terça-feira, setembro 30, 2008

Homens X O monstro da descarga


Uma das primeiras coisas que aprendemos na nossa infância é usar a privada. Nos é ensinado que ao sentir necessidade devemos nos dirigir aquele cubículo, sentar naquele trono, e nos aliviar. As meninas é ensinado que farão xixi. Aos meninos que menino não faz xixi e sim mija. A mim foi ensinado que depois do xixi deveria puxar a cordinha, apertar o botão para que o Sr. Privada engolisse meu xixi. Aos meninos, definitivamente essa tarefa não entra na cabeça. Algum lugar do cérebro bloqueia essa informação, e eles acreditam que não tem que dar descarga e nem lavar as mãos.

Eu tenho um filho homem. E sei por conhecimento de causa que é muito difícil eles aprenderem esse passo a passo: vontade de mijar - levanta a tampa da privada – mijar –abaixa a tampa da privada – de descarga – lave as mãos. Não entendo porque, mas parece que o cérebro masculino não assimila mais do que três informações, sendo que meu filho não consegue ir além do ato de mijar e sair correndo do banheiro.

Os meninos crescem e viram homens. E nada muda. Eles continuam achando que a tampa abaixara pela força do pensamento e que o mijo com o tempo evaporará. Sou a única mulher numa empresa de homens. Imaginem meu inferno. Como a empresa é pequena não existe banheiro masculino e feminino, existe O banheiro. É tanto homem mijando no mesmo lugar, mijo em cima de mijo que num ato desesperado colei em cima da privada o seguinte: “O monstro da descarga não te engolirá. Ele agradecerá se você apertar o botão e o alimentar”. Não adiantou, em menos de 48 horas fiquei sabendo que a coisa toda é bem mais psíquica, respostas como: “eu tenho medo do monstro da descarga”, “a voz dele me assusta”, surgiram no meu cartaz. É isso é trauma da raça. Eles preferem encarar o mijo alheio, cobrir o nariz e conviver com as algas pretas que se formam por não puxarem a descarga a enfrentar o monstro. Homens são medrosos definitivamente. Ou egocentricos de mais, para adimirarem o próprio mijo. Uma pena é eu ainda ter olfato. Porque mijo de homem fede bem mais que xixi de mulher!

Mas, dotada de toda minha paciência, e usando a psicologia para que esses homens que são corajosos a ponto de matar baratas, mas medrosos para enfrentar um monstro oriundo da água, coloquei uma vareta no banheiro com a seguinte placa: “Use a vareta, você poderá enfrentar o mostro da descarga em uma distância segura, dia após dia aproxime-se um pouco, em pouco tempo vocês vencerão este desafio”.

É rezar para que funcione. Deus é pai!




segunda-feira, setembro 29, 2008

Ainda to viva...

- Eu to doente ainda, mas hoje já to trabalhando, coisa que não fiz na quinta e na sexta. Eu só tenho que me lembrar que antes de ficar doente de novo, devo mandar um memorando pro meu chefe, pedindo autorização... Te contar...

- Estressada com mãe e família. Nunca quis tanto um lugar só meu, como neste momento. Saca minhas regras?

- Eu cobro tanto, eu quero tanto. Mas quando a gente vê alguém ficar uma noite inteira acordado, num lugar que não gosta, que não conhece ninguém, somente pra nos esperar, porque não teríamos como ir embora noutro dia. Ai se percebe que, talvez, eu brigue por bobagens. Pequenas delicadezas que não tem preço.

- Só pra dar noticias mesmo, porque to cansada (com coisas da minha casa) e completamente sem saco (com o trabalho) pra tudo isso.

quarta-feira, setembro 24, 2008

O que cansa minha beleza nos blogs


* Eu ia falar de outra coisa, mas é difícil escrever com o ranho pingando no teclado (sim, estou gripada de novo - muito vento frio na costas, se é que vocês me entendem) então decidi republicar esse texto, acredito eu, bem oportuno para o momento.

Claro que tem um monte de gente que não gosta do meu blog, que não gosta do que eu escrevo, que simplesmente não tem saco para vir aqui. E eu nem durmo de preocupação com isso. É justo que cada pessoa coloque no seu blog o que quer. É muito justo que escreva o que tiver vontade de escrever. Mas é justíssimo que eu tenha o direito de não gostar do que vejo ou leio. Leio os blogs que eu gosto, de pessoas com as quais me identifico, que me fazem rir ou que me afetam de alguma maneira. E leio muitos blogs de pessoas que nunca aparecem por aqui também. Por quê? Sei lá, pode não visitar ninguém, podem odiar o que eu escrevo, não me interessa, se eu gosto do que é escrito, vou lá leio, se achar que devo comento e pronto, sigo a minha vida.

E como sou um ser normal, completamente chato e cheio de opiniões e ninguém tem que concordar com elas (além do blog ser meu, e eu falar o que eu quero, cagando e andando pro resto). Vamos à relação de coisas que me fazem sair correndo de um blog:

- Gifs: Simplesmente abomino. Primeiro porque demora séculos pra carregar a página. Depois porque pra mim uma mulher com mais de 18 anos postando milhares de coisinhas brilhantes e saltitantes... Nunca pensaria da mesma forma que eu. Muito Pollyana pra minha cabeça. Está na hora de crescer...

- “Auto Ajuda”: É claro que quando temos algum problema nossos textos podem acabar demonstrando isso. O que não gosto é aquele eterno sofrimento, aquela coisa de “oh vida, oh céus”. Porra, milagres não caem do céu. Tá insatisfeita? Levanta a porra da bunda da cadeira, vai pro psiquiatra, te vira! Minha vida acontece aqui do lado de fora da tela. Tenho muitos amigos virtuais que fiz por empatia, afinidade, magnetismo, porra louquice mesmo. Mas meu blog não me serve de muleta, pra nada. Falo o que quero, quando quero e pronto. É mais pra diversão. Pior de tudo, são aqueles blogs que tentam passar uma lição de vida. Impor. Eu até tiro pra minha vida algumas coisas que leio por ai, mas isso é algo que acontece de forma natural. Se eu quisesse auto-ajuda, comprava um best seller.

- “A vida é Bela”: A vida não é eternamente cor de rosa. E se fosse, sinceramente iria ser um saco, eu odeio rosa. A vida é rosa, amarela, azul, vermelha, roxa, preta, marrom, cinza... Já disse e repito aquela coisa de “amanhã será um novo dia, aprenda com o hoje...”, “carpe diem” e sei lá mais o quê, não dá pra mim. A vida é, às vezes, uma grande e boçal merda. Sem politicamente correto. Eu não sou uma pessoa politicamente correta. Tem coisas que acontecem com as quais simplesmente não se aprende nada, é apenas uma merda e ponto. A vida é bela sim, em alguns momentos. Porque se você acha que é eternamente maravilhosa... Vá viver dentro do País das Maravilhas (e até lá tem uma rainha má e gente louca) e não fode meu saco!

- “Eu tenho um blog que é um flog”: Quer postar sua santa beleza, faça um flog. Normal a gente postar uma foto ou outra, dentro de um contexto, e sem se tornar repetitivo. Mas putaqueopariu colocar a tua foto, com textos auto-ajuda, pra como diz uma amiga minha (que vou preservar a identidade) mostrar “olha eu sou feia, mas sou feliz”, todos os dias, em textos que simplesmente durmo ao ler, e pior, onde aquela imagem não acrescenta em nada é pra foder a paciência de qualquer um. A minha pelo menos. Ai vocês irão dizer... “Mas você coloca fotos suas...”. Sim coloco claro, o blog é meu, e eu tenho todo direto de achar que aqui eu uso com bom senso e fica divertido. Sintam-se livres pra discordar. Ho Ho Ho Ho!

- “Os caçadores de visitas”: O ser entra no teu blog. O texto fala do seu pai que morreu em um trágico acidente de carro. O comentário do ser: “Ai, adorei o que você escreve, maravilhoso! Muito legal o seu blog. Passa lá no meu!”. Eu não irei nem me dar o trabalho de ver se o blog da criatura tem algum conteúdo que me atraia. Simplesmente não vou e pronto. Tem dias que estou péssima, leio e meu comentário se resume a um beijo, mas faço isso em blogs que visito freqüentemente, que geralmente comento efetivamente os textos postados. E geralmente retorno depois para comentar melhor o texto em questão. Agora pra fazer número, não contem comigo, e simplesmente não apareçam por aqui.

- Blogs Temáticos: Pra mim blog é pra divertir, pra falar o que vem a cabeça, com relação a qualquer assunto. De BBB a queda da bolsa de valores de Tóquio. Se for um tema que não me interessa, não perderei tempo lendo por mais interessante que possa vir a ser a matéria. E sem contar que deve ser uma chatice se manter preso a um único tema. Uma hora o assunto esgota e começamos a ler reprises (pioradas) da mesma versão. É como um filme, geralmente a primeira versão é melhor.

- “O quartinho dos fundos”: É aquele blog poluído demais, muita informação junto. Me deixa tonta e me dá aflição. O conteúdo pode até ser legal, mas pra mim o blog tem que ser limpo e claro. Quartinho dos fundos é onde socamos tudo que não precisamos mais, e fica aquela bagunça generalizada, não é lugar de socar nossos pensamentos e opiniões.

- “Amiga de infância”: Ok, isso nem tem muito a ver com o blog, mas sim com os donos e sua personalidade. Faço amigos (as) virtuais, por afinidade e de forma natural (e tenho grandes amigos que conheci aqui), mas me tira do sério a pessoa que vem uma, duas vezes aqui e já chega: “Amigaaaaaaaaaaaaaa...”. Tipo amiga intima, pra fazer confidência. Não fode, porque meus amigos escolho eu, ou a vida.

- “Se você some eu me mato”: Saca? Você passa um, dois dias sem aparecer, sem comentar um ou dois posts e a pessoa em crise de carência total e eterna: “Aii, você sumiu, nunca mais apareceu...” Ah meu cu! Eu tenho uma vida real e não tenho tempo muitas vezes pra vir no meu próprio blog, vou aturar cobrança de quem nem me come?

- “Sou de todo mundo e todo mundo é meu também”: Na natureza nada se cria, tudo se copia. E na internet não pode ser diferente. Copiou? Da os créditos. Não queira ser o que não é. Teve uma vez que descobri um blog que era um clone do meu antigo, só que passado para o masculino. Isso fode cara. Nem sempre escrevo algo que preste, mas às vezes, quebro a cabeça pra sair algo decente e o povo vem aqui, pega e nem pra dizer a fonte? Não sou contra cópias, pois eu mesma faço isso, mas sempre diga o autor da obra. Agora, Plágio é atestado de burrice, já dizia o selinho ali do lado.

- "Eu te linko, você me linka”: Me linkou? Foi porque gostou do que eu escrevo, se identificou ou qualquer coisa do tipo. Problema seu. Se eu for ao seu blog, gostar do que vi (demoro, mas linko), se não o fizer é porque não me interessou. Ficou feliz de você gostar do que eu escrevo e ponto. Sem obrigações. Eu não sou linkada em alguns dos blogs que mais gosto de ler. Mas isso com certeza não tira meu sono.

- Os Assassinos Gramaticais: Esse é o único tipo de blog que realmente nem dou uma olhada. Não tenho condições mentais pra assimilar alguém que escreva: “Aximmmmm”, “bunitinhuuuuuu” e qualquer outra coisa do tipo. Abreviações como: vc, tb, qdo... É uma coisa, agora aterrorizar meu cérebro pra entender essa língua, nem fodendo!

- Meu querido diário: Cada um faz do seu blog o que quer. Isso é fato. E eu leio o que quero mais fato ainda. Então não vem querer que eu ache interessante você contando detalhadamente o que você fez no seu fim-de-semana com o namorado/amiga/sozinha, porque eu vou achar um porre. No fundo a vida das pessoas é um saco, completamente desinteressante, e se você não tem o dom de contar o seu dia, não faça.

- Todo dia é a mesma coisa: É aquele que você já sabe o que vai encontrar. Na segunda você vai encontrar uma descrição detalhada do fds. Na terça vai ler o quanto esta cansada. Na quarta a crise existencial da semana. Na quinta de como precisa que chegue o fds. E na sexta uma descrição de tudo que pretende fazer no fsd. Tenho saco? Você lê o blog uma vez e pode comentar pro resto da vida! Mais fácil escrever “leia o post da semana passada” ou “continuo achando/pensando/sentindo a mesma coisa”, o coisa mais chataaaaaaaa.


Pra mim, blog tem que ter informação, bom humor, certa dose de sarcasmo e diversidade de assuntos. É isso que eu penso. Não estou jogando o chapéu pra ninguém. Estão todos os chapéus expostos, pegue e coloque na sua cabeça se quiser. Mas não me responsabilize por isso. Apertou seu calo? Problema seu, não meu. Pedicure sempre ajuda nessas horas!

segunda-feira, setembro 22, 2008

Das coisas de Cusmópolis – O cobrador e a mocinha


Eu estava devendo um retorno do pseudonamoro. É que não tinha pego mais o ônibus, então estava por fora dos últimos acontecimentos desse bombástico namoro, entre o cobrador com cara de ator latino de quinta e a mocinha com cara de tonta mesmo. Pelo que tudo indica, ela foi comer “as carnes” com ele, e se encantou pelo salsichão do moço. Porque agora ela não desce mais no ponto dela, segue com ele, fazendo todo o itinerário, em pé ao lado do seu amado, com os olhos brilhando, sacolejando como uma melancia verde. E para garantir que nenhuma outra moça enxerida caia de amores por aquele olhar 43 cheio de charme, ela agora engata a mão no braço do amado, não soltando nem pra que ele distribua os papeizinhos coloridos de nossas coleções. Ai ai ai, o amor não é mesmo lindo?

quinta-feira, setembro 18, 2008

30 dias.

Nos últimos trinta dias experimento o delicado da vida, às vezes nem tão delicado, porque tenho ímpetos de jogar o "cerumano" pela janela. Mas acreditem, há uma compensação depois, então volto a ser essa criatura meiga e delicada, um elefante em loja de cristais. Como um sapato novo que demora pra amaciar, mas depois fica confortável. Se sou feliz? Não sei, felicidade pra mim não é ser, é estar. Estou feliz. E ponto.




Agora, me dão licença que quero 30 vezes pelos últimos 30 dias! Ho!Ho!Ho!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Do barulho da ficha

Sabe, você tentando explicar a situação, de como se sente, do que ta sentindo falta... Você falando, falando e a pessoa diz que é birra, que é mimo. Ai você fica com raiva, porque não é nada daquilo. Mas no fundo machuca. Porque a gente se expõe, se abre, se mostra... E acaba sendo, pra alguns olhos, apenas mimada. É o preço que se paga. Magoa, mas sei lá a gente acaba ficando meio calejada nessas coisas. É meio complicado quando te fazem querer, e você se da conta que talvez, no meio de tudo, você quer sozinha. Da um choque entendem? Mas nada de comentários auto-ajuda, porque sabem que eu detesto isso. Eu to bem. De verdade. Ainda não to precisando de companhia pra ficar jogada em casa, comendo sorvete e reclamando da vida. Até porque, sei lá, essa coisa de auto-piedade nem faz meu estilo. Um saco de areia me funciona melhor como terapia. Então, por favor, sem aquela coisa toda de “você vai ficar bem”, simplesmente porque eu estou bem. É apenas a constatação que se tem quando finalmente a ficha tilinta. De quando a gente consegue se responder o que vem antes pro outro.





Recado para Ana Paula (irmã do peixe): Guria, claro que você pode mandar o texto pra progenitora de vocês, afinal o peixe é dela não? Como você pediu autorização, até tentei, mas, não deixaste email (esperteza de família, precebe-se kkkk)... Taí a autorização.

terça-feira, setembro 16, 2008

Edgar, o peixe.


Edgar é o que podemos chamar de minha versão de calças, com um pouco mais de humor, mas muito, muito mais lento rs. Que o lê já sabe dessa história, para quem não o lê vou ter que fazer uma breve introdução. Então que dentro dos seus implacáveis cinco, seis anos, Edgar foi ator. E como todo ator iniciante Edgar já almejava mais que papeis coadjuvantes, não se contentando com o papel de ovelha no presépio de Natal da Tia Mari. Dotado de todo altruísmo, decidiu que seria um peixe. O primeiro peixe de presépio! Imaginem Belém naquela secura toda (eu nem católica sou, mas devia ser uma secura) e Edgar lá, um peixe de presépio, literalmente um peixe fora d’água!

Mas essa obsessão por glub glub tem um começo bem mais antigo e um fundo bem mais profundo que o mais fundo do mar, e eu desvendei. Depois longo tempo de conversa no MNS (+- 20 minutos) eu localizei o X da questão, na verdade a ostra dessa história. E assim decidi revelar isso para o mundo. Nasce então: Edgar, o peixe – A história desvendada.


Bem antes do presépio da Tia Mari, numa época que diziam ter um homem que andava sobre o mar, num lugar onde pescadores tentavam em vão alimentar suas famílias, mas suas redes voltavam dia após dia vazias, Edgar já nadava feliz nas profundezas geladas das águas. Até o dia que este que multiplicava pão, para provar sua força ordenou que os pescadores jogassem suas redes e elas voltaram abarrotadas de peixes. Dentre esses muito, estava nosso amigo, lutando para voltar à água e terminar seu destino, mas foi em vão. Edgar teve sua primeira encarnação desperdiçada por ser Maria vai com os as outras e ter seguidos seus amigos nadadores.

Mas o mundo é sábio, a natureza nunca priva ninguém do seu destino. Muito tempo depois iríamos nos chocar de frente novamente com nosso amigo. Muito mais evoluído, depois de algumas encarnações como cavalo marinho, estrela do mar ou simples alga. Edgar ressurge! Mobidick, a terrível baleia branca! Convenhamos que foi um grande passo na escala evolutiva. Mas como bem sabe todos, no meio do caminho da Mobidick tinha um arpão, e já advínhamos como acaba essa história.

Ouvimos falar de Edgar mais uma vez apenas, na história de um menino de madeira que mentia de mais. Edgar guloso e sedento por reconhecimento foi capaz de engolir o pai do menino, apenas para se tornar o centro das atenções e conseguir seus minutos de fama... Desta vez, apesar de não ter tido o seu destino abreviado, Edgar não conseguiu o reconhecimento que precisava... Uma pena!

Muitas encarnações depois, e muita evolução depois, temos o Edgar de hoje, humano (ou quase), mas que no fundo, nos resquícios de sua memória de vidas passadas, ainda sente vontade de nadar livremente por mares nunca dantes navegados. Na verdade, Edgar queria ser o Nemo! Ter tido sua fama e abanado as nadadeiras em muitos laguinhos. Mas isso infelizmente não aconteceu! Era impossível ser o Nemo, sendo gente. Dai a fixação de ser peixe de presépio, lugar onde todo esse carma começou...




Bem, ele tem algumas ainda pra quitar, com um tal de lobisomem. Mas isso é outra história.




* Foto do arquivo pessoal do Edgar, mostrando ele como peixe de presépio!

segunda-feira, setembro 15, 2008

O post que virou email...



Estava escrevendo um texto. Na metade percebi que o que era post iria virar email. Muito "meu umbigo" pra vir pro blog. Muita coisa fora das entrelinhas pra jogar aqui. Ando hoje mais focada em dois umbigos. Muito direta e pouco genérica. Como diria Caio F., "in" em lugar de "off".

quinta-feira, setembro 11, 2008

Do que fica



Tem uma propaganda, acho que de um bombom, que diz mais ou menos que depois da paixão o que resta é que faz acontecer ou não. Que o ato de apaixonar-se é involuntário, desencadeado porque qualquer fator alheio ao mínimo senso de lógica. A gente não se apaixona pelo carro, pela conta bancária, por um par de coxas, é geralmente aquele detalhe que passa despercebido que desencadeia toda essa coisa louca. Só que isso acaba, cientificamente acaba. E quando acaba é que se começa a pesar e medir o resto todo. Se o que sobra, o que fica é suficiente para se amar. Se os defeitos antes aparentemente inexistentes não vão te fazer espumar de raiva. Se aquela mania antes engraçada não vai fazer ter vontade de mandar o ser para casa do caralho. Se a demora que ela leva pra se arrumar antes vista como cuidado hoje não vai fazer o vivente ter idéias de torturas chinesa nas horas que espera. É o depois que importa. É o que fica.

E não que mascaremos nossos defeitos, eles sempre estiveram ali, envoltos nesse véu filha da mãe da paixão. Porque paixão é algo filha da mãe convenhamos. Essa coisa toda nos faz cair de 4 por alguém, e se não tiver estrutura, se o depois não for suficientemente forte, tudo que a gente vai querer é ver a criatura de 4, pastando de preferência. Eu nunca escondi um defeito meu. Até porque me é mais fácil aponta-los do que as parcas qualidades. Estão todos ai gritando a olhos vistos, literalmente. Não estou dizendo que são lindos e faceies de lidar. Longe disso. Só eu sei o inferno que eles são. Mas fazem parte de mim. E o maior erro é ficar com alguém pensando em mudá-lo. Ninguém muda de personalidade. O que deve acontecer é pesar, medir e analisar se é possível ou não lidar com aquilo. Se colocando na balança é pequeno ou grande. Se for pequeno o amor acontece. Se grande for, o nada chega.

Não estou aqui fazendo apologia do estilo “me aceite como sou” e nem espero que ninguém levante essa bandeira. Porque evoluir é melhorar sempre. Adoraria acordar não ser mais uma pessoa explosiva e estourada. Mas não é assim que funciona. Eu posso tentar me controlar, eu posso respirar fundo. Mas vai ter o dia, que a menor coisa me fará jogar o telefone na parede, embora eu esteja mirando a cabeça de alguém. Quem manda eu ser ruim de mira.

No fim o que importa é o que construímos enquanto cegos. Com o que conseguimos conviver. Se eu vou aprender a conviver com aquela mania de fazer brincadeira em hora séria. E se você consegue aceitar que eu vou ficar fula porque virou coca cola na minha camisa nova. O amor não é um comercial de margarina. E imagina que chatice seria? Todo mundo rindo o tempo todo. Fake. É saber lidar com o dia a dia. Com o mau humor matinal. Com a falta de saco. É saber lidar com isso tudo e no fim, ser feliz. Se conseguirmos responder sinceramente, “apesar de... eu sou feliz”, há uma grande chance de sermos realmente.

Eu sei textinho auto-ajuda. Mas não é a intenção. Era pra ser mais ou menos assim. Ninguém é lindo. Ninguém é perfeito. Ninguém quer sexo 24 horas por dia. Ninguém consegue ser maduro em todas as situações. Ninguém tem a resposta pra tudo. E ninguém, nunca vai ser exatamente como você quer ou julga que deve ser. As pessoas vão se magoar por assuntos idiotas. Vão explodir. Vão rir da sua cara. Vão ter vontade de mandar a merda. De sair correndo. De querer enfiar a mão. E algumas das coisas que mais te irritam nunca desaparecerão... Tudo isso e um pouco mais. A resposta do que vai ficar, do depois, do que resta depende de como você responder a duas perguntas:



Você consegue lidar com isso? E depois de tudo, você ainda pensa em estar junto
?

terça-feira, setembro 09, 2008

Bem Bal..


Eu to doente. Gripada e garganta que só dói. Ontem não trabalhei à tarde. Fiquei jogada no sofá. Hoje to trabalhando pensando no sofá e decidida que se não melhorar do sofá não saio amanhã. Nem a pau! Cheguei aqui hoje e nada do que eu deixei pra ser feito foi feito. Mesmo tendo atendido ligações a tarde toda, porque é mais fácil me ligar do que abrir a droga do arquivo. E mesmo assim ninguém fez nada. Eu to tão cansada. A gente trabalha, se mata, e ainda acham que não fizemos nada de mais. Então vem fazer o que eu faço oras. Juro, primeira cara atravessada hoje, eu pego a minhas coisas, e vou ficar em casa com o atestado que eu teria direito. Acho que já to no meu limite com essa gente daqui. Casamento? Sertanejo? Lilith e Edgar, vocês erraram. O chapéu não era pra nada disso, vocês nem sonham... Nem sonham... E por falar em sonho eu tive um essa noite muito doido, só que esqueci. Queria lembrar pra contar pra vocês. Mas não adianta, eu geralmente esqueço meus sonhos. É normal dizem. Deve ser. Eu sou um ser completamente normal. Mas o que não é normal em mim é que nem doente eu perco a vontade de comer as coisas. Geralmente quem ta doente não tem fome. Eu pelo contrario me encho de vontade de comer coisas boas. Explicado porque não emagreço. Nem doente pra perder uns quilos. Que merda! Não adianta eu ficar aqui enchendo lingüiça, vai sair nada que preste não. To doente e queria comer... Ou... Humm... Deixa pra lá, não vai prestar mesmo!

segunda-feira, setembro 08, 2008

Perguntinha

Quando apesar de TUDO. Apesar da cena que de tão ridícula beirava uma comédia pastelão. Apesar de se ter vontade de sentar e chorar de raiva. Apesar de todos os momentos que se olhou pro céu e perguntou pra Deus, se já não tava bom? Apesar de uma saia e de um chapéu que custaram a tua unha, e ficaram completamente horríveis e diferentes do que você havia pedido. Apesar de ter passado mais tempo com a bunda dentro de um carro. Apesar de eu ter ficado praticamente zerada e falida no quinto dia do mês. Apesar da chuva. Apesar da sombrinha quebrada. Apesar da gripe que ainda ta me destruindo. Quando mesmo depois de tudo isso e um cadim mais, a gente acha que no fim foi bom, que valeu a pena... Quando isso acontece é o que?

sexta-feira, setembro 05, 2008

Namorado?!?

Porque esse espanto todo? Vocês piraram? Eu já havia contado não havia? Sim, no dia 19/08, eu contei pra vocês que estava namorando. Não usei o termo “namorado”, mas contei. Que diferença faz? Pela surpresa e pelo espanto de vocês eu vejo que faz diferença. Como damos importância ao termo, à nomenclatura das coisas, das relações... Mas bem, eu namoro, depois de mais de dois anos eu namoro. Às vezes o tombo é grande e a gente demora um tempo pra perceber que a gente pode ir lá de novo correr o risco. E poucos sabem o quanto hesitei a isso. Mas tem um momento que a gente não pode fingir que não se tem a chance de ir lá ser feliz de novo. Só pra variar. Só pra sair daquele ciclo de trombadas na porta. Uma hora a porta foi aberta. Que a gente pode experimentar enfim o delicado da vida. Já passou o susto? O meu já! Talvez eu não seja uma cumbuca não é mesmo?

Sabe o que alguns de vocês me lembraram? Aquele gatinho da propaganda do Whiskas Sachê que a dona fala, fala e ele só ouve o que quer: “blá blá blá blá blá blá blá blá whiskas sachê blá blá blá blá blá blá”

blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá namorado blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá namorado blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá namorado...


Vocês querem de frango ou fígado o whiskas sachê?

quinta-feira, setembro 04, 2008

Namorado Noel e a saia justa!


Ho! Ho! Ho! Então é Natal!! Não? Mesmo? Mas pra mim foi, igualzinho a Natal ontem!!! Ganhei meus presentes... Um óculos de sol todo estiloso, que deu um trabalhão pra namorado achar, assim igual ao que eu queria. Uma blusa de linha preta, linda de morrer forever, não tem como explicar, mas é assim linda ta (cara de nojenta). E um casado bem quentinho e lindo de morrer. Abre parênteses. Não se achava o bendito. Não tinha mais, quando achava não tinha o tamanho. Quando tinha o tamanho não tinha a cor. Eu tinha experimentado com uma blusa fina e tinha ficado ótimo, ai quando ele foi buscar, pegou o mesmo tamanho, só que ele vai ficar apertado com blusa de lã, então depois de toda correria, vou ter que trocar o tamanho, mas já fui avisada que do mesmo modelo não tem, então já to aqui apreensiva e louca que chegue sexta à noite pra poder ir lá trocar o casaco e sair mais feliz que pinto no lixo. Mas ta eu vou respirando, expirando até sexta! (bate a cabeça na mesa sucessivamente). Fecha parênteses. E Papai Noel é gordo, apesar do love boy ser magro (de ruim)... Então que tudo que Bernardo mais queria era um PC só DELE, no quarto DELE, e eu tinha prometido para o Natal (o de verdade), mas o Natal chegou antes... E ele ganhou do namorado ontem. Sim, isso mesmo Bernardo ganhou um PC todinho dele ontem! Agora é Deus no céu e namorado na Terra pra ele. To perdida.

Ahh!!! Eu ganhei uma saia justa também. De tão justa que quase me curvei e enfiei a cabeça na terra de vergonha. Eis que estava eu deitada no meu berço, quase dormindo, o celular toca. Um ser com voz de radialista, todo cheio de intimidade comigo me chamando de Jana pra lá, Jana pra cá. Quando pergunto com quem eu to falando, devo ter ficado mais vermelha que o vermelho da ferrari. Eu tava ao vivo, para todo o Sul, com o Mr. Pi da Rádio Atlântida. Sim, namorado pediu pra ele me ligar! Mico na rádio! Não me perguntem o que a gente falou, pois não me lembro, a vergonha foi tanta que eu devo ter absorvidos as bobagens ditas (ruim que depois a gente pensa em um monte de coisa legal pra dizer). Mas ao menos serviu pra comprovar que eu tenho um gosto musical muito melhor que o namorado (alguém lúcido esse radialista!).

Então amigos ouvintes desta manhã, ontem foi Natal em Cusmópolis! Ho! Ho! Ho!

quarta-feira, setembro 03, 2008

As últimas 24hs na vida do humor


Então que o humor acorda com sono, com sono e mais de uma hora atrasado. O humor sai correndo de casa, esbravejando este lugar situado no fiofó do mundo e essa gente tosca que passa mais de uma hora num veículo sacolejando feito melancia e falando tosquices no ouvido do humor. O humor já esta com uma leve irritação. No decorrer da manhã, o humor prevê que o dia será desastroso. Atura humores mais insuportáveis, e exercita seu auto-controle. Prestes a cometer um assassinato de humor alheio ou o que seria pior, a suicidar seu próprio humor ele resolve sair e ir às compras, única forma que ele conhece de se melhorar. Mais feliz o humor volta, com algumas sacolas, contendo sapatos, camisas e uma satisfação que só o ato de comprar proporciona. Então que à tarde do humor, apesar de lenta, corre mais tranquilamente. Porque humor tem a esperança de que a noite outro humor mais paciente vai dar pro humor a segunda melhor coisa dessa vida para os humores. Presentes! O humor mais contente encontra o humor paciente, e vão lá, buscar os presentes. Mas ai que a casa cai na vida do humor! Tons vermelhos anunciam a raiva chegando! Sem luz no local o humor perde qualquer sinal de controle e entra em tilte. Como assim sem luz? Esses imbecis não sabem que o humor ia ganhar presentes e ficar mais feliz que pinto no lixo? Humor então sente vontade de sentar e chorar de cantinho, mas o orgulho do humor é maior, e ele fica lá, amaldiçoando de raiva pura e genuína. Eis que humor paciente ta ali do lado respirando fundo pra fazer jus ao seu nome. E como um humor salvador da pátria, resolve alimentar o humor raivoso, porque vocês sabem que cara feia é sempre fome, mesmo em humores mimados. Humor já consegue então falar sem emitir sons que pareçam grunidos de bichos furiosos, mas mesmo assim, não esta feliz. Humor frustrado é o fim. Ainda mais um humor mimado e frustrado. Mas humor paciente é além de tudo fofo e amoroso e diz que vai pela manhã buscar todos os presentes do humor chato e reclamão. Humor melhora, da até pra fica mais alegrinho, mas mesmo assim acha que humor paciente não vai achar tudo. Porque o humor é sem sorte, e ele tem uma relação forte com o humor de outro ser conhecido como Murphy. Promessa feita de que humor paciente vai achar tudo, tudo, tudo, pela manhã deixa humor excitado. E humor alimentado e excitado é um perigo. E já dizia a sabedoria popular, quando tudo ta perdido relaxa e goza. E humor adora uma sabedoria popular! Foi lá e seguiu a risca! E seguiu a risca de novo! E de novo... E bem, vocês entenderam. Ai que humor quando esta alimentado, excitado, relaxado e prazeroso, esquece os medos e dá de vez o tal do salto do humor no precipício. Humor agora esta feliz. Assim, bem simples. Humor feliz, alimentado, excitado, relaxado e prazeroso. E volta pra casa, feliz e brincalhão porque sabe que humor paciente, assim que acordar, depois das 10 horas da manhã, vai lá atrás dos presentes do humor mimado e vai trazer tudo tudo tudo, porque humor paciente é fofo e amoroso e faz tudo pra deixar o humor chato um pouquinho mais sorridente... Humor acorda com sono, como sono e atrasado. Mas hoje sai de casa sem xingar ninguém e até cumprimenta o motorista do veículo que sacoleja como caminhão de melancia, tudo porque hoje humor vai ganhar um tantão de presentes...

E depois dizem que o humor é instável... Humor acha isso uma bobagem!

terça-feira, setembro 02, 2008

Um expresso e um livro


Eu trabalho há 6 anos na mesma empresa. E hoje, eu daria o meu dedo mindinho pra poder mandar todo mundo pra casa do caralho. E ir lá abrir meu café com livraria/biblioteca, que já tem até nome o coitado, mas ta tudo aqui na minha cabeça só. Se cada uma fizesse seu trabalho, eu trabalharia menos. Pagamos um contador para que eu faça o trabalho DELE. Meu chefe me paga para que eu faça meu trabalho. MEU TRABALHO. Então porque pra que meu trabalho aconteça eu tenho que fazer o trabalho de todo mundo? Pague todos os salários pra mim, que eu faço de bom grado. É eu to irritada. Eu to irritada com a incompetência alheia, com esse telefone que toda a cada 5 minutos pra que me falem alguma abobrinha que eu tenho que resolver, sem que isso seja responsabilidade minha! Eu deveria ter meu lugar cativo no céu só pelo que eu aturo todo dia daquele que me paga. Pensem em alguém centralizador, sem memória, e que adora bater cabeça com coisa pequena. É esse tipo de gente que eu aturo. Uma gente que liga de 5 em 5 minutos pra perguntar se alguém ligou. Deve ser carência de ligação. Que me liga pra dizer que esta vindo pra cá! Tem necessidade? Sou eu, ou essa gente é chata e sem noção? Ele envelheceu e esqueceram de avisar. Esse tipo de gente me irrita, eternos gatões. Ao menos se eu ganhasse pra aturar tudo isso. Mas não, na última vez que pleiteie um aumento eu ouvi que “não havia necessidade”, noutro dia trouxe todas as minhas contas e coloquei na mesa dele “minha necessidade”, disse. Levei, não o que merecia e o que queria. Mas hoje eu juro, dava dois, dois dedinhos mindinhos pra estar lá no meu café com livraria/biblioteca, que já tem até nome, e eu não conto para não roubarem, tomando um expresso e lendo um livro, batendo papo furado e talvez tentando combinar sabores de cafés com leituras apropriadas.



* Eu sei, texto horrível, mas hoje, ao menos que eu possa socar alguém, não sai nada melhor. Deixa eu ir, que esse telefone ta berrando de novo... E não. Ninguém ligou pra ele até agora. Vou dizer pela oitava vez.