quinta-feira, outubro 09, 2008

“O telefone que toca, eu digo alô sem resposta...”


Na minha mesa eu tenho um telefone com 2 linhas, um celular da empresa e meu celular pessoal. Esses telefones tocam o dia todo, simultaneamente. È uma beleza de ver. Eu sou uma mulher que sabe assoviar e chupar cana, ainda posso andar e pensar ao mesmo tempo. Mas eu to na profissão errada porque odeio telefone. Nessa parte sou meio homem, minhas ligações pessoais geralmente são curtas, apenas para definir coisas e deu tchau pra ti, beijo. Quem fala comigo no MSN, acha que eu enrolo, porque to sempre “pera, tel”, mas juro que é verdade, e juro que mesmo deixando uma das ligações naquela musiquinha irritante para ver se o vivente desiste, ele não desiste. Meus clientes são muito persistentes. Muito. Mas persistente não é a minha paciência. Então, caro cliente, se você me liga e da sempre ocupado, não se preocupe, não precisa mandar e-mail, o telefone não esta com problemas eu simplesmente to sem saco e tirei-o do gancho. Entendeu? Mas continue tentando, sua ligação é muito importante para nós.

(Pera, tel)

A coisa é tão forte que mesmo quando ele não toca eu escuto ele tocar, ai saio correndo do banheiro, puxando as calças e tentando me secar direito, pra chegar aqui e eles estarem em silêncio. Porque sempre que to no banheiro eu escuto os telefones berrarem. Será que quando sair dessa naba de empresa, cabe um processo de insalubridade pela incontinência urinária que irei adquirir?

(Pera, tel)

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