboches, pois relacionamentos, pessoas, são compostas de sentimentos e sensações e deboche não cabe nesse contexto. Pra isso existem palhaços de circo, que no fim nem são tão engraçados. Mesmo quando foram canalhas e filha da puta comigo, tentei manter o mínimo de civilidade, de respeito, não pela pessoa, mas pelo que vivemos ou deixamos de viver, no fundo por respeito a mim, ao que eu acredito, pelo que penso eu ser a base de toda e qualquer relação humana. Mas eu tenho meu limite, eu tenho o ponto que perco toda e qualquer educação, que eu deixo de respirar fundo com deboches, que eu desço do salto, pois eu fervo, e imaturidade alheia, principalmente em assumir que jogou merda no ventilador e que lhe faltou honestidade eu não aturo. Nesse dia, nesse momento, a outra pessoa simplesmente morre pra mim. E depois de morto eu simplesmente paro de sentir qualquer coisa, até mesmo civilidade. Afinal não há necessidade de ser civilizado com quem, pra mim, não existe.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Rapidinhas


- Então que um telefonema assim do nada, com convite assim despretensioso, faz com que a gente se lembre da mulher que é, e faz um bem danado pra auto-estima;

- Mila, esta de volta, Em Cima do Salto Agulha, não vão deixar de conferir né?

- Eu não entendo qual a dificuldade das pessoas devolverem o que não lhes pertencem. Juro que fica parecendo birra só pra se sentir notado... ai ai ai, me falta paciência....

- Ta calor, muito calor, e eu to fazendo as contas de quando volta o frio...

- Eu ainda teria algumas coisas pra falar em função de outras coisas, mas, ainda não é o momento.

- É isso, rapidim que to com sono...

terça-feira, novembro 25, 2008

Das delicadezas inexplicáveis

Ta que eu tava ontem aqui quietinha na minha tarde sem sal, pensando cá nos meus botões e na minha vida, completamente em dúvida se ia ou não ia sexta ali onde não interessa pra vocês. Eis que o moço do sedex toca a campainha, o que é comum, porque dia sim e dia também tem sedex nessa naba. Só que o sedex era para essa pessoa phyna e glamurosa que vos escreve! Imediatamente eu já fiquei toda boba e contente.

Eis que despacho mais que depressa o ser do correio e abro minha caixinha mágica amarela e azul. Dentro: Um livro, que fez um bem danado a quem me mandou, e eu espero sinceramente que me faça o mesmo bem. Uma “florzinha do jardim dela com muito amor para me alegrar e um anjinho para olhar por mim, com cheiro de capuccino para instigar minha alma gorda como a dela”! Um cartão e uma carta em papel de carta rosa!! (Rosinha, rosinha).

Eu que já tava assim chorando de cantinho, me lavei toda lendo a carta em papel de carta rosa com balões de estrelas e crianças voando em luas... Como é que vou explicar? Uma carta verdadeira, uma carta de preocupação, uma carta de amizade, de alguém que infelizmente mora tão no cu do mundo como eu, e nem posso abraçar forte agora pra agradecer...

Eu nem sei bem o que escrever de fato, porque realmente to emocionada e aos prantos, porque essas delicadezas que a vida me dá me tiram o nexo, porque nessas horas eu penso que: “Porra! A vida tem gente doce por ai e não somente essa gente escrota que cruza meu caminho”. Me faz ter certeza que afinidade, intuição, carinho, amizade, amor nada tem a ver com nada, apenas com alma, e que a identificação mutua é algo que realmente não se explica. Uma caixinha amarela com azul, recheada de sonhos e felicidade, que me salvou à tarde, e tenho certeza que me servirá de muito, todo o dia que eu precisar respirar fundo. Carinho gratuito e sincero ultimamente tem me arrancado rios de lágrimas.

Lilith, eu não tenho nem palavras, eu não sei nem o que escrever, na verdade não tem palavras pra descrever as lágrimas que rolaram ao ler sua carta, lágrimas de gratidão, de alivio entende? Gratidão por vc dividir um cadim de sua vida, sua historia comigo, e de alivio por mim, acho que era aquele choro contido que precisava de uma forma ou de outra sair...

Eu ti!



(Como pode ver sou uma ótima fotográfa)

segunda-feira, novembro 24, 2008

Dos Limites


Tudo nessa vida tem um limite, até para o sofrimento...


7 dias... Deu tempo de morrer, de velar, de enterrar e de rezar a missa...


Agora deu.

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"Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza."

Caio Fodástico de Abreu, claro.

terça-feira, novembro 18, 2008

Estar Sozinho


Estar sozinho é engraçado, louco, angustiante, libertário e triste, tal qual estar com alguém. No entanto, estar sozinho é absolutamente o oposto de estar com alguém.
Estar sozinho é fechar as mãos no nada quando se atravessa a rua correndo e não se tem uma mão para segurar.
É acordar sem saber o que será do dia porque planejar sozinho dá preguiça.
É falar a coisa mais engraçada do mundo para alguém que não vai rir, porque ninguém te entende tão bem.
É ficar louca sem cúmplice. Não tem graça ser fora da lei sozinho.
É querer contar tanta coisa para alguém, mas para quem?
A vida simplesmente acontece para quem está sozinho, às vezes sem que a gente perceba, pois é mais fácil ter noção de si mesmo através de outra pessoa.
Estar sozinho é fazer dengo sozinho na cama, sem ninguém para apenas encaminhar o ombro um pouco mais perto.
É comer doce demais porque sua boca precisa de um incentivo para continuar salivando vida.
É comer doce demais porque estar sozinho dá uma tremedeira estúpida de hipoglicemia.
É o doce que substitui mal e amargamente o sexo.
Estar sozinho é dormir até tarde no domingo. Não para congelar o tempo na alegria, mas para fazer de conta que o tempo não existe.
É conviver com a ansiedade de que você pode encontrar alguém especial a cada esquina, então você tenta ficar bonita. Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia.
É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada.
Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar.
Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão.
Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais.
Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido.
Estar sozinho é usar roupas provocantes sem se sentir sexy com elas. É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada. É morrer de medo do nada que fica no estômago.
Estar sozinho é uma coisa física, ou melhor, é a falta dela. Você se sente oco por dentro, por isso aquele respiro profundo de lamentação.
É cogitar enlouquecer.
O ombro pesa porque é tenso ficar sozinho. E porque não tem ninguém pra te fazer massagem também.
Quando chove, venta, escurece, e você está sozinho, você lembra de Deus e do quanto é pequeno. Estar sozinho é se aproximar de Deus por piedade própria e não por agradecimento, que é o que nos faz aproximar Dele quando estamos amando.
Estar sozinho é detestar ficar em casa. Ficar em casa sozinho, quando se está sozinho, é muita solidão.
Então você sai, só para não ficar em casa sozinho. E descobre o quanto você é sozinho. E volta pra casa sozinho, e chora vendo fotos.
Estar sozinho é implorar paixão e loucura com um olhar para o carro ao lado, segundos antes de você ver que ele não está sozinho.
É trabalhar para passar o tempo e só conseguir escrever títulos, roteiros, spots e textos chatos, sem inspiração.
É procurar um olhar pela rua e andar por aí com cara de louco.
É estar pronta para algo novo e não agüentar mais dias iguais.
É ocupar a vida de açúcar, intrigas, fofocas, encrencas. Aventuras tortas.
É ocupar a vida dos outros com reclamações, lamentações, dúvidas e carências.
Resumindo: estar sozinho é triste, enche o saco dos outros e deve fazer mal para a saúde.

Tati Bernardi


Recebi esse texto por e-mail hoje, e chorei rios lendo. Mas me fez pensar que estar junto e sentir-se assim igualmente sozinho, é muito pior do que estar sozinho de fato. Eu sei, eu vou chorar até esvaziar, eu vou sofrer a ponto de achar que vou morrer, mas não vou. Eu só sei matar as coisas em mim dessa forma, me esgotando, me acabando e chegando ao fundo do poço, porque uma vez lá não se tem outra opção além de subir de volta. Mas eu sei, eu preciso acreditar, que talvez estar sozinho, seja a possibilidade de um dia estar junto de verdade.

sexta-feira, novembro 14, 2008

quinta-feira, novembro 13, 2008

Covarde, por idade!


É fato, com o passar dos anos ficamos covardes. Crianças são destemidas, por desconhecerem os riscos das ações. Adolescentes são impetuosos por se acharem os donos do mundo, por acharem que têem todo o tempo do mundo para tudo. Por simplesmente ser de sua natureza. Eles arriscam, não tem medo do futuro, não o temem e o enfrentam. Mas crescemos e adiquirimos medos. Por acreditarmos que não temos todo tempo do mundo. E por termos sentidos na pele que o mundo não é nosso. As dores, as burradas, as experiências de vida trazem junto com um pseudo-amadurecimento, o medo. Temos medo das mudanças, por nos preocuparmos agora se a mudança dará certo. Medo de arriscar e não ter tempo para consertar. Não trocamos de emprego por comodismo, além de que não enxergar o futuro não é mais tão estimulante como antigamente. Tememos começar relacionamentos por acharmos tarde de mais e verdadeiro pânico de terminá-los, estranhamente pelo mesmo motivo. Raros são os que se salvam, raros são aqueles que a vida liberta e não aprisiona. Poucos são os verdadeiramente corajosos. Que ao crescerem mantém ta força da adolescência e são destemidos para continuarem a agir como crianças descobrindo o mundo. A responsabilidade nos torna chatos, prudentes, melancólicos... “Ah se ainda tivéssemos tempo!”. Ratos de laboratório, padronizados, tentando apenas fazer o que devemos fazer para não nos sentirmos excluídos. Alguém que larga tudo, carreira, casa, carro, para ir atrás de um sonho é tachado por nós, com inveja, de maluco. A verdade que sabemos, mas negamos é que não temos a mesma coragem. Ela nos é geralmente arrancada com dor, a nossa dor. Eu assumo, sou covarde, por idade!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Sem saco pra pensar em títulos.


Eu estava pensando, meu sonho de ontem podia ser uma metáfora da minha vida. Vem sonhando, sonhando e ploft, cara no chão, não resta mais nada além de acordar. Ando irritada, e por Deus, queria socar minha cara de tanta irritação que eu to, e como uma das coisas que andam me irritando fui eu que provoquei, eu tenho vontades absurdas de bater com cabeça na parede. Ando insuportavelmente chata. Reflexo de uma vida que anda insuportavelmente chata. No fundo somos reflexos, de tudo. Ai junta a vida chata, com essa época escabrosa que se aproxima... E eu viro algo bem próximo de um cão raivoso. Não gosto de natal, suporto ano-novo, mas natal definitivamente não é minha época. Eu fico um pé no saco, e só consigo pensar que minha carteira magra, vai virar anorexica, lojas lotadas, em gente correndo como barata tonta, aquela “neve” num País com esse calor, em toda aquela gente que não fez nada o ano inteiro e de uma hora pra outra se sentem os reis da solidariedade porque deram um quilo de arroz pra qualquer campanha, em todos os sorrisos falsos de fim de ano de gente que nunca mostrou os dentes pra você antes e essa coisa idiota, que uma noite vai fazer toda vida mudar na manhã seguinte. Enfim, tudo de novo, e eu só rezo pra sobreviver. Sensação de que terei 60 dias de TPM. Estou a um fio de mandar meu emprego à merda, simplesmente porque eu sou uma anta e cometi a asneira de misturar gente da minha vida pessoal na minha profissional, e virou uma paçoca daquelas que você mastiga e esfarela mais, ruim de engolir, e eu praticamente não tenho faço outra coisa além de falar dessa coisa toda com gente que eu deveria relaxar e não me estressar. Se todo mundo tem um limite o meu transbordou faz tempo. Vontade de ir pro raio que parta junto com o capeta e viver de sacanagem até tudo isso passar. Pois acreditem nem sacanagem eu ando fazendo! Não há mente nem corpo que agüente, e tenho a sensação que mais dia menos dias eu simplesmente vou explodir e entrar em surto. Daí, nem meu tarja preta resolve mais!

terça-feira, novembro 11, 2008

Dream


Então que eu estava sonhando, sonho bom entende? Bem bom mesmo. Daqueles que se eu tivesse acordada teria dito “finalmente um sonho que vale a pena sonhar”, eis que na melhor parte do sonho, tudo fica escuro eu começo a cair

cair


cair


cair


cair


cair


cair


cair

PLOFT! Eu acordo...



Nem meus sonhos andam prestando....

sexta-feira, novembro 07, 2008

Da idéias de girico geniais que eu tenho



Eu to dura. Lisa. Quebrada. Falida. Fudida. Então que eu tive uma excelente idéia. Eu atendo em média 5 ligações por dia de pessoas que pedem que eu ajude outras pessoas com doações, mas eu não ajudo (musica melodramática ao fundo), porque eu to tentando achar um jeito de ajudar a minha carteira nessa solidão desenfreada que ela se encontra. Em crise existencial, por não saber mais qual o papel nesse mundo. Sentindo-se inútil e imprestável... Quase se suicidou essa semana a coitada. Então, que tive a idéia (troque para musica de Rock - quando ele sobe as escadarias) de “auto lançar” uma campanha “Visite a Jana e doe um real!” O que é um misero real pra você? Se cada um que me visita me doar um real por dia, tendo em vista uma média de 30 coments/dia, por 5 dias da semana (eu dou folga no fim-de-semana), por 4 semanas ao mês, temos o que? Uma média de R$ 600,00/mês. Posso então começar a tirar o dedo mindinho da lama, e colocar a carteira (coitada, em depressão) no respirador! E o que vocês ganham em troca? Uma Jana bem mais humorada! Hein? Hein? Hein? O que acham?


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Bem agora vamos esquecer isso (mentira, vocês podem continuar pensando nisso) e vamos todo mundo dar os parabéns pra pessoa mais phyna dessa blogsfera: Lilith, todos os confetes do mundo pra você!! \O/

quinta-feira, novembro 06, 2008

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Quer saber? Cansei! Eu não sou assim. Não to querendo mais me olhar no espelho e não me reconhecer. Sempre fui dona de mim... Quer? Que bom, to junto. Não quer? Então não enseba. É isso. Vou jogar tudo pra cima. O que for forte o suficiente e sobreviver à queda eu guardo. O que espatifar vai pro lixo.

terça-feira, novembro 04, 2008

Se for assim não brinco mais.

Se a vida é isso, daqui a minha bola, acabo o jogo e vou pra casa jogar sozinha. Eu to aqui num mar de problemas remando apenas pra tentar não me afogar, já que nadar, infelizmente, eu nunca aprendi bem. Apenas o suficiente pra entrar em piscina que não dou pé e boiar pra não morrer afogada. Boiar é uma coisa que eu faço bem. Muito bem, e ultimamente é o que mais tenho feito. Aquela cara de perplexidade ante as coisas que a gente não entende, apenas bóia (apesar do ar blasé de estar tudo sob controle). É aquela sensação que se tem quando estamos com a cabeça na água, você respira, pois esta com o nariz fora d’água, mas os ouvidos estão submersos então você não escuta bem, é tudo tão vago e distante que até a nossa própria voz fica meio distorcida. Entendem? E vou assim boiando na vida, porque não entendo ninguém tão pouco meu umbigo e esse estranho dialeto que pareço falar (já que ninguém compreende a mais simples frase). Mas se é assim, se essa coisa toda é assim – a vida - vou mergulhar bem fundo, segurar a respiração ao máximo e quando não agüentar mais eu volto, solto o ar, pego a bola e vou pra casa. Jogar com a parede.




E eu que queria apenas uma resposta para uma pergunta que na verdade é composta por umas três...

quarta-feira, outubro 29, 2008

Não é tristeza.



Acho que perdi a mão. Pra essa coisa toda. Pra isso aqui tudo. Esse lance de escrever, não me é mais fácil. Ultimamente tem sido dolorido. Quase que parido. Textos paridos, de parto normal e sem anestesia. Nada do que escrevi nestes últimos dias me agradou ou é possível de ser publicado. É um monte de coisas truncadas sem nexos para alheios. É um monte de palavras jogadas na esperança vã de tentar entender alguma coisa que não tem entendimento. Coisa de louco. Estranhamente tenho escrito mais do que de costume. Mas nada presta. É reflexo dessa coisa toda que me falta absurdamente. É uma falta que chega a ser física. Não dá pra explicar. Por mais que eu saiba que preciso me perdoar e que isso é infinitamente mais difícil do que perdoar alguém, acho que realmente não se dão conta de tudo que me falta. Ou sei lá, até possam ver isso. Mas ai já é algo de ligar ou não. Não sei. Na verdade eu não ando sabendo de muitas coisas no que diz respeito a mim. Só sei que não estou triste. Não é tristeza que me acomete. É alguma outra coisa que me tranca de ser eu de novo. É uma espécie de medo. Sem ser medo. Mas uma reticência de falar que anda me deixando louca. Completamente um ciclo seco, como diria Caio F. Aquela coisa de ir fazendo, o que se tem que fazer simplesmente. Sem prazer ou desprazer. É um tanto faz constante acrescentado de uma vontade absurda de gritar “ei !!!acorda!”. Uma vontade que passa num segundo, pois sei lá, me vem aquela coisa toda da reticência. E eu me calo. Ta ficando confuso isso tudo, e eu vou parar de tentar explicar. Na verdade dei as caras aqui só para dizer que talvez essa coisa toda demore um pouco mais. Ou não, pode ser que acorde achando que tudo passou. O fato é, não tem tempo ok? Sem prazo algum. Apenas quando der. Quando eu achar que consigo novamente fazer dessa coisa toda de escrever um prazer. Pode ser a qualquer momento. Mas acreditem, não é tristeza. É só vazio.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Tempo...

"Mesmo quando tudo pede

Um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede

Um pouco mais de alma

A vida não pára..."




Preciso de um tempo daqui, um ou dois dias talvez. Quem sabe mais.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Meme

Então que eu tava escrevendo um texto, mas ficou assim pessoal de mais, truncado de mais, e eu desisti de colocar aqui e deletei a coisa toda. Ai que fiquei sem o que escrever porque ia sair mais ou menos a mesma coisa. Pensei em contar meu sonho de ontem, já que quase nunca sonho, mas achei que não interessava a vocês. Então me lembrei que o Cirilo tinha me passado um meme (alguém avisa ele que eu odeio memes!) e que se eu não fizesse iria sei lá, aquelas paradas, de morrer, de sofrer acidente, ou pior, ficar frígida. Não que eu acredite nessas coisas, pq meu santo é bom, mas eu não tinha nada pra fazer mesmo.

Nome: Janaina (sem sobrenome pq ai vcs vão jogar no Sto. Google e vão saber até a cor da calcinha que eu não uso!)

Idade: Quase 30 (ai medo!)

Local de Nascimento: Porto Alegre/RS

Peso: Mais do que deveria! Ho Ho Ho

Altura: Eu achava que era 1,67, mas esses dias me medi e deu 1,65, estou encolhendo!

Apelido de infância: Jana (até hoje)

Qual é a sua maior qualidade? Eu sou um poço de qualidades ambulante! Mas vejamos, sinceridade.

E seu maior defeito? Meu poço de defeito é mais fundo do que eu sendo poço de qualidades! Mas, a impulsividade.

Qual é a característica mais importante em um homem? Um pinto!

E em uma mulher? Gostar de pinto!

Qual é a sua idéia de felicidade? Hum, eu+bernardo+namorado+casa+muita grana = quase certeza de felicidade.

E o que seria a maior das tragédias? O mundo me perder.

Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Ninguém, quero ser eu, mais rica e mais magra!

E onde gostaria de viver? Numa casa de cercas brancas com labrador.

Qual é sua cor favorita? Azul.

E o seu desenho animado? Eu gosto de todos, os mais antigos.

Quais são os seus escritores preferidos? Ai chato esse troço né? Caio, Clarice, Saramago, Bula de remédio... qualquer coisa com letras.

E seus cantores e / ou grupos musicais? Ta. Cansei. Eu sou chata pra música. MPB.

O que te faz feliz instantaneamente? Dinheiro pra torrar sem me preocupar! E sexo!

Quais dons você gostaria de possuir? O de fabricar dinheiro e resolver meus problemas.

Tem medo da morte? Tenho, mas não contem pra ela!

Quem é seu personagem de ficção favorito? Serve o Calvin?

Qual defeito é mais fácil de perdoar? Não sei. Pedôo por pessoas não coisas.

Qual é o lema de sua vida?
Eu lá tenho cara de quem tem lema de vida?

Qual sua maior extravagância? Sou um ser extravagante. Mas ok, ter comprado uma saia de R$ 250,00 e ter usado apenas uma vez!

Qual sua viagem preferida? Não pode ser de baseado né? Vejamos, qualquer lugar frio, com uma cabana, um vinho, uma boa cia e fondue. To feliz que nem pinto no lixo.

Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria? Objeto? Foda-se os objetos, tasco mão no Bernardo e saio correndo!

Qual é o maior amor de sua vida? Bernardo. É o único amor que sempre será incondicional.

Onde e quando foi mais feliz? Eu tenho bons momentos, com boas pessoas. Não da pra mensurar, mas... Dá pra ser no futuro?

Qual é sua ocupação favorita? Inércia!

Pensa em ter filhos? Eles vêm sem a gente pensar!

Quantos? Depende de quanto vc não pensa!

Um animal de estimação: Eu tenho, mas não queria ter.

Uma atividade física: Hum, nadismo?

Um esporte: Não é a mesma coisa do de cima?

Um prato que sabe fazer: Prato, nenhum, mas comidas sei muitas!

Uma comida que adora: Sushi!! (to em processo de abstinência até)

Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: Telefone. Eu sou controladora sabe?

Gasta mais dinheiro com: Supérfulos.

Uma inabilidade: Desenhar.

O que não faria em nome da vaidade? Perder a identidade. Mas assim as lipos eu faria sem problema!

Uma mania: Morder os lábios, quando nervosa, brava, triste ou qualquer outro sentimento.

Uma saudade: Do meu pai. E do meu cartão de crédito.

O primeiro beijo: Foi só pra aprender pq queria beijar outro.


Então, eu não sou de passar memes, mas eu sou uma pessoa má, e porque só eu tenho que responder essas nabas? Então... Renata, Lilith e Edgar, não quero choro nem vela… (quero gozar no final – hahaha)

quinta-feira, outubro 23, 2008

Da vida.



O que querem pra vida de vocês?



Eu sei o que quero, mas tá tão, tão difícil! O coisa complicada isso não?

quarta-feira, outubro 22, 2008

Do além.

Ontem eu tava lá toda MARA vendo TV e pensando que um dia eu serei igual a Copélia, quando toca meu celular. Peguei o celular na mão e quando vi o visor piscando com o nome de quem me ligava joguei o celular longe no impulso. O nome do pai do Bernardo, que faleceu há pouco mais de um ano, piscava na tela. Fiquei olhando aquilo hipnotizada e pensei: “Fudeu! Ta me ligando do além pra dizer que chegou minha hora”. Já tava vendo a cena: A voz dele sussurrando pra mim: “sete dias, sete dias” e fiquei lá parada a uma distância segura daquela merda de chamada que com certeza custaria uma fortuna, afinal era DDD interdimensional. Quando uma boa alma gentil da minha família me tira do transe delicadamente gritando “atende logo essa merda!”. Resolvi encarar, porque fugir do fato não iria resolver minha situação e eu tava morrendo de curiosidade de como seria uma ligação lá do lá de lá. Atendi, com a voz meio trêmula. Ao ouvir a voz do outro lado pensei “morreu e afinou a voz?”, nada era apenas a ex-mulher dele pra torrar meu saco com burocracias do inventário. Uma chatice, muito mais divertido pensar que um morto me ligava!

terça-feira, outubro 21, 2008

Sem pé, nem cabeça em busca do ponto G.

Antes de tudo, o texto não é sobre isso, na verdade talvez seja, porque eu não sei muito bem sobre o que vai ser, mas eu tava pensando ontem à noite, sabe quando o povo nos pergunta se pudéssemos mudaríamos algo que fizemos? Geralmente todo mundo responde que não, que não se arrepende de nada que fez, patati, patata... Eu mudaria. Uma cacetada de coisas. Não é nem por arrependimento, é simplesmente por saber hoje que não foram boas escolhas. Então se eu tivesse como voltar lá, analisando assim por cima, e considerando que sou péssima em matemática, mudaria 30% das escolhas que fiz. E 30% de uma vida é coisa pra não acabar mais. Ai me faz pensar que eu tenho um problema sério com escolhas, e 10 dedos muito pobres, além de uma intuição que só me fode a vida! Quem sabe hoje eu me sentisse diferente. Mas para esclarecer, eu to boa viu. É só um cansaço que vem não sei da onde (na verdade eu sei, mas não interessa pra vocês) e me causa uma sensação de algo incompleto. Não sei se da pra entender, já se sentiram incompletos? E não to falando de ser completo no sentido homem x mulher, cara metade e essas paradas todas, incompleto você com você mesmo. Alguma coisa com id, ego e alter ego (sei lá, eu faltei essa aula). Tão filosófico isso tudo. Mente vazia é morada do diabo, dizia minha mãe. Deve ser isso, fiz um cafofo pra ele lá no segundo corredor e ele ta me fazendo assim analisar minha vidinha mais ou menos. Ou então pode ser reflexo da minha total falta de saco, causada por meios externos alheios a minha vontade... Caso Fortuito e Força Maior? Sei lá, quando eu estudava direito eu ainda me lembrava dessas coisas. Terça-feira não é um dia bom pra blogs, ao menos no meu nunca é, deve ter algo assim meio sombrio (uma seita de blogueiros as terças?) que acontece com as pessoas e elas somem na terça feira, é meio limbo. Pode ser o calor também, não gosto, e fico mais chata, um pouco mais que o normal. Eu não sei por que vocês ainda estão lendo isso, montes de baboseiras sem nexo. Eu não sei nem o que to escrevendo mais. O ponto é, tem algo que ta pegando e ainda não sei o que é, por mais que eu fuce não to achando o ponto G da coisa. Taí, quando achar eu gozo.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Cansada.

Ando tão cansada. Cansada de falar sabe? Sensação de literalmente falar com as paredes. Sozinha, aqui verborrágica sem ninguém que compreenda, como se falasse uma língua completamente desconhecida. Para gostar, de qualquer coisa, de qualquer pessoa, antes de tudo é preciso admirar, orgulhar-se. Você admira uma blusa, acaba gostando dela em você. Você se orgulha de uma pessoa, você admira, você respeita... Em consequência, você gosta. É assim. Básico e primordial. E você tenta a todo custo fazer entender isso, que apenas uma boa parte não é tudo, é metade não inteiro. Para ser inteiro precisa-se de outras coisas, aqueles lances dos detalhes que se perdem e criam aquele buraco impossível de ser preenchido com outra coisa. O fato é que eu to cansada, mentalmente, fisicamente... E quando falar não adianta, o que se faz? Eu me calo, vou virar muda. E deixar sei lá... Que o silêncio tenha mais eficiência do que essa avalanche de palavras que tenho jogado... Ou então que tudo morra de vez. Meu problema é que eu insisto, insisto até que a dor seja insuportável. Culpa dessa minha cabeça dura!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Sai desse corpo que não te pertence*

* Pra começo de conversa, se você é evangélico não comece a ler esse texto. Porque você vai querer me mandar a merda, e eu não vou estar nem ai pra isso. Então, não leia pra não se ofender. Mas se vai ler, leia pensando que não tenho nada contra o SEU Deus e sua fé, apenas com a sua IGREJA e como ela funciona. Um texto inspirado em uma conversa de MSN com o Edgar.



*****


Então que eu miacabo rindo com aqueles programas evangélicos, o que tem de gente com o capeta nesses cultos, é algo impressionante! Uns 15 por noite! Multiplicando isso pela quantidade de igrejas que tem só no Brasil, dá um número incontável de capetas por noite, abrigando o corpo dos fiéis. O que me faz pensar, se Deus é um? O capeta não deveria ser só um? Então com pode esse número absurdo de chifrudos soltos por ai? Pode ser tempo de globalização, o Belzebu máster, fica lá sentado na frente do seu note diabólico espalhando “capetas vírus” nos coitados dos fiéis. A pessoa ta lá com dor na unha encravada do dedão pé esquerdo, e o pastor aos gritos que ta sentindo a presença do mal, que ele esta ali! A criatura morrendo de dor, louca pra ir pra casa, tirar o sapato apertado resolve deixar o mal vir pra acabar com aquela palhaçada toda! E pessoas, vocês sabem, são influenciáveis. É efeito cascata, despenca o demo de tudo que é lado. E vamos combinar, que diabos fraquinhos esses. Demônio bom era o demônio da Regan do Exorcista, que virava a cabeça, vomitada creme de ervilha e rachava a cara. Esses de hoje em dia, bando de capetinhas que precisam malhar, o máximo que causam são uns tremeliques que depois de 5 minutos com a mão do santo pastor já passa. Capeta bom era capeta de antigamente!

Que os evangélicos pagam dízimo todo mundo sabe, inclusive os católicos também pagam. Mas evangélico ta comprando terreno no céu com VISA, na maquininha e tudo! Agora, alguém ai apresentou pra essas criaturas o corretor de imóveis? Alguém viu nem que seja uma foto do loteamento do céu? Porque assim, se tem que pagar, quero ao menos escolher onde morar né! Porque morar ao lado do Sto. Antônio, com o perdão do trocadilho, deve ser um inferno! A quantidade de pedidos que chegam pra ele todo dia deve acabar com a paz da vizinhança! Se eu to pagando, quero escolher né, a infra-estrutura da região. Tipo, morar do lado de São Pedro, e não me preocupar com a meteorologia! Se bem que me conhecendo tanto, eu ia acabando morando do ladinho do São Tomé! O que me choca é a quantidade de fiéis que passam fome, mas estão lá mensalmente creditando na conta do céu para garantir seu pedaço do paraíso. Só espero que a construtora celestial não declare falência. Imagina que lindo seria o MSPD - Movimento dos Sem Pedacinhos do Céu!

Eu prefiro mesmo é um terreno no inferno, sem complicações para compra, pagamento apenas no ato, você escolhe pessoalmente, ao chegar lá procura o corretor chifrudinho e compra seu caldeirão, quem sabe até um ofurô! Até porque uma religião que só permite sexo pra fins de procriação, deve terminantemente proibir qualquer contato físico lá no paraíso! Um tédio dos infernos! No inferno que deve ser bom: festa quase todo dia, sexo liberado, e muito calor humano!

quinta-feira, outubro 16, 2008

Pra você

Um sol só pra você, já que chove la fora!

Amor, que você tenha:


Mais dias comigo.
Noites acordado comigo.
Beijos na minha boca.
Sucesso, pra ficar rico e me dar um cartão de crédito sem limites.
Saúde, pra segurar o tranco rs.
Felicidade sozinho e ao meu lado.
Um dia colorido (comigo claro) apesar do cinza lá da rua.
Uma canseira hoje à noite.
Paz, de espírito, de vida, a todo momento.
Paciência, pra continuar me aturando.
Tudo, tudo, tudo, que você sonha
(desde que nesses sonhos não tenha peituda, nem sem peito, nem loira, nem morena, nem ruiva... nem mais ninguém do sexo feminino que não seja eu, entendeu?).


E pra completar de vez sua felicidade, desejo que você tenha EU sempre! Ho Ho Ho!


Amo tu criatura!

Feliz Aniversário!



quarta-feira, outubro 15, 2008

Pensando bem...

Com o tanto de chuva que ta caindo nessa cidade, uma canoa seria bem mais útil!


" A canoa virou
Por deixa-la virar
Foi pro causa da Jana
Que não soube remar

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a Jana
Lá do fundo do mar"

terça-feira, outubro 14, 2008

segunda-feira, outubro 13, 2008

Blá Blá Blá

Eu queria escrever algo legal. Mas estou tão sem saco para ato de sentar e escrever... De ficar assim organizando idéias e ver se o cu combina com a bunda. Sem saco sabem como é né? É que eu sem grana sou azeda. E sim, eu estou duranga, e isso me fode a vida, porque esse mês tem aniversário do namorado, porque tem coisas que eu deveria ter pago e não paguei, porque eu tenho um filho pedinte, porque eu sou uma pessoa naturalmente consumista e estar sem grana é quase ali beirando o holocausto. Eu to tão dura que juro se comprassem minha mãe eu vendia. Acontece que ninguém ia querer. Mas juro que fora isso ta tudo bem. As pessoas são engraçadas. São movidas por desafios. A gente encasqueta com aquele dito cujo justamente porque o dito cujo não ta nem ai pra gente. E quando o dito cujo fica todo ai pra gente? Bem é bom, mas fico cá me perguntando e quando aparecer um dito cujo mais difícil, vou lá jogar tudo pro alto só pra ver se eu consigo? Eu sei, eu sei, não depende só disso todos vocês me dirão, e eu que sou uma pessoa que odeia coisa fácil sei bem disso, mas é que to sem saco pra entrar em todos os por menores da coisa toda. E nem to a fim de ficar enfiando minhocas na minha cabeça com tudo isso, porque por mais que meu cérebro seja fértil, minhocas nele não. Eu tenho um gênio cão, todo mundo sabe. E sei que é uma tarefa heróica lidar com ele, algo como matar um leão por dia. Ai fico me perguntando, e se eu mudo isso, e se viro eu uma cadelinha adestrada, rosa e cheia de frufru não irá perder toda a graça? Não vou deixar de ser assim exatamente como eu sou? Tá, a coisa não é tão simplista assim como eu to colocando, porque cadelinhas adestradas podem morder também. Mas eu to sem paciência pra ficar aqui falando sobre isso. Dia das crianças foi bom. Torturei o Bernardo pra dar os presentes. Tudo por etapa, quase surtei a criança. A pipa do namorado não subiu. Não essa... Essa sobe até por telepatia. A pipa de pandorga, essa não subiu. Perdeu quase uma hora fazendo o negócio e nekas de subir. Culpou o vento claro. Porque namorado é máster e não tinha vento que levantasse a pipa. Até pensei em soprar, mas tem horas que pra levantar a coisa em vez de soprar é melhor... Bem deixa pra lá que não é disso que estamos falando... Mas eu ri tanto, tanto, porque perco o amigo, mas não perco a piada, por mais velha e batida que ela seja. To com uma dor filha da mãe nos músculos das minhas coxas. Como se tivesse feito 54371890547 agachamentos. Tá uma coisa bonita de ver, uma velha reumática conseguiria correr e subir escadas melhor que eu. E nem adquiri essa dor da forma que vocês estão pensando, o que realmente é uma pena. Fora isso, durante o fim-de-semana eu tomei banho de guaraná, levei glacê de bolo na cara, tive chiquitas espalhadas pelo cabelo e madruguei sozinha no domingo, único dia que eu tinha para morrer dormindo. Mas eu to sem vontade de contar tudo isso, então eu não sei o que ainda estou fazendo aqui. Vou embora.


Deu! Acabou podem ir embora também!

sexta-feira, outubro 10, 2008

Os pequenos detalhes das grandes coisas...

A grandeza das coisas se faz nos detalhes. Toda e qualquer diferença se mostra nessas pequenas coisas. O diabo mora nos detalhes já dizia o ditado popular. É nos detalhes que eu me apego. E são os detalhes que fazem o sentir falta. Podemos sentir falta de alguém, sentir falta de algo, mas sentir falta do menor detalhe é que faz a coisa toda ter o tamanho grande que tem. O sentir falta do que era e deixou de ser. Do jeito peculiar do olhar que se perdeu em algum lugar do dia-a-dia. O sentir falta do detalhe da palavra dita. De se perguntar qual o momento exato que parou de ser dita. Qual foi o dia, a hora, o minuto, o segundo que o olhar mudou. São esses detalhes que me são importantes. Porque a vida, a felicidade, se faz nessas pequenas coisas, que se deixamos são engolidas pela pressa e correria e simplesmente passam a não fazer diferença. É por isso que me preocupo com coisas que parecem ser insignificantes, com o olhar que não veio, com a palavra presente que se tornou ausente, com o timbre de voz, com a atenção desmedida que passou a ser comedida. Com o não dito. São coisas que num olhar menos atento continuam iguais, mas que na sutileza do menor detalhe perdido causa esse buraco que não consigo preencher. Simplesmente por ser os detalhes que o compõe...

quinta-feira, outubro 09, 2008

“O telefone que toca, eu digo alô sem resposta...”


Na minha mesa eu tenho um telefone com 2 linhas, um celular da empresa e meu celular pessoal. Esses telefones tocam o dia todo, simultaneamente. È uma beleza de ver. Eu sou uma mulher que sabe assoviar e chupar cana, ainda posso andar e pensar ao mesmo tempo. Mas eu to na profissão errada porque odeio telefone. Nessa parte sou meio homem, minhas ligações pessoais geralmente são curtas, apenas para definir coisas e deu tchau pra ti, beijo. Quem fala comigo no MSN, acha que eu enrolo, porque to sempre “pera, tel”, mas juro que é verdade, e juro que mesmo deixando uma das ligações naquela musiquinha irritante para ver se o vivente desiste, ele não desiste. Meus clientes são muito persistentes. Muito. Mas persistente não é a minha paciência. Então, caro cliente, se você me liga e da sempre ocupado, não se preocupe, não precisa mandar e-mail, o telefone não esta com problemas eu simplesmente to sem saco e tirei-o do gancho. Entendeu? Mas continue tentando, sua ligação é muito importante para nós.

(Pera, tel)

A coisa é tão forte que mesmo quando ele não toca eu escuto ele tocar, ai saio correndo do banheiro, puxando as calças e tentando me secar direito, pra chegar aqui e eles estarem em silêncio. Porque sempre que to no banheiro eu escuto os telefones berrarem. Será que quando sair dessa naba de empresa, cabe um processo de insalubridade pela incontinência urinária que irei adquirir?

(Pera, tel)

quarta-feira, outubro 08, 2008

A Saga da Banana Split

Então que vocês sabem que eu precisava comer banana split. Não qualquer banana, tinha que ser a banana split do Mercado Público, da Banca 40, como a melhor nata de sorvete de todos os anos dos últimos tempos. Eis que eu tinha me programado pra comer na sexta-feira, quando saísse da senzala aqui, mas no meio do caminho mudei de planos e não fui, fui pra casa ficar cheirosa e gostosa e patati patata. Ai que planejei ir no sábado a tarde matar a vontade absurda de comer a tal coisa maravilhosa com namorado, ai que por atos fora do meu controle e alheios a minha vontade (já que namorado atrasou 5 horas, tsc) eu não fui de novo. No domingo a naba lá não abre e eu nada de ver a banana. Nessa altura da coisa toda, se eu tivesse grávida, meu filho nasceria com duas rodelas de bananas no lugar dos olhos, dois tubetes enfiados no nariz e muita nata, muita nata na cabeça. Eu já estava tendo pesadelos à noite, e sonhando com bananas splits gigantes a me perseguir. Segunda tava frio aqui e eu tava meio zumbi nem pensei muito na coisa pra não surtar. Mas eu precisava comer, era coisa de sentar e chorar de vontadezinha. Ai que namorado tinha reunião no centro ontem e combinei de encontrá-lo para enfim matar o que estava me matando. Mas... Claroooo que tinha um mas, a reunião demorou mais do que eu imaginei que iria demorar e quando cheguei lá já estava fechado. Senta e chora!!! Fui comer Mc Donald’s, só pra comer algo e ocupar a boca, já que a cabeça tava nas bananas em rodelas, com três bolas de sorvete, nata, tubetes e castanhas. Hoje fui ao centro, no horário do almoço para comprar os presentes de dia das crianças, da afilhada e do Bernardo, porque meu filho tem o dom de escolher coisas que nunca tem em loja alguma. Quando em fim achei a naba do jogo, olho pro relógio e eu ainda tinha 30m pra voltar ao trabalho. Dá tempo pensei. E sai descompassada pela rua! A cabeça trabalhando, 5 minutos pra chegar até o Mercado, uns 20 pra comer a banana... Chego 10 minutos atrasada! Dá tempo, dá certo. Correndo pela rua, sem enxergar mais nada na frente, e pedindo a Deus que aquele povo que caminha como barata tonta se desentegrasse, enfim cheguei! Sentei, pedi, e fiquei cá ansiosa esperando, nesses minutos até pensei em tirar uma foto pra mostrar pra vocês, mas eu tenho cabeça gorda, então quando o garçom a colocou na minha frente, não processei mais nada, esqueci de qualquer idéia de fotos... Mente gorda é isso, cega a gente, a gente pensa com a boca. Comi, comi, comi. Matou minha vontade? Não, talvez se ela fosse um cadim maior... Ai ai ai gordaaaaaaaaaaaaaa!

terça-feira, outubro 07, 2008

Ode a nós.

Então que quando você em toca, eu estremeço. Eu perco o senso de direção. Perco o rumo. Mas por saber o ponto exato, o toque perfeito, o momento certo, não me perco, me acho. Temos o encaixe, a sintonia certa. Você age e meu corpo reage na proporção mais intensa que conheço. Me desligo do mundo, esqueço da vida, só consigo me conectar em você, ouvir meus gemidos, teus sons. Não sei que música toca, mas sei cada compasso da minha respiração, da sua respiração. Não ouço nada, mas escuto plenamente o silêncio e cada parte do meu corpo que pulsa. Entende como é escutar a pulsação de apenas dois corpos? Eu poderia dizer que sinto e escuto o sangue preenchendo cada espaço. È tão intenso, tão natural que perco as contas. Parei de contar lá pela oitava vez que meu corpo relaxou de prazer, mas estou certa que foi o dobro disso. Na cama, eu estremeço e relaxo na fração de um toque certo. A cada sussurro um arrepio que percorre o corpo. A água quente cai em mim e eu nem sinto, acho que fervo mais que ela. Que o calor que me ocorre é mais forte. Faz a sacanagem ser purificada e santificada quando me beija na boca e me olha nos olhos no momento certo do meu prazer. Depois, deitada no teu peito, cansada, só preciso fechar os olhos e dormir. Foi perfeito. “Tenho um sorriso bobo”, escuto aqui dentro de mim...

segunda-feira, outubro 06, 2008

O sol volta amanhã

Imaginem a sensação de ter sido atropelada por uma carreta. Uma. Duas. Três vezes... Imaginaram? Então é assim que to. Com a sensação de que tiraram de mim todas as forças físicas e mentais, tamanho foi o stress e questões conflitantes do fim-de-semana. Se tudo se resolvesse dentro de um quarto, eu tava tranqüila, feliz, lépida e faceira por toda minha vida. Juro que tava. Mas, não se resolvem, ajudam, mas não resolvem. Eu sei de todas as minhas culpas, não pensem vocês que sou inocente, não sou não. Sou difícil, de gênio difícil, difícil de agradar, e mais um monte de coisas. Mas os problemas são como quase tudo nessa vida, vem dos dois lados, não há culpados, não há vítimas e carrascos. Há sim uma dificuldade do lado de lá de entender que pra mim o que é acertado é como sagrado. Que pra mim isso é importante. Que pela manhã, é pela manhã. Que se digo que estarei às 3 da tarde, nem que eu precise assassinar o Papa, eu estarei às 3 da tarde. E há uma dificuldade do lado de cá de se contentar com o que é dado, e de reconhecer o esforço alheio de muitas vezes fazer o impossível pra que minhas vontades aconteçam. De querer mais sempre. Como vêem sem bem nem mal. Só dificuldade de acertar no equilíbrio. Todo mundo é meio-vilão-meio-mocinho. A sensação hoje é de exaustão. Aquela dúvida, que talvez todo mundo tenha, com ou sem problemas, de que será que teremos algo juntos ali na frente? Mas eu to bem. Cansada, mas bem. Dizem que o sol sempre volta amanhã.




*Depois que a nuvem cinza que achou morada em cima da minha cabeça passar, voltaremos com o besteirol de sempre. Deve ser TPM. Se for, essa irritabilidade tende a desaparecer esta semana.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Porque não nasci um vaga-lume?

Não da pra ser debochada e sarcástica sempre. Então se essa era a sua intenção a começar a ler este texto pare de ler, agora. Nem tudo aqui no meu umbigo é legal e divertido.

Será que quero de mais ou espero de mais? Ou quero e espero apenas aquilo que preciso para estar feliz? Ao contrário de quem não me conhece direito acredita, eu sou uma pessoa que precisa de atenção. Dá até pra dizer de uma alta dose de atenção. E se não me dão eu cobro mesmo. Só que uma hora a gente cansa de cobrar algo que esta intrínseco que deveria vir gratuitamente, por vontade própria e livre. Do que adianta esperar algo quando não se importam, quando simplesmente não faz diferença a ponto de te perguntarem e te afirmarem que se não ta bom assim, bem pode vazar, a porta da rua é serventia da casa. Que palhaçada é essa? É simples, a ponto de não ta bom, vai à merda? Este é o grau de importância da coisa toda? Eu não tenho saco pra isso, abomino qualquer tipo de jogo ou tentativa de manipulação, geralmente falo o quero, faço o que quero, e digo na lata, na hora, na cara. Não sei cozinhar em banho maria. Tem que ferver. Eu preciso ferver. Não sou diplomata, não sou cordata, o que não quer dizer que tudo seja birra. Às vezes, mas nem tudo. Quando me falta algo eu digo, sou clara e objetiva, bato o pé, não é birra, é necessidade. Minha, pessoal, emocional e física de alguma coisa. Mas não subestime a minha inteligência, não tente me enrolar. Não sou burra, então seja direto e objetivo. Não me veja com psicologia, com jogos ou com chantagens baratas. Eu canso com isso. Eu geralmente insisto e bato cabeça até cansar de me foder sozinha. Então começo a matar em mim o que sinto. Simplesmente porque parece que não valeu de nada o esforço da conquista. O que não aprendo nunca é que não da pra querer de quem não esta disposto a oferecer. Não da pra querer sozinha. Infelizmente. Porque não nasci um vaga-lume? Tsc.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Vontade, vontade, vontade...

Como é mesmo o nome daquele troço, tipo um blog, só que de coisas curtinhas, que a gente posta o que quer, na hora que bem entende, quatas vezes achar que deve?



Hum, o meu blog hj ta assim...



Mas deixa pra lá (afinal o blog é meu, e eu apareço aqui quantas vezes eu achar que devo e ninguém tem nada com isso), o que importa é que queria comer sorvete.



Mas não é qualquer sorvete, é banana split, duas bolas de chocolate e uma de creme português.



Mas não pode ser de qualquer lugar, tem que ser da Banca 40 do Mercado Público de Porto Alegre, que tem a melhor nata de sorvete de todos os anos dos últimos tempos... (só pra terem noção o lugar tem mais de 80 anos de existência)





Ai, uma banana split de lá ... Nada melhor pra tratar qualquer coisa...










Sabe quando simplesmente você se decepciona?



quarta-feira, outubro 01, 2008

Das coisas que eu ando precisando...

Eu podia estar matando
Eu podia estar roubando
Eu só to aqui dizendo que eu preciso
Como quem precisa respirar...



- Ver o Ensaio sobre a Cegueira.
- Comer sushi. Comer sushi. Comer sushi. Até explodir.
- Umas duas calças jeans.
- Algumas blusas para o verão.
- Uns dois vestidos.
- Começar a usar algum creme pro rosto, afinal quase 30.
- Um lugar só meu.
- Renovar a maletinha de maquiagens.
- Um café.
- Uma massagem.
- Dormir até acordar sozinha.
- Ver sessão da tarde comendo pipoca.
- Tomar chimarrão olhando o rio.
- Dar um jeito na saia que fiz para novembro e ficou uma merda.
- De um carro.
- Ser surpreendida.
- De varias cifras na minha conta bancária.
- De algo novo pra ler.
- Alguns quilos a menos.
- Deitar no colo e ganhar cafuné.
- Uma máquina digital.
- Um emprego novo.
- Um pouco de paz e sossego.


Eu podia estar matando
Eu podia estar roubando
Mas to aqui pedindo porque eu preciso de precisar urgentemente.


Tem mais, é que não queria ser muito pedinte...

terça-feira, setembro 30, 2008

Homens X O monstro da descarga


Uma das primeiras coisas que aprendemos na nossa infância é usar a privada. Nos é ensinado que ao sentir necessidade devemos nos dirigir aquele cubículo, sentar naquele trono, e nos aliviar. As meninas é ensinado que farão xixi. Aos meninos que menino não faz xixi e sim mija. A mim foi ensinado que depois do xixi deveria puxar a cordinha, apertar o botão para que o Sr. Privada engolisse meu xixi. Aos meninos, definitivamente essa tarefa não entra na cabeça. Algum lugar do cérebro bloqueia essa informação, e eles acreditam que não tem que dar descarga e nem lavar as mãos.

Eu tenho um filho homem. E sei por conhecimento de causa que é muito difícil eles aprenderem esse passo a passo: vontade de mijar - levanta a tampa da privada – mijar –abaixa a tampa da privada – de descarga – lave as mãos. Não entendo porque, mas parece que o cérebro masculino não assimila mais do que três informações, sendo que meu filho não consegue ir além do ato de mijar e sair correndo do banheiro.

Os meninos crescem e viram homens. E nada muda. Eles continuam achando que a tampa abaixara pela força do pensamento e que o mijo com o tempo evaporará. Sou a única mulher numa empresa de homens. Imaginem meu inferno. Como a empresa é pequena não existe banheiro masculino e feminino, existe O banheiro. É tanto homem mijando no mesmo lugar, mijo em cima de mijo que num ato desesperado colei em cima da privada o seguinte: “O monstro da descarga não te engolirá. Ele agradecerá se você apertar o botão e o alimentar”. Não adiantou, em menos de 48 horas fiquei sabendo que a coisa toda é bem mais psíquica, respostas como: “eu tenho medo do monstro da descarga”, “a voz dele me assusta”, surgiram no meu cartaz. É isso é trauma da raça. Eles preferem encarar o mijo alheio, cobrir o nariz e conviver com as algas pretas que se formam por não puxarem a descarga a enfrentar o monstro. Homens são medrosos definitivamente. Ou egocentricos de mais, para adimirarem o próprio mijo. Uma pena é eu ainda ter olfato. Porque mijo de homem fede bem mais que xixi de mulher!

Mas, dotada de toda minha paciência, e usando a psicologia para que esses homens que são corajosos a ponto de matar baratas, mas medrosos para enfrentar um monstro oriundo da água, coloquei uma vareta no banheiro com a seguinte placa: “Use a vareta, você poderá enfrentar o mostro da descarga em uma distância segura, dia após dia aproxime-se um pouco, em pouco tempo vocês vencerão este desafio”.

É rezar para que funcione. Deus é pai!




segunda-feira, setembro 29, 2008

Ainda to viva...

- Eu to doente ainda, mas hoje já to trabalhando, coisa que não fiz na quinta e na sexta. Eu só tenho que me lembrar que antes de ficar doente de novo, devo mandar um memorando pro meu chefe, pedindo autorização... Te contar...

- Estressada com mãe e família. Nunca quis tanto um lugar só meu, como neste momento. Saca minhas regras?

- Eu cobro tanto, eu quero tanto. Mas quando a gente vê alguém ficar uma noite inteira acordado, num lugar que não gosta, que não conhece ninguém, somente pra nos esperar, porque não teríamos como ir embora noutro dia. Ai se percebe que, talvez, eu brigue por bobagens. Pequenas delicadezas que não tem preço.

- Só pra dar noticias mesmo, porque to cansada (com coisas da minha casa) e completamente sem saco (com o trabalho) pra tudo isso.

quarta-feira, setembro 24, 2008

O que cansa minha beleza nos blogs


* Eu ia falar de outra coisa, mas é difícil escrever com o ranho pingando no teclado (sim, estou gripada de novo - muito vento frio na costas, se é que vocês me entendem) então decidi republicar esse texto, acredito eu, bem oportuno para o momento.

Claro que tem um monte de gente que não gosta do meu blog, que não gosta do que eu escrevo, que simplesmente não tem saco para vir aqui. E eu nem durmo de preocupação com isso. É justo que cada pessoa coloque no seu blog o que quer. É muito justo que escreva o que tiver vontade de escrever. Mas é justíssimo que eu tenha o direito de não gostar do que vejo ou leio. Leio os blogs que eu gosto, de pessoas com as quais me identifico, que me fazem rir ou que me afetam de alguma maneira. E leio muitos blogs de pessoas que nunca aparecem por aqui também. Por quê? Sei lá, pode não visitar ninguém, podem odiar o que eu escrevo, não me interessa, se eu gosto do que é escrito, vou lá leio, se achar que devo comento e pronto, sigo a minha vida.

E como sou um ser normal, completamente chato e cheio de opiniões e ninguém tem que concordar com elas (além do blog ser meu, e eu falar o que eu quero, cagando e andando pro resto). Vamos à relação de coisas que me fazem sair correndo de um blog:

- Gifs: Simplesmente abomino. Primeiro porque demora séculos pra carregar a página. Depois porque pra mim uma mulher com mais de 18 anos postando milhares de coisinhas brilhantes e saltitantes... Nunca pensaria da mesma forma que eu. Muito Pollyana pra minha cabeça. Está na hora de crescer...

- “Auto Ajuda”: É claro que quando temos algum problema nossos textos podem acabar demonstrando isso. O que não gosto é aquele eterno sofrimento, aquela coisa de “oh vida, oh céus”. Porra, milagres não caem do céu. Tá insatisfeita? Levanta a porra da bunda da cadeira, vai pro psiquiatra, te vira! Minha vida acontece aqui do lado de fora da tela. Tenho muitos amigos virtuais que fiz por empatia, afinidade, magnetismo, porra louquice mesmo. Mas meu blog não me serve de muleta, pra nada. Falo o que quero, quando quero e pronto. É mais pra diversão. Pior de tudo, são aqueles blogs que tentam passar uma lição de vida. Impor. Eu até tiro pra minha vida algumas coisas que leio por ai, mas isso é algo que acontece de forma natural. Se eu quisesse auto-ajuda, comprava um best seller.

- “A vida é Bela”: A vida não é eternamente cor de rosa. E se fosse, sinceramente iria ser um saco, eu odeio rosa. A vida é rosa, amarela, azul, vermelha, roxa, preta, marrom, cinza... Já disse e repito aquela coisa de “amanhã será um novo dia, aprenda com o hoje...”, “carpe diem” e sei lá mais o quê, não dá pra mim. A vida é, às vezes, uma grande e boçal merda. Sem politicamente correto. Eu não sou uma pessoa politicamente correta. Tem coisas que acontecem com as quais simplesmente não se aprende nada, é apenas uma merda e ponto. A vida é bela sim, em alguns momentos. Porque se você acha que é eternamente maravilhosa... Vá viver dentro do País das Maravilhas (e até lá tem uma rainha má e gente louca) e não fode meu saco!

- “Eu tenho um blog que é um flog”: Quer postar sua santa beleza, faça um flog. Normal a gente postar uma foto ou outra, dentro de um contexto, e sem se tornar repetitivo. Mas putaqueopariu colocar a tua foto, com textos auto-ajuda, pra como diz uma amiga minha (que vou preservar a identidade) mostrar “olha eu sou feia, mas sou feliz”, todos os dias, em textos que simplesmente durmo ao ler, e pior, onde aquela imagem não acrescenta em nada é pra foder a paciência de qualquer um. A minha pelo menos. Ai vocês irão dizer... “Mas você coloca fotos suas...”. Sim coloco claro, o blog é meu, e eu tenho todo direto de achar que aqui eu uso com bom senso e fica divertido. Sintam-se livres pra discordar. Ho Ho Ho Ho!

- “Os caçadores de visitas”: O ser entra no teu blog. O texto fala do seu pai que morreu em um trágico acidente de carro. O comentário do ser: “Ai, adorei o que você escreve, maravilhoso! Muito legal o seu blog. Passa lá no meu!”. Eu não irei nem me dar o trabalho de ver se o blog da criatura tem algum conteúdo que me atraia. Simplesmente não vou e pronto. Tem dias que estou péssima, leio e meu comentário se resume a um beijo, mas faço isso em blogs que visito freqüentemente, que geralmente comento efetivamente os textos postados. E geralmente retorno depois para comentar melhor o texto em questão. Agora pra fazer número, não contem comigo, e simplesmente não apareçam por aqui.

- Blogs Temáticos: Pra mim blog é pra divertir, pra falar o que vem a cabeça, com relação a qualquer assunto. De BBB a queda da bolsa de valores de Tóquio. Se for um tema que não me interessa, não perderei tempo lendo por mais interessante que possa vir a ser a matéria. E sem contar que deve ser uma chatice se manter preso a um único tema. Uma hora o assunto esgota e começamos a ler reprises (pioradas) da mesma versão. É como um filme, geralmente a primeira versão é melhor.

- “O quartinho dos fundos”: É aquele blog poluído demais, muita informação junto. Me deixa tonta e me dá aflição. O conteúdo pode até ser legal, mas pra mim o blog tem que ser limpo e claro. Quartinho dos fundos é onde socamos tudo que não precisamos mais, e fica aquela bagunça generalizada, não é lugar de socar nossos pensamentos e opiniões.

- “Amiga de infância”: Ok, isso nem tem muito a ver com o blog, mas sim com os donos e sua personalidade. Faço amigos (as) virtuais, por afinidade e de forma natural (e tenho grandes amigos que conheci aqui), mas me tira do sério a pessoa que vem uma, duas vezes aqui e já chega: “Amigaaaaaaaaaaaaaa...”. Tipo amiga intima, pra fazer confidência. Não fode, porque meus amigos escolho eu, ou a vida.

- “Se você some eu me mato”: Saca? Você passa um, dois dias sem aparecer, sem comentar um ou dois posts e a pessoa em crise de carência total e eterna: “Aii, você sumiu, nunca mais apareceu...” Ah meu cu! Eu tenho uma vida real e não tenho tempo muitas vezes pra vir no meu próprio blog, vou aturar cobrança de quem nem me come?

- “Sou de todo mundo e todo mundo é meu também”: Na natureza nada se cria, tudo se copia. E na internet não pode ser diferente. Copiou? Da os créditos. Não queira ser o que não é. Teve uma vez que descobri um blog que era um clone do meu antigo, só que passado para o masculino. Isso fode cara. Nem sempre escrevo algo que preste, mas às vezes, quebro a cabeça pra sair algo decente e o povo vem aqui, pega e nem pra dizer a fonte? Não sou contra cópias, pois eu mesma faço isso, mas sempre diga o autor da obra. Agora, Plágio é atestado de burrice, já dizia o selinho ali do lado.

- "Eu te linko, você me linka”: Me linkou? Foi porque gostou do que eu escrevo, se identificou ou qualquer coisa do tipo. Problema seu. Se eu for ao seu blog, gostar do que vi (demoro, mas linko), se não o fizer é porque não me interessou. Ficou feliz de você gostar do que eu escrevo e ponto. Sem obrigações. Eu não sou linkada em alguns dos blogs que mais gosto de ler. Mas isso com certeza não tira meu sono.

- Os Assassinos Gramaticais: Esse é o único tipo de blog que realmente nem dou uma olhada. Não tenho condições mentais pra assimilar alguém que escreva: “Aximmmmm”, “bunitinhuuuuuu” e qualquer outra coisa do tipo. Abreviações como: vc, tb, qdo... É uma coisa, agora aterrorizar meu cérebro pra entender essa língua, nem fodendo!

- Meu querido diário: Cada um faz do seu blog o que quer. Isso é fato. E eu leio o que quero mais fato ainda. Então não vem querer que eu ache interessante você contando detalhadamente o que você fez no seu fim-de-semana com o namorado/amiga/sozinha, porque eu vou achar um porre. No fundo a vida das pessoas é um saco, completamente desinteressante, e se você não tem o dom de contar o seu dia, não faça.

- Todo dia é a mesma coisa: É aquele que você já sabe o que vai encontrar. Na segunda você vai encontrar uma descrição detalhada do fds. Na terça vai ler o quanto esta cansada. Na quarta a crise existencial da semana. Na quinta de como precisa que chegue o fds. E na sexta uma descrição de tudo que pretende fazer no fsd. Tenho saco? Você lê o blog uma vez e pode comentar pro resto da vida! Mais fácil escrever “leia o post da semana passada” ou “continuo achando/pensando/sentindo a mesma coisa”, o coisa mais chataaaaaaaa.


Pra mim, blog tem que ter informação, bom humor, certa dose de sarcasmo e diversidade de assuntos. É isso que eu penso. Não estou jogando o chapéu pra ninguém. Estão todos os chapéus expostos, pegue e coloque na sua cabeça se quiser. Mas não me responsabilize por isso. Apertou seu calo? Problema seu, não meu. Pedicure sempre ajuda nessas horas!

segunda-feira, setembro 22, 2008

Das coisas de Cusmópolis – O cobrador e a mocinha


Eu estava devendo um retorno do pseudonamoro. É que não tinha pego mais o ônibus, então estava por fora dos últimos acontecimentos desse bombástico namoro, entre o cobrador com cara de ator latino de quinta e a mocinha com cara de tonta mesmo. Pelo que tudo indica, ela foi comer “as carnes” com ele, e se encantou pelo salsichão do moço. Porque agora ela não desce mais no ponto dela, segue com ele, fazendo todo o itinerário, em pé ao lado do seu amado, com os olhos brilhando, sacolejando como uma melancia verde. E para garantir que nenhuma outra moça enxerida caia de amores por aquele olhar 43 cheio de charme, ela agora engata a mão no braço do amado, não soltando nem pra que ele distribua os papeizinhos coloridos de nossas coleções. Ai ai ai, o amor não é mesmo lindo?

quinta-feira, setembro 18, 2008

30 dias.

Nos últimos trinta dias experimento o delicado da vida, às vezes nem tão delicado, porque tenho ímpetos de jogar o "cerumano" pela janela. Mas acreditem, há uma compensação depois, então volto a ser essa criatura meiga e delicada, um elefante em loja de cristais. Como um sapato novo que demora pra amaciar, mas depois fica confortável. Se sou feliz? Não sei, felicidade pra mim não é ser, é estar. Estou feliz. E ponto.




Agora, me dão licença que quero 30 vezes pelos últimos 30 dias! Ho!Ho!Ho!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Do barulho da ficha

Sabe, você tentando explicar a situação, de como se sente, do que ta sentindo falta... Você falando, falando e a pessoa diz que é birra, que é mimo. Ai você fica com raiva, porque não é nada daquilo. Mas no fundo machuca. Porque a gente se expõe, se abre, se mostra... E acaba sendo, pra alguns olhos, apenas mimada. É o preço que se paga. Magoa, mas sei lá a gente acaba ficando meio calejada nessas coisas. É meio complicado quando te fazem querer, e você se da conta que talvez, no meio de tudo, você quer sozinha. Da um choque entendem? Mas nada de comentários auto-ajuda, porque sabem que eu detesto isso. Eu to bem. De verdade. Ainda não to precisando de companhia pra ficar jogada em casa, comendo sorvete e reclamando da vida. Até porque, sei lá, essa coisa de auto-piedade nem faz meu estilo. Um saco de areia me funciona melhor como terapia. Então, por favor, sem aquela coisa toda de “você vai ficar bem”, simplesmente porque eu estou bem. É apenas a constatação que se tem quando finalmente a ficha tilinta. De quando a gente consegue se responder o que vem antes pro outro.





Recado para Ana Paula (irmã do peixe): Guria, claro que você pode mandar o texto pra progenitora de vocês, afinal o peixe é dela não? Como você pediu autorização, até tentei, mas, não deixaste email (esperteza de família, precebe-se kkkk)... Taí a autorização.

terça-feira, setembro 16, 2008

Edgar, o peixe.


Edgar é o que podemos chamar de minha versão de calças, com um pouco mais de humor, mas muito, muito mais lento rs. Que o lê já sabe dessa história, para quem não o lê vou ter que fazer uma breve introdução. Então que dentro dos seus implacáveis cinco, seis anos, Edgar foi ator. E como todo ator iniciante Edgar já almejava mais que papeis coadjuvantes, não se contentando com o papel de ovelha no presépio de Natal da Tia Mari. Dotado de todo altruísmo, decidiu que seria um peixe. O primeiro peixe de presépio! Imaginem Belém naquela secura toda (eu nem católica sou, mas devia ser uma secura) e Edgar lá, um peixe de presépio, literalmente um peixe fora d’água!

Mas essa obsessão por glub glub tem um começo bem mais antigo e um fundo bem mais profundo que o mais fundo do mar, e eu desvendei. Depois longo tempo de conversa no MNS (+- 20 minutos) eu localizei o X da questão, na verdade a ostra dessa história. E assim decidi revelar isso para o mundo. Nasce então: Edgar, o peixe – A história desvendada.


Bem antes do presépio da Tia Mari, numa época que diziam ter um homem que andava sobre o mar, num lugar onde pescadores tentavam em vão alimentar suas famílias, mas suas redes voltavam dia após dia vazias, Edgar já nadava feliz nas profundezas geladas das águas. Até o dia que este que multiplicava pão, para provar sua força ordenou que os pescadores jogassem suas redes e elas voltaram abarrotadas de peixes. Dentre esses muito, estava nosso amigo, lutando para voltar à água e terminar seu destino, mas foi em vão. Edgar teve sua primeira encarnação desperdiçada por ser Maria vai com os as outras e ter seguidos seus amigos nadadores.

Mas o mundo é sábio, a natureza nunca priva ninguém do seu destino. Muito tempo depois iríamos nos chocar de frente novamente com nosso amigo. Muito mais evoluído, depois de algumas encarnações como cavalo marinho, estrela do mar ou simples alga. Edgar ressurge! Mobidick, a terrível baleia branca! Convenhamos que foi um grande passo na escala evolutiva. Mas como bem sabe todos, no meio do caminho da Mobidick tinha um arpão, e já advínhamos como acaba essa história.

Ouvimos falar de Edgar mais uma vez apenas, na história de um menino de madeira que mentia de mais. Edgar guloso e sedento por reconhecimento foi capaz de engolir o pai do menino, apenas para se tornar o centro das atenções e conseguir seus minutos de fama... Desta vez, apesar de não ter tido o seu destino abreviado, Edgar não conseguiu o reconhecimento que precisava... Uma pena!

Muitas encarnações depois, e muita evolução depois, temos o Edgar de hoje, humano (ou quase), mas que no fundo, nos resquícios de sua memória de vidas passadas, ainda sente vontade de nadar livremente por mares nunca dantes navegados. Na verdade, Edgar queria ser o Nemo! Ter tido sua fama e abanado as nadadeiras em muitos laguinhos. Mas isso infelizmente não aconteceu! Era impossível ser o Nemo, sendo gente. Dai a fixação de ser peixe de presépio, lugar onde todo esse carma começou...




Bem, ele tem algumas ainda pra quitar, com um tal de lobisomem. Mas isso é outra história.




* Foto do arquivo pessoal do Edgar, mostrando ele como peixe de presépio!

segunda-feira, setembro 15, 2008

O post que virou email...



Estava escrevendo um texto. Na metade percebi que o que era post iria virar email. Muito "meu umbigo" pra vir pro blog. Muita coisa fora das entrelinhas pra jogar aqui. Ando hoje mais focada em dois umbigos. Muito direta e pouco genérica. Como diria Caio F., "in" em lugar de "off".

quinta-feira, setembro 11, 2008

Do que fica



Tem uma propaganda, acho que de um bombom, que diz mais ou menos que depois da paixão o que resta é que faz acontecer ou não. Que o ato de apaixonar-se é involuntário, desencadeado porque qualquer fator alheio ao mínimo senso de lógica. A gente não se apaixona pelo carro, pela conta bancária, por um par de coxas, é geralmente aquele detalhe que passa despercebido que desencadeia toda essa coisa louca. Só que isso acaba, cientificamente acaba. E quando acaba é que se começa a pesar e medir o resto todo. Se o que sobra, o que fica é suficiente para se amar. Se os defeitos antes aparentemente inexistentes não vão te fazer espumar de raiva. Se aquela mania antes engraçada não vai fazer ter vontade de mandar o ser para casa do caralho. Se a demora que ela leva pra se arrumar antes vista como cuidado hoje não vai fazer o vivente ter idéias de torturas chinesa nas horas que espera. É o depois que importa. É o que fica.

E não que mascaremos nossos defeitos, eles sempre estiveram ali, envoltos nesse véu filha da mãe da paixão. Porque paixão é algo filha da mãe convenhamos. Essa coisa toda nos faz cair de 4 por alguém, e se não tiver estrutura, se o depois não for suficientemente forte, tudo que a gente vai querer é ver a criatura de 4, pastando de preferência. Eu nunca escondi um defeito meu. Até porque me é mais fácil aponta-los do que as parcas qualidades. Estão todos ai gritando a olhos vistos, literalmente. Não estou dizendo que são lindos e faceies de lidar. Longe disso. Só eu sei o inferno que eles são. Mas fazem parte de mim. E o maior erro é ficar com alguém pensando em mudá-lo. Ninguém muda de personalidade. O que deve acontecer é pesar, medir e analisar se é possível ou não lidar com aquilo. Se colocando na balança é pequeno ou grande. Se for pequeno o amor acontece. Se grande for, o nada chega.

Não estou aqui fazendo apologia do estilo “me aceite como sou” e nem espero que ninguém levante essa bandeira. Porque evoluir é melhorar sempre. Adoraria acordar não ser mais uma pessoa explosiva e estourada. Mas não é assim que funciona. Eu posso tentar me controlar, eu posso respirar fundo. Mas vai ter o dia, que a menor coisa me fará jogar o telefone na parede, embora eu esteja mirando a cabeça de alguém. Quem manda eu ser ruim de mira.

No fim o que importa é o que construímos enquanto cegos. Com o que conseguimos conviver. Se eu vou aprender a conviver com aquela mania de fazer brincadeira em hora séria. E se você consegue aceitar que eu vou ficar fula porque virou coca cola na minha camisa nova. O amor não é um comercial de margarina. E imagina que chatice seria? Todo mundo rindo o tempo todo. Fake. É saber lidar com o dia a dia. Com o mau humor matinal. Com a falta de saco. É saber lidar com isso tudo e no fim, ser feliz. Se conseguirmos responder sinceramente, “apesar de... eu sou feliz”, há uma grande chance de sermos realmente.

Eu sei textinho auto-ajuda. Mas não é a intenção. Era pra ser mais ou menos assim. Ninguém é lindo. Ninguém é perfeito. Ninguém quer sexo 24 horas por dia. Ninguém consegue ser maduro em todas as situações. Ninguém tem a resposta pra tudo. E ninguém, nunca vai ser exatamente como você quer ou julga que deve ser. As pessoas vão se magoar por assuntos idiotas. Vão explodir. Vão rir da sua cara. Vão ter vontade de mandar a merda. De sair correndo. De querer enfiar a mão. E algumas das coisas que mais te irritam nunca desaparecerão... Tudo isso e um pouco mais. A resposta do que vai ficar, do depois, do que resta depende de como você responder a duas perguntas:



Você consegue lidar com isso? E depois de tudo, você ainda pensa em estar junto
?