terça-feira, setembro 02, 2008

Um expresso e um livro


Eu trabalho há 6 anos na mesma empresa. E hoje, eu daria o meu dedo mindinho pra poder mandar todo mundo pra casa do caralho. E ir lá abrir meu café com livraria/biblioteca, que já tem até nome o coitado, mas ta tudo aqui na minha cabeça só. Se cada uma fizesse seu trabalho, eu trabalharia menos. Pagamos um contador para que eu faça o trabalho DELE. Meu chefe me paga para que eu faça meu trabalho. MEU TRABALHO. Então porque pra que meu trabalho aconteça eu tenho que fazer o trabalho de todo mundo? Pague todos os salários pra mim, que eu faço de bom grado. É eu to irritada. Eu to irritada com a incompetência alheia, com esse telefone que toda a cada 5 minutos pra que me falem alguma abobrinha que eu tenho que resolver, sem que isso seja responsabilidade minha! Eu deveria ter meu lugar cativo no céu só pelo que eu aturo todo dia daquele que me paga. Pensem em alguém centralizador, sem memória, e que adora bater cabeça com coisa pequena. É esse tipo de gente que eu aturo. Uma gente que liga de 5 em 5 minutos pra perguntar se alguém ligou. Deve ser carência de ligação. Que me liga pra dizer que esta vindo pra cá! Tem necessidade? Sou eu, ou essa gente é chata e sem noção? Ele envelheceu e esqueceram de avisar. Esse tipo de gente me irrita, eternos gatões. Ao menos se eu ganhasse pra aturar tudo isso. Mas não, na última vez que pleiteie um aumento eu ouvi que “não havia necessidade”, noutro dia trouxe todas as minhas contas e coloquei na mesa dele “minha necessidade”, disse. Levei, não o que merecia e o que queria. Mas hoje eu juro, dava dois, dois dedinhos mindinhos pra estar lá no meu café com livraria/biblioteca, que já tem até nome, e eu não conto para não roubarem, tomando um expresso e lendo um livro, batendo papo furado e talvez tentando combinar sabores de cafés com leituras apropriadas.



* Eu sei, texto horrível, mas hoje, ao menos que eu possa socar alguém, não sai nada melhor. Deixa eu ir, que esse telefone ta berrando de novo... E não. Ninguém ligou pra ele até agora. Vou dizer pela oitava vez.

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