quarta-feira, outubro 22, 2008

Do além.

Ontem eu tava lá toda MARA vendo TV e pensando que um dia eu serei igual a Copélia, quando toca meu celular. Peguei o celular na mão e quando vi o visor piscando com o nome de quem me ligava joguei o celular longe no impulso. O nome do pai do Bernardo, que faleceu há pouco mais de um ano, piscava na tela. Fiquei olhando aquilo hipnotizada e pensei: “Fudeu! Ta me ligando do além pra dizer que chegou minha hora”. Já tava vendo a cena: A voz dele sussurrando pra mim: “sete dias, sete dias” e fiquei lá parada a uma distância segura daquela merda de chamada que com certeza custaria uma fortuna, afinal era DDD interdimensional. Quando uma boa alma gentil da minha família me tira do transe delicadamente gritando “atende logo essa merda!”. Resolvi encarar, porque fugir do fato não iria resolver minha situação e eu tava morrendo de curiosidade de como seria uma ligação lá do lá de lá. Atendi, com a voz meio trêmula. Ao ouvir a voz do outro lado pensei “morreu e afinou a voz?”, nada era apenas a ex-mulher dele pra torrar meu saco com burocracias do inventário. Uma chatice, muito mais divertido pensar que um morto me ligava!

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