terça-feira, setembro 16, 2008

Edgar, o peixe.


Edgar é o que podemos chamar de minha versão de calças, com um pouco mais de humor, mas muito, muito mais lento rs. Que o lê já sabe dessa história, para quem não o lê vou ter que fazer uma breve introdução. Então que dentro dos seus implacáveis cinco, seis anos, Edgar foi ator. E como todo ator iniciante Edgar já almejava mais que papeis coadjuvantes, não se contentando com o papel de ovelha no presépio de Natal da Tia Mari. Dotado de todo altruísmo, decidiu que seria um peixe. O primeiro peixe de presépio! Imaginem Belém naquela secura toda (eu nem católica sou, mas devia ser uma secura) e Edgar lá, um peixe de presépio, literalmente um peixe fora d’água!

Mas essa obsessão por glub glub tem um começo bem mais antigo e um fundo bem mais profundo que o mais fundo do mar, e eu desvendei. Depois longo tempo de conversa no MNS (+- 20 minutos) eu localizei o X da questão, na verdade a ostra dessa história. E assim decidi revelar isso para o mundo. Nasce então: Edgar, o peixe – A história desvendada.


Bem antes do presépio da Tia Mari, numa época que diziam ter um homem que andava sobre o mar, num lugar onde pescadores tentavam em vão alimentar suas famílias, mas suas redes voltavam dia após dia vazias, Edgar já nadava feliz nas profundezas geladas das águas. Até o dia que este que multiplicava pão, para provar sua força ordenou que os pescadores jogassem suas redes e elas voltaram abarrotadas de peixes. Dentre esses muito, estava nosso amigo, lutando para voltar à água e terminar seu destino, mas foi em vão. Edgar teve sua primeira encarnação desperdiçada por ser Maria vai com os as outras e ter seguidos seus amigos nadadores.

Mas o mundo é sábio, a natureza nunca priva ninguém do seu destino. Muito tempo depois iríamos nos chocar de frente novamente com nosso amigo. Muito mais evoluído, depois de algumas encarnações como cavalo marinho, estrela do mar ou simples alga. Edgar ressurge! Mobidick, a terrível baleia branca! Convenhamos que foi um grande passo na escala evolutiva. Mas como bem sabe todos, no meio do caminho da Mobidick tinha um arpão, e já advínhamos como acaba essa história.

Ouvimos falar de Edgar mais uma vez apenas, na história de um menino de madeira que mentia de mais. Edgar guloso e sedento por reconhecimento foi capaz de engolir o pai do menino, apenas para se tornar o centro das atenções e conseguir seus minutos de fama... Desta vez, apesar de não ter tido o seu destino abreviado, Edgar não conseguiu o reconhecimento que precisava... Uma pena!

Muitas encarnações depois, e muita evolução depois, temos o Edgar de hoje, humano (ou quase), mas que no fundo, nos resquícios de sua memória de vidas passadas, ainda sente vontade de nadar livremente por mares nunca dantes navegados. Na verdade, Edgar queria ser o Nemo! Ter tido sua fama e abanado as nadadeiras em muitos laguinhos. Mas isso infelizmente não aconteceu! Era impossível ser o Nemo, sendo gente. Dai a fixação de ser peixe de presépio, lugar onde todo esse carma começou...




Bem, ele tem algumas ainda pra quitar, com um tal de lobisomem. Mas isso é outra história.




* Foto do arquivo pessoal do Edgar, mostrando ele como peixe de presépio!

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