quarta-feira, abril 30, 2008

Culpa

A CULPA É TODA MINHA!
não adianta nem sapatear!


Explico na sexta, to sem saco hoje.

Eu nego... (dos pensamentos que nem valem a leitura)

Teimosia, temperamento forte e insegurança. Um coquetel molotov. Eu sou assim, disseram, cuspida e escarrada. Eu nego. Pra quem me diz. Continuo negando. Eu nego quando me dizem que eu vejo problemas onde não há problemas. Pois se não esta como eu gostaria que estivesse, é um problema. Concreto. Algo que não invento, que pode ser abstrato, mas pesa como concreto quando cai em cima de mim. Então é real. Não é teimosia, não é por temperamento, não é por insegurança... Eu nego isso. E mais um monte de coisas. Não é tudo tão simples. Não é tudo tão prático. Não é tudo tão fácil. Não sou eu que complico as coisas. Não peço de mais. Quero apenas o que me pertence por direito. O direito que eu acredito ter nesse mundo. Quero apenas matar a minha fome. E isso não é tão fácil. Não se sacia essa fome com um belo sanduíche. Não tem cardápio. É degustação. Mas a gente sempre sai com fome de degustações. Eu sei. Eu ainda não me respondo algumas perguntas básicas. Mas acho que não terei as respostas nunca. Eu só sei que quero. E não, isso não é teimosia. Tem coisas que simplesmente são inerentes a nós mesmos. E isso me dói, me corrói por dentro. Não! Não é insegurança. É constatação, é fato. A vida nunca é como nos pintaram. Nisso eu concordo. Mas se sou eu que pinto, quero exatamente como eu quero. E bato pé! De resto. Nego tudo. Todo o resto. E pra mim, ainda nego? Sim.

segunda-feira, abril 28, 2008

Suspense...


As coisas pelo lado de cá andam tão estranhas, tão inconstantes e tão imprevisíveis que nunca sei o que vai acontecer em seguida...

Esse suspense todo me deixa louca... Porque se tem uma coisa que eu odeio, é não saber o que esperar e não saber o que fazer...

Eu só gosto de suspense nos cinemas....



ps: meio sem saco pra tudo isso aqui.

sexta-feira, abril 25, 2008

Relatividade

Então que eu fui dormir as 6:30 da manhã. E acordei as 9:00 com meu chefe me putiando por estar levemente atrasada. Sai correndo de casa sem comer nada e to com o estômago roncando. Mas nada, nada tira meu humor hoje...



Tudo depende do que você fica fazendo nas horas insones...



Ontem eu utilizei muito bem meu tempo livre...



Relatividade... Tsc. Que prazer isso dá!





"tenho um sorriso bobo, parecido com soluço..."

E a minha pele não ta uma beleza?

quinta-feira, abril 24, 2008

Reclamações.... Não digam que não avisei...

Estou em voltas com um velho problema meu. Insônia. São fases, eu sei. Daqui a pouco passa do nada. Mas há 4 dias que não durmo direito. E isso me deixa irritada. Pois durante o dia tenho a sensação de que vou apagar e cair dura andando na rua. Um zumbi. Ai chega à noite, e cadê a porcaria do sono todo? Fico fritando na cama. E por falar em fritura, outra coisa que tem me irritado. Meu querido-amado-salve-salve-gastro me deu uma dieta que ta me deixando completamente sem humor. Fibras e pasto. É nisso que se resume. Ta ele não tem culpa de eu ter uma gastrite monstruosa e ser completamente relapsa de cuidá-la somente quando não agüento mais, mas me mandar comer albran de janta é uma puta sacanagem! Alguém já comeu essa coisa? Parece coco de rato! E a quantidade de pasto que tenho que comer!? Vou virar um zumbi verde. Isso é uma tortura pra alguém que tem um paladar completamente infantil. Tentem imaginar... Pasto, linhaça, iogurte (que eu odeio! só gosto dos de chocolate, e claro esses não pode!), albran, fibras, fibras, fibras e fibras... Não há humor que agüente! E claro nem uma gota de álcool correndo nas veias. Água, água e água. Ah, eu posso chá também, mas chá não passa de uma água com sabor insosso. Sim, eu não gosto de chá. Eu ando rosnando. To a ponto de andar com uma placa no pescoço: “Mantenha distância. Cão bravo!” Cuidem-se! Eu ando completamente sem tolerância com pessoas. Uma chata!

quarta-feira, abril 23, 2008

Das banalidades que me tiram do sério

Tem esses dias que gostaria de quebrar pescoços tão recheados de infinita escrotice e imbecilidades...

Não suporto gente feliz sem motivo: tá feliz? Sorria. Não tá? Chora, cacete! Coisa mais irritante essa doutrina Paulo-Coelho-Zélia-Gattai-auto-ajuda-de-merda-estou-sempre-bem-porque-o-que-eu-penso-acontece... Quanta pretensão!

Outra coisa que me irrita: Pretensão desmedida. Sim, porque quando é pouca eu posso debochar. A vida é a vida (profuuuundo), não é péssima e nem perfeita. Apesar de em alguns momentos ser as duas coisas. Mas agora, aqueles que a julgam de um jeito ou outro todo o tempo têm problemas. Sérios.

Eu odeio um monte de coisas, pequenas coisas que ao se juntarem, viram essa lista quase infindável (eu disse quase). Tenho asco a pessoas que gostam de enumerar conhecimentos para impressionar outrem. Essa coisa de bom e mau é extremamente simplista. Achar que um ser humano se restringe a isso é realmente muito maniqueísmo.

Oras, o ser humano é maravilhosamente dotado de emoções. Por que não usá-las? A busca pela banalidade de certas pessoas me assusta. E me confunde ao mesmo tempo que se entrelaça com a mediocridade. Triste e real. A burrice é quase tangível e impressionantemente infinita.

No fim das contas, quase compreendo. Não fosse a ignorância, como poderíamos sorrir?

terça-feira, abril 22, 2008

Tópicos

- Desativei os comentários do blogger, não estavam aparecendo em pop up’s (apesar de selecionados para tal). Como entendo muuuuito....

- Tive insônia noite passada. Dormi uma hora. Meu humor hoje ta uma beleza.

- Luiz, vc comenta aqui com certa regularidade. Como não deixa link suponho que não tenha blog. Agora, curiosidade mata... Surgiu da onde rapaz?

- Quando a gente quer uma coisa, por menor que seja, ela não acontece. Murphy explica!

- Sei que muita gente estranhou o último texto. Nem pareço eu? É carência gente. Carência das fodas!

- Eu ando meio muda ultimamente. Não aqui. Do lado real. Sabe às vezes não vale a pena falar. Nem todo mundo notou. Os que notaram não entenderam. Perguntam: “pq de tanto mau humor”. Eu não explico. Não vale o esforço.

- Não vale o esforço de explicar que nem tudo é o que parece. E que tem vezes que a gente simplesmente cansa. De tudo. De nada.

- Eu chorei quando mestruei no domingo. Nem Freud explica. Mas quem sabe Nelson Rodrigues?

sexta-feira, abril 18, 2008

Antes de morrer...*

Então antes de ir, eu gostaria de algumas coisas desta vida. Eu queria voltar a ter o corpo que tinha antes de engravidar (sonha nega, sonha!) e finalmente poder voltar a entrar na minha jeans 38. Reencontrar algumas pessoas que passaram e se foram. Encontrar algumas pessoas que o destino, a distância ou a falta de acaso me impediram de encontrar. E nunca mais na minha vida dar de cara com algumas pessoas em alguma rua qualquer. Mas quero principalmente mais gente nova chegando na minha vida.

Eu quero um amor maior que eu. Quero a sorte de um amor tranqüilo. E quero nunca mais precisar de mentiras sinceras. Muitas noites em claro, enrolando minhas pernas em outras pernas. Quero uma casa nossa, pra chamar de minha. E se der pra incluir, cercas brancas e labrador.**

Quero poder ver meu filho ir de menino a homem, forte e vencedor. E nunca mais ter que me despedir pra sempre de pessoas que amo. Quero ainda alguns banhos de chuva, dias frios regados a vinho, dias quentes com conversas e botecos junto às amigas. Quem sabe uma king size. Não quero dinheiro sobrando, mas quero o suficiente pra não ter que ficar contando.

Antes de eu ir de vez, queria mais umas 3 tatuagens. Queria que a minha utopia de não ver mais crianças procurando comida no lixo tivesse se tornado realidade. Eu quero perder algumas manias. Quero aprender finalmente a ter paciência. Quero deixar pelo caminho alguns pesos e levar bagagens mais leves. Quer nunca perder a risada frouxa que tenho, o meu jeito sarcástico e essa dose de humor negro. E que Ele permita que eu nunca fique mais rabugenta do que já sou.

Mais sorvete. Mais vôos. Mais lugares a descobrir. Mais pão quente com manteiga. Mais chimarrão na Redenção. Muito mais músicas. Muito mais danças. Mais conversas fiadas.

Quero ter no caminho algumas boas surpresas. Algumas pedras ainda pra que nunca esqueça do quão difícil é o caminho. Quero não ter mais essa inquietude. Essa urgência e essa pressa. No dia que eu me for de vez, quero sentar e sentir tranqüilidade de pensar que no fim tudo deu certo.


* Baseado em um mene que anda rolando por ai.
** Como podem ver, usei alguns retalhos de músicas
.

quinta-feira, abril 17, 2008

Retrô

E ai que acharam da minha cara meio retrô?

Gostaram?

Então agradeçam pras gurias aqui:

  • Dani Faxina

  • Dan



    Não gostaram?

    Bem, eu gostei, só lamento! rsrsrs

    Obrigada gurias. To me sentido top retrô!
  • Das decisões...


    E algum plano infalível funciona?


    segunda-feira, abril 14, 2008

    Cansei...


    Chega. Deu o meu limite. Meu amor próprio falou mais alto. Meu orgulho berrou frenéticamente. E por mais que eu me fizesse de surda, tava na hora de escutar. Fim de jogo. Desse jogo não quero mais. Transbordou o copo. Extrapolou a conta. E deu o que tinha que dar. Não me sujeito mais. Não mudo mais meus princípios e não engulo mais sapos. Afinal eles nunca viram príncipes mesmo! Ou agora você se da conta (sozinho) que é do meu jeito, ou lamento, não é de jeito algum.Entre doses cavalares e doses homeopáticas de sofrimento. Descobri que não tenho estomago pra homeopatia. Meu corpo já ta acostumado com dosagens cavalares. Eu assimilo melhor. Então é isso. Cansei viu?



    sexta-feira, abril 11, 2008

    Das escolhas e certezas..

    Uma das piores coisas é não saber como agir. Se recuar, se avançar, se ficar esperando lindamente parada no seu lugar os acontecimentos. Tenho tantas certezas, que quando preciso delas, não tenho nenhuma. Porque nada é absoluto e é tudo relativo. Meus pontos finais viram reticências, minhas exclamações, interrogações. Algumas das minhas escolhas pessoais, nada tem de pessoais, porque no fundo nem me pertencem. Escolho e tenho que esperar que alguém escolha também a mesma coisa, no mesmo ritimo e na mesma sintonia, para que então, essa escolha seja efetivamente MINHA. É aquela coisa, de saber onde quer chegar, mas não fazer a mínima idéia de como chegar. Nem todas as escolhas são individuais, nem todas bastam a minha decisão. Não é como decidir o que vou tomar de café da manhã. Ai eu travo. Porque não sei qual o certo. Não sei qual o melhor. E não sei mais ainda qual atitude dará certo. E crio planos. E crio situações imaginárias pra todas as palavras possíveis. E tento antecipar reações. E travo. E eu só queria a resposta. A luz. A iluminação. E um cadim de certeza. É pedir de mais?







    quarta-feira, abril 09, 2008

    Abobrinhas...

    - Em boca fechada não entra mosca. É velho, mas é isso.

    - Sabe aquela coisa que a gente tem de não comentar o que vai fazer, as vontades, os planos pra não atrair inveja alheia? Eu fiquei pensando se isso também acontece com blogs subjetivos? Você fala, mas não claramente. Será que atrai inveja involuntária? Fiquei pensando depois de que me falaram ontem: “Uma pessoa que esta ruim, ela vai desejar que você esteja ruim, involuntariamente. Ninguém quer para alguém o que ele mesmo não conseguiu”. Eu cá com meus botões.

    - Me rendi. Amanhã vou ao médico ver minha coluna. Antes que eu trave de vez. Mas eu já sei o diagnóstico: stress.

    - Me rendi 2. Marquei outro médico. Antes que eu saia rolando de vez por ai. Ainda bem que eu moro numa rua plana.

    - Minha irmã esta grávida de novo. Um pouco mais de 2 meses. Depois de uma menina com 12 anos. Vem outro por ai. Eu digo outro porque dou meu dedinho que é um menino. Tem a ver com o passado. Das coisas que a gente não tem como fugir. Cedo ou tarde voltam. Se eu estiver certa, ta chegando o João Pedro.

    - Ai que eu me lembrei de quando eu estava grávida. Tirando o lado emocional que fica totalmente desequilibrado. E aquela felicidade louca que você sente. As reações físicas são de matar. Eu só gostava de não mestruar (9 meses de felicidade!). Mas em compensação eu me sentia uma orca assassina, esbaforida.

    - Então que essa gravidez tem resultado pérolas maravilhosas do Bernardo: “Dinda, para de comer sorvete! Tu vai congelar o nenê!” (mesma versão para sopa, só que a preocupação dele era dela queimar a criança). Minha irmã tem enjoado e vomitado muito, então... “De tanto que ela vomita, o bebê vai nascer vomitado e em pedaços”

    - Entre eu e ele: “Mãe eu quero um irmão! Mas tem que ser menino, menina eu não quero”. “Filho a mãe não tem nem namorado. Não é assim que funciona.” “Mas não to dizendo pra você namorar, to dizendo pra você fazer um irmão. Não precisa namorar não!”. E eles aprendem rápido. Mas dessa vez ele não leva não rs.

    - Eu quero um template novo! Só que eu não sei fazer. Alguém? Juro que não incomodo muito rs.

    terça-feira, abril 08, 2008

    Persistência...


    Não sou uma pessoa que desiste.
    Sim, completamente mula empacada.
    Eu quero.
    Quero agora.
    E sempre quero o mais difícil.
    Não jogo a toalha.
    Geralmente ela é arrancada das minhas mãos.
    Mas eu ainda to segurando essa, ali na pontinha...
    Mas tô.


    sexta-feira, abril 04, 2008

    Fluxo de pensamentos.



    Então que tudo tem duas visões a de quem esta dentro e geralmente é uma visão mais insana, mais egoísta. E a visão de quem esta fora geralmente mas sensata, mais amplo. Ou não, tem visões de quem esta fora que são tão ou mais insanas do que as suas próprias. Deve ter a ver com pessoas. Pessoas sensatas e pessoas insanas. Maduras e imaturas. As que respiram e pensam e as que agem num impulso momentâneo e fazem. E eu não preciso dizer em qual grupo estou. Depois de uma avaliação de alguém mais sensato até você melhora, eu ousaria dizer que você se torna até um pouco positiva. Um pouco. Mas também, me pego pensando até que ponto isso não seria conformismo ou ilusão. Até que ponto ver a coisa toda desse foco não é de fato se enganar? E a gente apela pra búzios, pra cartas de tarô e acredita naquilo, e faz toda força do mundo para acreditar naquilo. Ai entra a fé. Até que ponto você tem fé? Onde esta o limite entre sua fé, seu ceticismo e a realidade? A gente simplesmente crê e não vacila. Ou vacila, mas continua crendo. Mas é essa fé, daquelas bem forte que faz a gente acreditar no novo, que faz a gente apostar que de uma forma ou de outra as coisas serão como queremos. Sim, nossa fé também é egoísta. O novo bom, o novo certo, claro que é do jeito que a gente quer. E a gente acredita e continua. Com fé. Porque tem coisa mais destrutiva do que insistir sem fé alguma? E não falo em fé ligando diretamente a uma religião, você pode ter fé que o monstro verde que mora no interior da terra irá comer todos os teus problemas. O monstro é seu e a fé muito mais! Uma das coisas que mais tenho tentado apreender é ser humilde. A engolir os não’s que a vida me enfia sem vomitar. A ser desprezada, chorar como uma cadela e acordar, ter fé e continuar. E há ter paciência e saber esperar. Me esforço todos os dias para ter paciência. Para tentar entender que o meu tempo não é o tempo do mundo. Há pessoas mais lentas. Nem todas têm essa ânsia e essa ansiedade. Nem todas têm esse desespero contido de que se não for agora não será em tempo algum. E a gente exercita a paciência e se fere com isso. Auto-flagelação. Quase nunca consigo é verdade. Mas a tentativa pelo simples ato de tentar já deve servir de alguma coisa. Deve valer algum ponto em algum lugar, no destino, no céu, no paraíso. Em algum lugar tudo isso deve contar de algo. Estou tremendo. Frio ou desespero? Um colunista muito famoso aqui escreveu dias desses uma crônica que fala sobre o fazer falta. O “sinto sua falta” diz ele, é um dos mais lindos elogios que alguém pode te dizer. Quer coisa mais linda do que fazer falta? Eu não sei se faço falta a alguém. Mas sei que digo aqueles que me fazem falta o quanto essa falta dói. E isso por mais humilhante que possa parecer (e acreditem, algumas vezes realmente é!) também tem que valer de algo. Ai me lembro de Caio F. que em Pequenas Epifanias também fala dessa coisa de fazer falta. Da vontade que dá de ir embora, de chorar e de ir embora simplesmente, para que te acolham, para que sintam faltam. No fundo para saber se sua ausência se tornará uma falta ou apenas um espaço em branco. A gente não sabe, não da pra sumir apenas pra tentar fazer falta. A gente vai seguindo em frente, continuando, com fé, com dor. Esperando que algum dia, alguém nesse ciclo louco que é a vida, pare e pense no quanto você faz falta. No quanto algum momento com você foi tão forte que fez essa pessoa parar e escrever: “penso em você, sinto sua falta”. A gente vai continuando esperando esses momentos, essas Pequenas Epifanias...

    quinta-feira, abril 03, 2008

    Um dia...




    "Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
    Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela.. "

    (Desconheço a autoria)
    PS: Eu havia colocado que era de Mario Quintana, mas Mô acaba de avisar que não é, então não sei de quem é . Se alguém souber a autoria, eu dou os créditos!


    quarta-feira, abril 02, 2008

    PRIMEIRO DE ABRIL... passou e tu não viu (alguns viram rs)



    Bem o blog não acabou. AINDA não acabou. Mas nem tudo escrito ai foi piadinha sem graça de primeiro de abril...

    E como disse Clarice:


    “Há dias em que só há desvãos e temos que nos manter equilibrados entre as margens, para não sermos sugados pelo nada...”
    Clarice Lispector

    terça-feira, abril 01, 2008

    Fases



    Ciclos. A vida é formada de ciclos. Tudo começa, acontece e acaba. É irremediável. E só assim as coisas podem seguir em frente. Ao menos essa é a teoria. Durante a minha vida tive muitos ciclos inacabados, muitas coisas que ficaram pendentes, ficaram nas reticiências, o que faz cair por terra essa teoria. Mas algumas coisas realmente precisam de um fim. Há um momento que elas perdem sentido. Foi o que aconteceu com este blog. No meio do caminho ele perdeu o sentido e deixou de me dar prazer. Virou uma obrigação. E eu não lido bem com obrigações. Eu já estou tendo obrigações que não quero. Tenho que ser algo que não sou. Tenho que agir de forma que não quero. Tenho que me calar, porque simplesmente algumas coisas não devem ser ditas. E tenho que ficar quieta porque já assustei de mais as pessoas. Muitas obrigações a serem seguidas para o convívio com outras pessoas. Mas isso aqui é meu, eu não tenho obrigação com nada e nem com ninguém. Então estou passando a régua. Mais um ciclo. Mais uma fase. E nesta estou colocando um ponto. O final.