quarta-feira, abril 23, 2008

Das banalidades que me tiram do sério

Tem esses dias que gostaria de quebrar pescoços tão recheados de infinita escrotice e imbecilidades...

Não suporto gente feliz sem motivo: tá feliz? Sorria. Não tá? Chora, cacete! Coisa mais irritante essa doutrina Paulo-Coelho-Zélia-Gattai-auto-ajuda-de-merda-estou-sempre-bem-porque-o-que-eu-penso-acontece... Quanta pretensão!

Outra coisa que me irrita: Pretensão desmedida. Sim, porque quando é pouca eu posso debochar. A vida é a vida (profuuuundo), não é péssima e nem perfeita. Apesar de em alguns momentos ser as duas coisas. Mas agora, aqueles que a julgam de um jeito ou outro todo o tempo têm problemas. Sérios.

Eu odeio um monte de coisas, pequenas coisas que ao se juntarem, viram essa lista quase infindável (eu disse quase). Tenho asco a pessoas que gostam de enumerar conhecimentos para impressionar outrem. Essa coisa de bom e mau é extremamente simplista. Achar que um ser humano se restringe a isso é realmente muito maniqueísmo.

Oras, o ser humano é maravilhosamente dotado de emoções. Por que não usá-las? A busca pela banalidade de certas pessoas me assusta. E me confunde ao mesmo tempo que se entrelaça com a mediocridade. Triste e real. A burrice é quase tangível e impressionantemente infinita.

No fim das contas, quase compreendo. Não fosse a ignorância, como poderíamos sorrir?

terça-feira, abril 22, 2008

Tópicos

- Desativei os comentários do blogger, não estavam aparecendo em pop up’s (apesar de selecionados para tal). Como entendo muuuuito....

- Tive insônia noite passada. Dormi uma hora. Meu humor hoje ta uma beleza.

- Luiz, vc comenta aqui com certa regularidade. Como não deixa link suponho que não tenha blog. Agora, curiosidade mata... Surgiu da onde rapaz?

- Quando a gente quer uma coisa, por menor que seja, ela não acontece. Murphy explica!

- Sei que muita gente estranhou o último texto. Nem pareço eu? É carência gente. Carência das fodas!

- Eu ando meio muda ultimamente. Não aqui. Do lado real. Sabe às vezes não vale a pena falar. Nem todo mundo notou. Os que notaram não entenderam. Perguntam: “pq de tanto mau humor”. Eu não explico. Não vale o esforço.

- Não vale o esforço de explicar que nem tudo é o que parece. E que tem vezes que a gente simplesmente cansa. De tudo. De nada.

- Eu chorei quando mestruei no domingo. Nem Freud explica. Mas quem sabe Nelson Rodrigues?

sexta-feira, abril 18, 2008

Antes de morrer...*

Então antes de ir, eu gostaria de algumas coisas desta vida. Eu queria voltar a ter o corpo que tinha antes de engravidar (sonha nega, sonha!) e finalmente poder voltar a entrar na minha jeans 38. Reencontrar algumas pessoas que passaram e se foram. Encontrar algumas pessoas que o destino, a distância ou a falta de acaso me impediram de encontrar. E nunca mais na minha vida dar de cara com algumas pessoas em alguma rua qualquer. Mas quero principalmente mais gente nova chegando na minha vida.

Eu quero um amor maior que eu. Quero a sorte de um amor tranqüilo. E quero nunca mais precisar de mentiras sinceras. Muitas noites em claro, enrolando minhas pernas em outras pernas. Quero uma casa nossa, pra chamar de minha. E se der pra incluir, cercas brancas e labrador.**

Quero poder ver meu filho ir de menino a homem, forte e vencedor. E nunca mais ter que me despedir pra sempre de pessoas que amo. Quero ainda alguns banhos de chuva, dias frios regados a vinho, dias quentes com conversas e botecos junto às amigas. Quem sabe uma king size. Não quero dinheiro sobrando, mas quero o suficiente pra não ter que ficar contando.

Antes de eu ir de vez, queria mais umas 3 tatuagens. Queria que a minha utopia de não ver mais crianças procurando comida no lixo tivesse se tornado realidade. Eu quero perder algumas manias. Quero aprender finalmente a ter paciência. Quero deixar pelo caminho alguns pesos e levar bagagens mais leves. Quer nunca perder a risada frouxa que tenho, o meu jeito sarcástico e essa dose de humor negro. E que Ele permita que eu nunca fique mais rabugenta do que já sou.

Mais sorvete. Mais vôos. Mais lugares a descobrir. Mais pão quente com manteiga. Mais chimarrão na Redenção. Muito mais músicas. Muito mais danças. Mais conversas fiadas.

Quero ter no caminho algumas boas surpresas. Algumas pedras ainda pra que nunca esqueça do quão difícil é o caminho. Quero não ter mais essa inquietude. Essa urgência e essa pressa. No dia que eu me for de vez, quero sentar e sentir tranqüilidade de pensar que no fim tudo deu certo.


* Baseado em um mene que anda rolando por ai.
** Como podem ver, usei alguns retalhos de músicas
.

quinta-feira, abril 17, 2008

Retrô

E ai que acharam da minha cara meio retrô?

Gostaram?

Então agradeçam pras gurias aqui:

  • Dani Faxina

  • Dan



    Não gostaram?

    Bem, eu gostei, só lamento! rsrsrs

    Obrigada gurias. To me sentido top retrô!
  • Das decisões...


    E algum plano infalível funciona?


    segunda-feira, abril 14, 2008

    Cansei...


    Chega. Deu o meu limite. Meu amor próprio falou mais alto. Meu orgulho berrou frenéticamente. E por mais que eu me fizesse de surda, tava na hora de escutar. Fim de jogo. Desse jogo não quero mais. Transbordou o copo. Extrapolou a conta. E deu o que tinha que dar. Não me sujeito mais. Não mudo mais meus princípios e não engulo mais sapos. Afinal eles nunca viram príncipes mesmo! Ou agora você se da conta (sozinho) que é do meu jeito, ou lamento, não é de jeito algum.Entre doses cavalares e doses homeopáticas de sofrimento. Descobri que não tenho estomago pra homeopatia. Meu corpo já ta acostumado com dosagens cavalares. Eu assimilo melhor. Então é isso. Cansei viu?



    sexta-feira, abril 11, 2008

    Das escolhas e certezas..

    Uma das piores coisas é não saber como agir. Se recuar, se avançar, se ficar esperando lindamente parada no seu lugar os acontecimentos. Tenho tantas certezas, que quando preciso delas, não tenho nenhuma. Porque nada é absoluto e é tudo relativo. Meus pontos finais viram reticências, minhas exclamações, interrogações. Algumas das minhas escolhas pessoais, nada tem de pessoais, porque no fundo nem me pertencem. Escolho e tenho que esperar que alguém escolha também a mesma coisa, no mesmo ritimo e na mesma sintonia, para que então, essa escolha seja efetivamente MINHA. É aquela coisa, de saber onde quer chegar, mas não fazer a mínima idéia de como chegar. Nem todas as escolhas são individuais, nem todas bastam a minha decisão. Não é como decidir o que vou tomar de café da manhã. Ai eu travo. Porque não sei qual o certo. Não sei qual o melhor. E não sei mais ainda qual atitude dará certo. E crio planos. E crio situações imaginárias pra todas as palavras possíveis. E tento antecipar reações. E travo. E eu só queria a resposta. A luz. A iluminação. E um cadim de certeza. É pedir de mais?







    quarta-feira, abril 09, 2008

    Abobrinhas...

    - Em boca fechada não entra mosca. É velho, mas é isso.

    - Sabe aquela coisa que a gente tem de não comentar o que vai fazer, as vontades, os planos pra não atrair inveja alheia? Eu fiquei pensando se isso também acontece com blogs subjetivos? Você fala, mas não claramente. Será que atrai inveja involuntária? Fiquei pensando depois de que me falaram ontem: “Uma pessoa que esta ruim, ela vai desejar que você esteja ruim, involuntariamente. Ninguém quer para alguém o que ele mesmo não conseguiu”. Eu cá com meus botões.

    - Me rendi. Amanhã vou ao médico ver minha coluna. Antes que eu trave de vez. Mas eu já sei o diagnóstico: stress.

    - Me rendi 2. Marquei outro médico. Antes que eu saia rolando de vez por ai. Ainda bem que eu moro numa rua plana.

    - Minha irmã esta grávida de novo. Um pouco mais de 2 meses. Depois de uma menina com 12 anos. Vem outro por ai. Eu digo outro porque dou meu dedinho que é um menino. Tem a ver com o passado. Das coisas que a gente não tem como fugir. Cedo ou tarde voltam. Se eu estiver certa, ta chegando o João Pedro.

    - Ai que eu me lembrei de quando eu estava grávida. Tirando o lado emocional que fica totalmente desequilibrado. E aquela felicidade louca que você sente. As reações físicas são de matar. Eu só gostava de não mestruar (9 meses de felicidade!). Mas em compensação eu me sentia uma orca assassina, esbaforida.

    - Então que essa gravidez tem resultado pérolas maravilhosas do Bernardo: “Dinda, para de comer sorvete! Tu vai congelar o nenê!” (mesma versão para sopa, só que a preocupação dele era dela queimar a criança). Minha irmã tem enjoado e vomitado muito, então... “De tanto que ela vomita, o bebê vai nascer vomitado e em pedaços”

    - Entre eu e ele: “Mãe eu quero um irmão! Mas tem que ser menino, menina eu não quero”. “Filho a mãe não tem nem namorado. Não é assim que funciona.” “Mas não to dizendo pra você namorar, to dizendo pra você fazer um irmão. Não precisa namorar não!”. E eles aprendem rápido. Mas dessa vez ele não leva não rs.

    - Eu quero um template novo! Só que eu não sei fazer. Alguém? Juro que não incomodo muito rs.

    terça-feira, abril 08, 2008

    Persistência...


    Não sou uma pessoa que desiste.
    Sim, completamente mula empacada.
    Eu quero.
    Quero agora.
    E sempre quero o mais difícil.
    Não jogo a toalha.
    Geralmente ela é arrancada das minhas mãos.
    Mas eu ainda to segurando essa, ali na pontinha...
    Mas tô.


    sexta-feira, abril 04, 2008

    Fluxo de pensamentos.



    Então que tudo tem duas visões a de quem esta dentro e geralmente é uma visão mais insana, mais egoísta. E a visão de quem esta fora geralmente mas sensata, mais amplo. Ou não, tem visões de quem esta fora que são tão ou mais insanas do que as suas próprias. Deve ter a ver com pessoas. Pessoas sensatas e pessoas insanas. Maduras e imaturas. As que respiram e pensam e as que agem num impulso momentâneo e fazem. E eu não preciso dizer em qual grupo estou. Depois de uma avaliação de alguém mais sensato até você melhora, eu ousaria dizer que você se torna até um pouco positiva. Um pouco. Mas também, me pego pensando até que ponto isso não seria conformismo ou ilusão. Até que ponto ver a coisa toda desse foco não é de fato se enganar? E a gente apela pra búzios, pra cartas de tarô e acredita naquilo, e faz toda força do mundo para acreditar naquilo. Ai entra a fé. Até que ponto você tem fé? Onde esta o limite entre sua fé, seu ceticismo e a realidade? A gente simplesmente crê e não vacila. Ou vacila, mas continua crendo. Mas é essa fé, daquelas bem forte que faz a gente acreditar no novo, que faz a gente apostar que de uma forma ou de outra as coisas serão como queremos. Sim, nossa fé também é egoísta. O novo bom, o novo certo, claro que é do jeito que a gente quer. E a gente acredita e continua. Com fé. Porque tem coisa mais destrutiva do que insistir sem fé alguma? E não falo em fé ligando diretamente a uma religião, você pode ter fé que o monstro verde que mora no interior da terra irá comer todos os teus problemas. O monstro é seu e a fé muito mais! Uma das coisas que mais tenho tentado apreender é ser humilde. A engolir os não’s que a vida me enfia sem vomitar. A ser desprezada, chorar como uma cadela e acordar, ter fé e continuar. E há ter paciência e saber esperar. Me esforço todos os dias para ter paciência. Para tentar entender que o meu tempo não é o tempo do mundo. Há pessoas mais lentas. Nem todas têm essa ânsia e essa ansiedade. Nem todas têm esse desespero contido de que se não for agora não será em tempo algum. E a gente exercita a paciência e se fere com isso. Auto-flagelação. Quase nunca consigo é verdade. Mas a tentativa pelo simples ato de tentar já deve servir de alguma coisa. Deve valer algum ponto em algum lugar, no destino, no céu, no paraíso. Em algum lugar tudo isso deve contar de algo. Estou tremendo. Frio ou desespero? Um colunista muito famoso aqui escreveu dias desses uma crônica que fala sobre o fazer falta. O “sinto sua falta” diz ele, é um dos mais lindos elogios que alguém pode te dizer. Quer coisa mais linda do que fazer falta? Eu não sei se faço falta a alguém. Mas sei que digo aqueles que me fazem falta o quanto essa falta dói. E isso por mais humilhante que possa parecer (e acreditem, algumas vezes realmente é!) também tem que valer de algo. Ai me lembro de Caio F. que em Pequenas Epifanias também fala dessa coisa de fazer falta. Da vontade que dá de ir embora, de chorar e de ir embora simplesmente, para que te acolham, para que sintam faltam. No fundo para saber se sua ausência se tornará uma falta ou apenas um espaço em branco. A gente não sabe, não da pra sumir apenas pra tentar fazer falta. A gente vai seguindo em frente, continuando, com fé, com dor. Esperando que algum dia, alguém nesse ciclo louco que é a vida, pare e pense no quanto você faz falta. No quanto algum momento com você foi tão forte que fez essa pessoa parar e escrever: “penso em você, sinto sua falta”. A gente vai continuando esperando esses momentos, essas Pequenas Epifanias...

    quinta-feira, abril 03, 2008

    Um dia...




    "Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
    Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela.. "

    (Desconheço a autoria)
    PS: Eu havia colocado que era de Mario Quintana, mas Mô acaba de avisar que não é, então não sei de quem é . Se alguém souber a autoria, eu dou os créditos!


    quarta-feira, abril 02, 2008

    PRIMEIRO DE ABRIL... passou e tu não viu (alguns viram rs)



    Bem o blog não acabou. AINDA não acabou. Mas nem tudo escrito ai foi piadinha sem graça de primeiro de abril...

    E como disse Clarice:


    “Há dias em que só há desvãos e temos que nos manter equilibrados entre as margens, para não sermos sugados pelo nada...”
    Clarice Lispector

    terça-feira, abril 01, 2008

    Fases



    Ciclos. A vida é formada de ciclos. Tudo começa, acontece e acaba. É irremediável. E só assim as coisas podem seguir em frente. Ao menos essa é a teoria. Durante a minha vida tive muitos ciclos inacabados, muitas coisas que ficaram pendentes, ficaram nas reticiências, o que faz cair por terra essa teoria. Mas algumas coisas realmente precisam de um fim. Há um momento que elas perdem sentido. Foi o que aconteceu com este blog. No meio do caminho ele perdeu o sentido e deixou de me dar prazer. Virou uma obrigação. E eu não lido bem com obrigações. Eu já estou tendo obrigações que não quero. Tenho que ser algo que não sou. Tenho que agir de forma que não quero. Tenho que me calar, porque simplesmente algumas coisas não devem ser ditas. E tenho que ficar quieta porque já assustei de mais as pessoas. Muitas obrigações a serem seguidas para o convívio com outras pessoas. Mas isso aqui é meu, eu não tenho obrigação com nada e nem com ninguém. Então estou passando a régua. Mais um ciclo. Mais uma fase. E nesta estou colocando um ponto. O final.

    segunda-feira, março 31, 2008

    Suposições





    Se isso fosse uma casa, e vocês estivessem batendo a porta...
    Eu estaria bem quieta, me fazendo de surda...



    sexta-feira, março 28, 2008

    Antecipação

    Eu sei. Eu disse que ia dar um tempo. Mas a vida é minha. O blog é meu. E eu mudo de idéia o quanto eu quiser. Sim, estou despeitada. E no fim não espatifou nada. Foi antecipação minha. Como sempre sofrendo por antecipação. Rachou mas não espatifou. Ta assim, meio capenga, meio trincado, meio frágil, sensível. Mas ainda não precisei de pá e vassoura. A gente não pode esperar de ninguém exatamente o que a gente oferece a essa pessoa. Cada um oferece o que quer. E isso não significa que não esteja oferecendo tudo que pode. Será? Não sei, mas to precisando acreditar nisso. Quando não dá mais pra ficar batendo de frente é melhor pensar em coisas assim. Afinal sofrer em doses homeopáticas ou em uma dose cavalar, no fim, não faz diferença alguma. Então to escolhendo as doses homeopáticas intercaladas com momentos de prazer. Acho que nesse momento é o melhor, mesmo estando longe do ideal. Já dizia a sabedoria popular “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. É isso, to me juntando, tentando aprender algo novo na minha vida... O dom da paciência. Relaxar. Seguir a maré. Engolir a ansiedade. As expectativas. E viver de momentos. Não é o que dizem que vale a pena? Fazendo tudo isso porque também reza a lenda que "no fim tudo da certo, e se ainda não deu é porque não chegou ao fim". Meu Deus, que polianice isso! Fazer o que, sou (estou) de fases. Mulherzinha entranhada e assumida. Mas quem sabe, a meu ver ficaria melhor assim: “No fim tudo da certo... Demora muito pra acabar?” Sei lá. Vai que esses ditados são como aquela coisa de “aproveite o dia”, auto-ajuda barata e alienada. Mas eu ando alienada. Boba e louca também. Ok. Chega. É isso, estou me juntando ao inimigo (?) esperando esse fim onde as coisas dão certo. Como me disseram “alguém lá em cima deve anotar esse tipo de coisa”...

    quarta-feira, março 26, 2008

    Tópicos

    - Parabéns por terem sobrevivido ao meu mau humor. Parabéns pra mim por ter sobrevivido!

    - 50,15% essa foi a porcentagem que fez do Rafinha o dono de 1 milhão de reais. Agora me responde, eu fui a única que achou loucura um resultado tão apertado quando ele concorria com aquela lesa que só comia e dormia?

    - “Porto Alegre é que tem / Um jeito legal / É lá que as gurias etc. e tal... Porto Alegre me faz / Tão sentimental...” Porto Alegre ta de aniversário hoje. Eu adoro minha cidade.

    - Ontem, algumas ligações esperadas outras inesperadas. Algumas aguardadas ansiosamente, outras de surpresa... E no fim, uma noite de insônia até as 5 da manhã.

    - O ser humano é um bicho esquisito. Como cachorro, que não quer comer o osso, mas não larga por nada desse mundo.

    - Várias resoluções nada absolutas nessa noite de insônia. Mesmo querendo muito, quando alguma coisa me dói eu acabo deixando pra lá. Ta na hora de eu abandonar um barco ai, sou péssima em nadar contra a maré. Espero que eu não morra afogada.

    - Talvez eu dê um tempo daqui. Talvez não. Amanhã eu resolvo isso. Por hoje já resolvi coisas de mais.



    “Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. […] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
    Clarice Lispector in Aprendendo a Viver .

    terça-feira, março 25, 2008

    Ta na hora de apagar a velinha...


    Pois então. Eu sei que a gente deve ficar bem no dia do aniversário. Ou melhor, esperam que a gente esteja feliz. Mas eu não to. Eu quase nunca to. Tenho traumas com aniversários, das coisas ruins que aconteceram na minha vida, várias aconteceram nesse dia. Só pra ter uma prova. Ano retrasado eu levei um quase pé na bunda do ex-namorado. Ano passado estava todo mundo viajando e eu fiquei sozinha com as paredes. E esse ano. Bem esse ano não vem ao caso, não to com saco e pronto. E olha que eu fui bem leve nas minhas lembranças pra não traumatizar nenhum de vocês.

    Então, se vocês esperam ler algo fofo, rosa com cheirinho de morango, desistam. Vocês não estariam no meu blog. Eu acho muito legal quem da festão, quem ta feliz com sorriso de orelha a orelha, mas eu sou anti-social (ou eu estou?). Ainda mais no dia que eu tenho que me lembrar que estou quase nos trinta, ainda mais no dia que eu me lembro que no meu aniversário de 8 anos tudo que eu queria (e pedi por um ano inteiro!) era ganhar um carrinho de rolimã, e ganhei uma boneca com vestido rosa.

    Mas ok me adestraram a ser bem educadinha, e tratar bem as visitas. Então, desconsiderem a cara feia, que eu vou servir um cadim de bolo. Só não vale sair falando!






    segunda-feira, março 24, 2008

    Dos Astros.. Inferno Astral...


    Reza a lenda que o nosso inferno astral termina no dia do aniversário...



    ...




    Serão as 24 horas mais lentas da minha vida...

    quinta-feira, março 20, 2008

    “Stadinervos”

    Cena patética:

    Eu ontem de madrugada, sentada no chão da sala, aos prantos... Em frente a uma garrafa pet de coca cola que não conseguia abrir...



    Stadinervos






    PS: Ahhh.... Feliz Páscoa!

    terça-feira, março 18, 2008

    Eu quero a sorte das coisas simples...

    Uma vez. Uma vezinha só eu queria que as coisas fossem simples pra mim. Eu juro que se um dia alguma coisa for simples, assim como é pra todo mundo, uma única vez, eu nunca mais reclamo da minha vida. Eu juro bem jurado, que nunca mais eu digo que Deus tem implicância comigo. E eu começo acreditar que o que acontece pros outros pode acontecer pra mim também. Uma única vez eu queria que a minha vida tivesse dentro do roteiro!

    Eu quase acreditei que dessa vez a coisa toda ia ser simples. Eu tive até uma esperança de que dessa vez eu ia ser igual a todo mundo, onde as coisas acontecem e funcionam mais ou menos dentro do previsto. Mas Murphy me adora lembram-se? E mesmo eu tendo feito tudo bonitinho, não dando uma de louca insana, tendo dito as coisas certas nas horas certas e nada daquela loucura que passava na minha cabeça, mesmo assim tinha que complicar na curva.

    Não, as coisas não estão assim perdidas (nem nunca estiveram), mas não estão assim como eu gostaria que estivessem. Eu vou ter que vestir aquela capa do “deixa rolar” e deixar rolar, mesmo que isso diminua meu coração, mesmo que isso me cause insônias intermináveis. Porque eu juro que olho grande pega e alguém não pode ver as coisas assim simples, simplesmente acontecendo, e tinha que colocar uns desafios no meio do caminho, como eu tirar paciência do útero e bancar essa coisa blasé que eu não sou.

    Se eu tenho escolha? Claro que tenho. Eu posso também chegar pra ele e gritar: Ei cara acorda! To caída por você! Pare já com essa frescura de que eu não tenho que me preocupar tanto. Eu me preocupo sim, porque a queda é longa e eu já conheço bem. Então pare agora com essa coisa toda de deixar acontecer, de relaxar e curtir o momento. Porque além do momento eu quero curtir o depois. E essa felicidade toda de momento, me preenche, mas não me completa. Não complique tudo, vem me amar e fazer as coisas simples...

    Mas essa é uma opção? Não... Não é. Porque eu não tenho a sorte das coisas simples.

    segunda-feira, março 17, 2008

    Não se preocupe tanto. Relaxe!



    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Não se preocupe tanto. Relaxe! Não se preocupe tanto. Relaxe!

    Foi o que eu ouvi. Pode ser que repetindo assim eu consiga seguir a receita... Mas ta tão difícil, eu tenho tanta pressa, tanta urgência... Soco isso onde? (por favor não respondam rsrsrs)

    sexta-feira, março 14, 2008

    Só passando...

    - Então que me convidaram para blogar num site novo para mulheres, Vila Mulher, um site sobre comportamento, amor, sexo, moda, saúde, filhos... Não sei bem o que tenho pra oferecer e contribuir, mas aceitei o convite. Como a minha cabeça anda um caos e não to conseguindo escrever nada descente pra lá, postei alguns texto que já andaram por aqui. Quem quiser ver meu perfil: Clique aqui

    - Eu não to legal hoje. Mas passa. Sempre passa né. Acontece que eu sei lidar com tudo, até falta de educação, mas com falta de consideração. Essa eu ainda preciso ir pra escola.

    - Na verdade o problema é quando a gente espera que alguém retribua o que fazemos/oferecemos na mesma proporção. Expectativas. É isso que estraga tudo.

    - Mas ok. A vida não cor de rosa mesmo. E ao menos sobre isso eu nunca me iludi. Mas agora me responde. Porque pra mim as coisas sempre tem que ser um pouco mais difícil? Aquela frase do Calvin serviria como uma luva hoje: Já que o mundo é injusto, ele poderia ser injusto ao meu favor...

    - Se as coisas aqui dentro desanuviarem durante o dia, prometo que volto com algo melhorzinho. Ninguém merece ler isso o fim-de-semana inteiro.

    quinta-feira, março 13, 2008

    Trimmmmmmmmmm!




    Meu ex ao telefone ontem a noite:

    - To precisando conversar....

    - Te recomendo um terapeuta. Ele vai ter um prazer enorme em te ouvir.






    A pedido da Renata, vou colocar o SMS que rolou depois.

    Ele mandou: "Não te reconheço mais!"

    Respondi: "Algum dia você me conheceu?"


    Fim!



    Porque ninguém merece desenterrar os mortos!

    quarta-feira, março 12, 2008

    Carta ao Coração.

    Então tá. O negócio é o seguinte, você tanto pediu por isso, você tanto lutou e agora ta ai. Resolva! Coloque todos os pingos nos “is”, ajeite essa confusão e me diga o que eu faço! Como assim você não sabe?? Eu havia decretado a quase dois anos que essa coisa toda não era pra mim. Mandei você se aquietar ai dentro e se convencer disso. Mas se eu não sou uma pessoa obediente. Porque você seria?

    Mas agora escuta, segura a onda. A minha e a sua. Não da pra dar uma de descontrolado não. Porque a cara que esta sendo colocada a tapa é a minha. Segura a tua onda porque, já que você me meteu nisso, dessa vez eu quero fazer tudo certo. Como se eu lá soubesse qual o jeito certo! Mas você ta avisado, se tiver que juntar os cacos você vai sangrar junto comigo.

    Não tava bom pra você antes? A gente latia por ai feliz. Aproveitávamos muito. E nem tinha o medo do depois. A gente era feliz não era? (Não responda!) Ta certo que faltava alguma coisa, que alguma coisa tava fora do encaixe. Mas a gente levava bem. Agora tem esse turbilhão de coisas acontecendo e você quer que eu encaixe tudo sozinha!

    Pare com essas taquicardias e arritmias! E venha já me ensinar como agir. Não foi você que queria tudo isso, deve ter um plano estratégico. Agora me ensina como chegar ao x! É lá que eu cavo e encontro à arca dos tesouros né? Por favor, da pra me dizer alguma coisa coerente?

    Eu sei que você ta gostando, que ta se divertindo ai batendo freneticamente depois de tanto tempo num compasso morno. Mas é tão perigoso... E eu não sei se ainda tenho aquele gosto pelo perigo... Já tenho cicatrizes de mais pra me arriscar no bang jump... E não to precisando de um tombo de cabeça... Ok. Estou subindo. Aproveite. Mas não diga que eu não avisei!


    **A Clara Lu fez uma para seu relicário e eu fiquei com vontade...

    segunda-feira, março 10, 2008

    Monotemática.


    Sim. Completamente monotemática. Eu tento escrever diversas coisas e acabo voltando sempre ao mesmo ponto. Eu tentei escrever sobre meu novo corte de cabelo, curto, acima dos ombros. Mas acabei me dando conta na terceira linha que cortei meu cabelo, pois estou completamente diferente por dentro, que quis demonstrar por fora. E a culpa é sua. Depois eu tentei fazer alguns tópicos do meu dia, naquele estilo, fale pouco pra não falar bobagens. Mas lá pelo quinto tópico percebi que quatro deles direta ou indiretamente estavam ligados a você. Eu já comecei um texto que falava de horários, mas eu quis falar disso por conta dos teus horários malucos que me fazem sair de casa como uma desvairada às 2 da manhã. Um dia eu terei a sorte de gostar de alguém que tenha uma vida longe de mim das 8:00 às 18:00? E depois seja só meu? Sinceramente, acho que não. Eu tenho o dom de escolher o mais difícil.

    Eu queria mesmo era falar dessa bagunça toda que ta causando da minha vida. E me dei conta que já falei sobre isso. Mas parece que tem bem mais coisas bagunçadas do que linhas que eu escrevi. E que as coisas estão fugindo (ou já fugiram?) do meu controle e que eu estou morrendo de medo. Mas, mais uma vez isso já foi dito. Na verdade eu queria era que você soubesse de tudo isso. Mas eu finjo bem. Eu acho. E você não sabe de nada.

    Porque me disseram, e eu concordava, que devemos dar espaço, que não devemos demonstrar assim tudo. Porque a gente sufoca e assusta. E eu sei que tenho o dom de assustar. Então eu tento entrar no teu ritmo quando na verdade eu queria tudo mais acelerado. E quem foi o idiota que disse isso de espaço? Com você eu quero provar que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço!

    Eu sei, eu sei... Monotemática... Mas me dêem um desconto... Fazia muito tempo.

    sexta-feira, março 07, 2008

    quarta-feira, março 05, 2008

    Do que não posso mais negar...

    Meu corpo todo dói. Stress. Daqueles causados por quem sofre por antecipação. Daqueles causados por quem tenta decifrar o futuro não escrito. Meu sono foi-se embora definitivamente. Ando passando a madrugada a conta gotas, câmera lenta. Daquelas madrugadas que tu pensa, e não pensa nada. Daquelas que tu tem inúmeras conclusões, que não concluem nada. Que relembra. Ri e chora. Ri das lembranças e chora de medo.

    Ando tento palpitações. Suores e tremores. E mesmo sem dormir, os sonhos andam aqui do lado. Perdi os assuntos. E fiquei chata, confesso. Focada em um só. É isso faz as pessoas ficarem chatas. Tenho passado o dia com o celular no colo, esperando que ele toque, vibre, emita qualquer som. Se toca, e é você, espero quatro toques pra atender, como se estivesse ocupada de mais. Encho minha voz com um ar blasé, que acredito não te convencer. E quando não toca me pergunto que de tão importante e urgente você esta fazendo que ainda não bateu aquela vontade de falar comigo?

    Ando meio nervosa. Às vezes meio boba. E ultimamente minha paciência tem se evaporado como água no deserto. Sensações tomam conta do meu estômago, borboletas ou monstros se alternam e dançam freneticamente em mim. Respiro fundo e engulo o ar para não correr o risco de vomitar. Adquiri um novo mantra e o repito a cada minuto: “Devagar, bem devagar”. Não que eu acredite em mantras. Mas como você me fez acreditar em coisas que eu já havia desacreditado há muito tempo... Posso agora até acreditar no mostro verde comedor de pedras que mora no centro da terra.

    Tenho me sentido fora de mim. E meio sem chão por não achar minha cachorra. Será que foi domesticada, como disse a Clara-Lu? È. Eu ando assim e mais um monte de coisas que tento esconder pra tentar manter a credibilidade e a imagem desse blog.

    Mas agora. Eu me importo? Nem um pouco! Muito melhor essa vida montanha russa, do que a vida carrossel que eu tava levando. Já tava tonta. To preferindo me queimar a me afogar em água morna...

    segunda-feira, março 03, 2008

    Segredos...


    Algumas experiências são tão inesperadas, tão intensas e tão surpreendetes...
    Que acabam sendo impublicáveis...


    Agora tenho dois segredos!

    sexta-feira, fevereiro 29, 2008

    Gente grande...



    Eu só sei que tenho um bolo na garganta. Que não desce e não consigo vomitar. Eu só sei que assim beirando os 30 não aprendi metade daquelas coisas que diziam que eu aprenderia com a idade. Tem coisas que não sabia lidar aos 18 e continuo não sabendo. Não adquiri paciência e não perdi a pressa. Com a idade somente o grau dos nossos problemas mudam. E pra maior. E pensamos mais, bem mais. Como tudo era simples antes, onde qualquer ferida se curava com mercurocromo. Agora a gente derrama um vidro de mertiolate no corte só pra fazer arder. E já que eu acho que não tenho mais tempo a perder, porque me aconselham calma e espera? Por mais que eu reconheça é tão difícil simplesmente deixar que a vida tome seu curso. E é, pra mim, mais complicado aceitar que o poder de decisão não é meu. São essas pequenas grandes coisas do dia a dia que me fazem perder o curso, o rumo, o prumo. Quando eu era gente pequena tudo que eu sonhava era ser gente grande. Mal sabia o que dizia... Gente pequena é tão mais simples, não precisa seguir as regras do jogo, não esconde sentimentos... E principalmente não tem bolos na garganta indecifráveis. Gente grande... Não entendo o mundo delas... Bergth!

    quarta-feira, fevereiro 27, 2008

    Jogos



    Olha eu já fui uma boa jogadora. Eu já gostei desses joginhos que a gente faz sem propósito algum, apenas por diversão. Eu já achei interessante dizer “não” que significasse “sim”. E já gostei de largar aquele “talvez” às duas da manhã só pra deixar alguém confuso.

    Hoje eu sinceramente acho tudo isso muito cansativo. Meu “não” continua, às vezes, sendo sim, e meu “sim”, “porém”. Mas não mais pelo prazer que me dava esses jogos de relações humanas. Nesses eu não gosto mais de blefar. Eu não tenho mais idade, mais tempo e nem estrutura pra suportar tanto blefe. Minha sobrancelha vai arquear, meu queixo vai tremer e todo meu blefe será descoberto.

    Eu ando numa fase transparente, clara, translúcida... De sim que significa sim. E ponto final. Ou ponto de exclamação? Dou respostas objetivas a perguntas certas. Não embolo mais o meio do campo. Não aposto mais fichas que não tenho. E não vou além do meu saldo. Jogos podem até ter a sua dose de charme e graça. Blefar até pode fazer o coração acelerar. Mas garanto que conheço formas bem mais interessantes pra isso. Se você faz questão do jogo, que tal uns dadinhos em uma noite chuvosa? Até te deixo ganhar...

    segunda-feira, fevereiro 25, 2008

    Então...

    Então que de uma maneira geral todas essas sensações, esses sentimentos não me fazem bem. Não que não sejam bons na essência. Mas as incertezas, as dúvidas e essa coisa toda mais, me pira. Eu poderia dizer que sei quando alguma coisa acontece, pois tenho noites de insônias. Mas estaria mentindo. Eu tenho insônia sempre. Mas quando essa insônia se torna perturbadora, quando minha ansiedade, meu medo e minhas incertezas tornam-se tão desconfortáveis que chega fazer de todo esse desconforto, dor física.

    De um modo geral nada disso me faz bem. Porque eu preciso ter certezas, porque eu preciso saber o que irei receber em troca, no que estou pisando, e ter o controle de como pisar. Porque eu preciso estar segura. Eu preciso ter o controle sobre mim mesma principalmente. Então eu sei quando algo acontece, pois o que mais tenho pairando aqui são pontos de interrogação, pois vejo que minha pseudo-segurança não serve pra nada, quando eu me pergunto silenciosamente “que controle?”

    Medo. Talvez seja a palavra que melhor defina. Todos nós sabemos que a desilusão anda no enlaço de sensações como essas. E teve momentos da minha vida que isso nunca me importou. Mas acabamos por experimentar tanto dessa desilusão que ficamos por esperar que ela esteja sempre correndo atrás de nós. Medo de não saber ler mais os sinais que o outro demonstra. De não conseguir perceber. E de que talvez toda essa coisa boa que ando sentindo aqui dentro acabe por me fazer mal. Só que se tiver que fazer, vai fazer. Do ponto que to não sei se consigo recuar.

    quinta-feira, fevereiro 21, 2008

    Nas nuvens...


    Estão vendo aquela nuvem mais afastada à esquerda?

    Estão me vendo ali em cima?

    Não?? Como não?

    Mas eu tô! Repara só!




    Tabém se eu cair... Passar um tempão juntando os caquinhos rsrsrs

    Besos pessoas ( ho ho ho)

    quarta-feira, fevereiro 20, 2008

    Das pequenas coisas que te compõem.

    A Ana D perguntou, a Clara-Lu respondeu, e eu fui no embalo.



    Quais as coisas que você acumulou e que te compõem?

    Saias. Rasteirinhas. Óculos. Lente de contatos sempre no armário do banheiro (e sem saírem de lá nunca). Perfumes cítricos e amadeirados. Banho morno até no verão. Meu filho. Impulsividade. Ou é assim ou não é. Morenos. Sotaques. Escrever a lápis. Falar tudo. Caio Fernando. Cazuza. Livros. Musica nacional. Comédias Românticas e Suspense. Dedo podre. Pessimismo nato. Tudo com duplo sentido. Mafalda.Turma da Mônica. Cultura inútil. Clarice Lispector. Engenheiros. Falar, falar, falar. Ansiedade. Sofrer por antecipação. Certezas incertas. Uma certa incoerência. Vontade se mata. Gente bozinha só se fode. Pergunta constate: “ainda da tempo?”. Vinho. Cerveja e boteco. Culinária japonesa. Sorvete de chocolate e passas. Pastelina. Bala azedinha. Batom e lápis. Brincos grandes. Clorets. Tatuagens. Uma certa dose de peruagem. Cabelos finalmente crespos. Peitos peludos. Coxas grossas. Olho pequeno. Frejat. Hoje, agora, já. Armaduras. Humor negro. Ironia de sobra. Azul, preto e marrom. Cabelo preso pra dormir. Fatos e atos. Agir antes, pensar depois. Impaciência. Ter sempre que entender. Escrever. Querer, querer, querer. Medo de altura. Insônia. Reticências. Surtos verborrágicos. Apertar sempre na mesma tecla. Insistência. Fantasmas internos. Noite. Frio. Omiô. Urbana. Mulherzinha X Cachorra. Exagerada. Ogros sensíveis. E mais. Muito mais...

    segunda-feira, fevereiro 18, 2008

    Um bom filho a casa torna


    - Voltei pessoas! Morrendo de saudades de vcs!!

    - Mas ao me deparar com a minha mesa, tive a certeza que preciso de férias de novo... Estou soterrada de coisas. Então fiquem ai olhando algumas fotinhos até eu pôr isso em dia.

    - Assim que der prometo visitar todos! E fazer um post decente.

    - Eu juro que to morena (bem... comprando com a minha cor de parede de escritório de antes), mas na foto não da pra ver (alias tem bem poucas fotos minhas, e as que tem estão horrorosas rsrsrs)

    - Dá pra alguém me colocar por dentro dos assuntos do BBB? Hahahahaha

    - Nada assim de bombástico pra contar pra vcs... Férias totalmente família e bem tranqüilas, regadas a ceva e caipirinha...

    - Mas minha volta ta bem interessante (mas ainda sem detalhes...). Talvez eu venha a precisar de umas aulinhas de espanhol ho ho ho ho...

    quarta-feira, fevereiro 06, 2008

    Plantão de Férias!


    - Meu irmão colocou internet a rádio;

    - Isso não significa que ficarei pela net, tem feito dias lindos!! Saio as 8:00 e volto da praia só depois das 19:00h. Tomo banho e rua de novo!!

    -To bronzeada!! Amanhã tem parque aquático e nem to ligando (viu como férias faz bem a mente?);

    - Não visitei ninguém (se chover eu visito hahahaha), mas vim dar notícias pra vcs não morrem de saudades!!!

    - Era isso, vou que a cerveja ta esquentando!! (que vida difícil!)



    PS: Foto do Bernardo ontem na praia (não baixei todas ainda, e como podem ver não aprendi a arrumar a data!). Desculpe a correria e o post podre, mas ando sem vontade de escrever. Mente vazia e relaxada!



    Fui pessoas!

    quinta-feira, janeiro 31, 2008

    Férias


    - To indo, volto dia 18.

    - Aqui em Porto Alegre chove. Aquela chuva chata, fina.

    -Espero que pare e o sol apareça (ao menos dentro de mim!)

    - Me desejem sorte. Para o parque aquático. Para que tenha sol. Para que tenha alguma mudança. Para novos ares.



    Até a volta pessoas!

    terça-feira, janeiro 29, 2008

    Blá...Blá...Blá...

    - To sofrendo de uma espécie de falta-de-inspiração-preguiçosa-pré-férias. Tenho preguiça de tudo. E completamente sem assunto pra por aqui. Os que tenho não interessariam vocês.

    - Ontem tava de mau humor. Por isso não apareci. Era capaz de rosnar e morder. A crise aguda já passou. Agora só to rosnando, infelizmente.

    - Bobeiras Bobagem Besteiradas. Então que a tal miss têm aprontado poucas e boas. No maior estilo bêbada chata e fiasquenta. Mas vamos combinar que sem ela lá eu não daria metade das risadas que dou.

    - Tempo ta meia boca. Até domingo o jornal ta marcando pancadas de chuvas. To pensando em enganar o tempo e viajar só na segunda... Mas se tem uma coisa que eu gosto menos do que praia é praia com vento, e o nordestão ta pegando lá pras bandas que eu vou. To preparando meu saco, esvaziando completamente ele para agüentar o que me espera!

    - Se tem algo que me irrita é gente que se acha. Se tem algo que me irrita mais é gente que se acha e mente descaradamente. E se tem algo que me irrita infinitamente até a ponta dos meus cabelos é gente que se acha, mente descaradamente e eu simplesmente não suporto nem olhar pra cara sem ver o cinismo escorrendo...

    - Definitivamente eu só escrevo algo que preste se estou com raiva, triste ou apaixonada. Assim estando “nada” só sai essas coisas que simplesmente não interessam ninguém.

    - Se vocês me acham cara dura e sem noção deveriam conhecer a minha irmã. Em um dia ela marcou o recorde de perguntas indecorosas e sem noção. E nem eu tenho coragem de colocá-las aqui.

    - Minha sorte no orkut: "Sorte de hoje: Você e sua mulher terão uma vida feliz". Bizarro! Bizarro!!!

    - Então que tava andando na rua ontem e na minha frente vinha uma moça conversando com uma senhora de mais ou menos 70 anos. Ai que a guria fala: “então vó, eu to ‘FUDIDA’!” E a senhora dentro de sua sabedoria, para e olha pra a neta e dá um dos melhores conselhos que eu já ouvi na minha vida. “Mas minha filha, que graça essa vida tem se a gente não “fuder”?” E caiu numa gargalhada. Eu atrás não me agüentei e ria também. Pois é. Não da pra perder o humor, principalmente quando estamos “fudidas”.

    - Quanto “mente” neste post: completamente, infelizmente, descaradamente, infinitamente, simplesmente, definitivamente, principalmente...

    - Eu desesperadamente estou completamente e assumidamente sem nenhum assunto. Despretensiosamente.

    sexta-feira, janeiro 25, 2008

    Agonizando na produtividade.

    - Sono.Sono.Sono.Sono. Agora pergunta se a noite eu durmo?

    - Estou precisando fazer dieta! Minha mãe me perguntou sarcasticamente se eu iria comprar um maiô.

    - Como no vi BBB ontem, e não verei hoje, fico completamente sem assunto! kkkkkkkkkkkk

    - Vocês já viram um homem com uns 45 anos completamente apaixonado? Ta difícil de segurar. Ainda mais se esse tal homem é meu irmão e é casado a mais de 20 anos. Ta naquele chove não molha e não se decide o que fazer da vida dele. Não sou moralista e todo mundo sabe. Mas gamou na guriazinha, vai lá e assume isso, paga pra ver. Porque todo mundo já sabe, mas ficam fazendo esse teatro de normalidade. UP DATE: Ninguém entendeu, o problema não é ele se apaixonar (é ótimo se apaixonar em qualquer idade) é ele ser casado e ter se apaixonado não pela esposa!! E principalmente não assumir, e não saber o que fazer!

    - Definitivamente essa frescura de bloquear fotos e recados no Orkut é o fim. Aquilo perdeu toda a diversão que é justamente futricar na vida alheia! Ahh vai dizer que você não espiava o seu ex, a baranga... Confesse!

    - Naquele programa que mostra como o povo que viaja no google chega até os blogs, essas semana encontrei coisas do tipo: "o significado de tudo depende da flexibilidade do rabo da lagartixa" (eu falo muito isso, mas sentar pra te explicar vai depender da tua flexibilidade de imaginação); "qual a idade que já podemos beijar na boca?" (dizem que pra algumas outras coisas sentar e encostar o pé no chão já ta de bom tamanho, pra beijar quando vc descobrir o que fazer com a lingua ta valendo); "como fazer sexo anal sem doer" (Ky menina, muito Ky! Acrescenta ai um boa dose de vontade e já era!); "eu te perdi e foi por orgulho que não fui te procurar" (e quem nessa vida já não fez isso? ou melhor deixou de fazer, por orgulho. Mas quer saber? Foi melhor. Escreve ai, foi melhor! Orgulho faz com a gente não fique se rastejando por ai). Ai ai ai, cada uma.

    - Amanhã é aniversário da vaca mais amada deste pasto, então todo mundo lá para dar os parabéns certo? Porque ela merece! \o/


    Bom findi pessoas! Que semana que vem eu volte mais inspirada!

    quarta-feira, janeiro 23, 2008

    Produtiva?

    - Minha família é completamente exagerada. Resolvido meu esquema de praia. Vou mesmo pro meu irmão. Não devo fazer baladas e afins. A praia é calma (ta certo que é ao lado de uma movimenta até de mais) e minha cunhada não é o ser mais prestativo do mundo, então não teria com quem deixar o Bernardo a noite (quem sabe suborno minha sobrinha? rs).

    - Bobeiras Bobagem Besteiradas. Depois eu que uso óculos!! Que essa gente tem na porcaria da cabeça? Tira aquela coisa maravilhosa de se ficar olhando (ele nem precisava abrir a boca!) e me deixa aquele ser esquisito, narigudo e chato. Eu li num jornal local que a tal miss disse para o peguete dela lá que sentia falta de uma festa muito louca. Com “bala”, “ácido” e “outras coisinhas mais”. Não sei se a Globo passou. Não sei se é nem verdade. Mas que a guria é doida todo mundo já tinha notado, agora dar a cara a tapa assim na TV? Será que agüenta o tranco? Porque esse bando de gente moralista vai cair matando.

    - Bem então, minhas férias. Começa dia 01 e termina dia 15, ganho dois dias de lambuja e devo estar de volta dia 18. Pra deixar todos informados. Por favor, façam figa pra não chover (ano passado choveu os 15 dias inteiros!!!!).

    - Bernardo além da praia quer ir, nas férias, num parque aquático, vejam o que uma mãe é capaz de fazer! Eu já não gosto de verão. E ainda vou ter que encarar um parque aquático!! Sim, sintam pena!

    - Ahhh pra lembrar!! Dia 02 de fevereiro é dia de Iemanjá. Então acendam uma vela azul. Joguem flores no mar e façam seus pedidos!

    - Minha produtividade esta caindo vertiginosamente. To ficando sem coisa (in)úteis pra falar pra vocês.

    terça-feira, janeiro 22, 2008

    Continuando a Produtividade



    - Insônia, tem épocas que me persegue. Ando numa. Não, não tem uma explicação, não tem um motivo, não tem um problema, apenas aparece. E a infeliz resolveu dar o ar da graça. Acontece que fico o dia destruída, mas chega à noite, só deitar na cama que todo sono e cansaço desaparecem. Um inferno.

    - Eu vou pra praia nas férias. Ou ia. Nem sei mais. Tava tudo certo, ia pra casa do meu irmão que mora lá. Mandei um e-mail perguntando/avisando/comunicando, respondeu dizendo que as coisas por lá andavam meio “sinistras” e que me dizia durante a semana. Não sei, talvez babe. Se de fato não der certo e não arrumar alguém pra dividir uma casa ou uma pousada bem em conta, não rola. Se não rolar Bernardo vai ter um troço, a um mês ele só fala dessas férias.

    - Eu nunca tive um janeiro sozinha em casa tão comportada. Uma eximia dona de casa, sem a parte de lavar e passar todo dia, mas assim, bem caseira. Janeiro chegando ao fim da uma sensação de “bom, eu acho que evolui” e outra “que merda, perdi um mês inteiro de festa”. Mas sei lá, não aconteceu. Ou melhor. Aconteceu assim. Então por algum motivo que eu ainda desconheço deve ter servido para alguma coisa. Eu espero.

    - Acabei de reler Cartas, do Caio Fodástico de Abreu. Talvez agora essa nostalgia e esse buraco tão cheio dêem um tempo. Ou não. Vai depender do que vou ler. Pensei em reler “A Casa dos Budas Ditosos” do João Ubaldo, talvez assim aflore a cachorra que mora em mim e eu não tenho a mínima idéia de onde foi parar.

    - Assisti “Avassaladoras” ontem a noite na TV. Já tinha visto. Nada de surpreendente o filme, mas impossível não pensar ou não se reconhecer.

    - Contar pra vocês sem dar nome aos bois. Quinta fui ao aniversário de uma amiga. Trinta anos (ano que vem sou eu!), um pub meio Irlandês (acho!) e encontrei um cara ai que já esteve por aqui nos posts. Tanto lugar pra sair e tínhamos que ir para o mesmo lugar. Tava ele e a namorada. Veio me dar oi, me apresentou a namorada. Bem eu achei que a menina tava grávida! Como tava sem óculos e sem lente (que até agora não sei onde as enfiei) fui assim tirar a dúvida. Perguntei pra aniversariante, ela confirmou, gravidez gritante. Eventualmente eu e o cara nos falamos (motivos profissionais), então no dia seguinte ao aniversário nos falamos, fui obviamente dar os parabéns pelo Baby. Silêncio cortante doutro lado da linha. Eu sentindo a bola fora: “ela ta grávida, não ta?”. Não! Não estava. Só não quis um buraco pra me enfiar porque sou mais debochada do que envergonhada e cai na risada. Ria e pedia desculpas ao mesmo tempo... E só consegui pensar que a gente reclama de barriga cheia. Confesso que fez um bem filha-da-puta pro meu ego!

    segunda-feira, janeiro 21, 2008

    Patati Patatá

    - Epa lá! Que bando de auto ajuda é essa? Teve quem me mandasse ler/ver “O Segredo”! Vamos combinar né? È só mau humor, talvez alguma chatice extra. Mas ainda não enlouqueci! “O Segredo”? Não to nesse nível de lavagem cerebral. Ainda to preferindo sentar num boteco e chorar as mágoas, depois rir de todas elas!

    - Também não to com minha auto-estima abalada não gente. Sim, eu me amo! Só que sou modesta. Só que sou exagerada. E quando to de mau humor é tudo mais dramático. Mas passa, sem chance de eu cortar os pulsos (alias se fosse fazer algo desse tipo com certeza tomaria uns comprimidinhos, bem mais chic e limpinho! rsrs), então guardem o pretinho básico e os óculos escuros.

    - Pois é tem a minha bunda. Minha bunda realmente não ta essas coisas, mas ainda ta uma bunda. Ainda parece uma bunda. Não esta parecendo um pedaço de carne adiposa disforme. E não da pra perder as esperanças! Um dia entrarei na faca assim e sairei uma Jana aperfeiçoada!

    - Alguém ai nos comentários falou em príncipe encantado. Eu sempre fui mais do lobo mau. Mas digamos que eu tivesse um príncipe encantado, ele com certeza já caiu do cavalo e ta em coma em algum hospital!

    - Bobeiras Bobagem Besteiradas. Sim eu vejo. E sem discursos ai. Todo mundo vê. Agora o que foi aquilo do gatinho que pegou a miss gaúcha (alias ela é a versão loira da outra miss gaúcha que participou, passa a idéia de que no Sul toda mulher tem a mesma cara) querendo uma DR com sei lá, duas semanas de “ficação”? Ta certo que eu acho que a mulher lá extrapola. Ta beijando a boca do gatinho não ta? Então pra que ficar dançando com cara de “me come” pra todos os carinhas? Mas ai o maluco vir com aquele papo “quero te fazer uma pessoa melhor” não tem santo que agüente. Mas mulher é triste, aposto meu dedinho que ela vai se policiar agora. Tem mais. O barbudo quando anunciou de cantinho a homossexualidade dele, levou um milhão. Não gosto dele, mas escrevam ai. Mais ainda. Eu gosto de morenos todo mundo sabe, mas têm alguns loiros que me fazem abrir uma exceção. O que é aquele Rafael Galego?? De passar mal, com aquela cara de “nada me abala”, eu passo mal! Ta no paredão agora o coitado, se ele sair juro que o abrigo aqui em casa. A última, prometo. Aquela ruiva, não sei o nome da infeliz, me da nos nervos, o criatura com mania de perseguição! Vai pro analista!

    - Como podem ver voltei a ser uma pessoa extremamente produtiva!

    sexta-feira, janeiro 18, 2008

    Linha do tempo...

    Tempo. A vida era tão simples. Eu estudava, brincava, comia. E pronto era isso. Inocência. Com 9 anos no meu sonho aos 21 anos estaria rica (trabalhando como secretária porque eu achava legal), teria meu próprio apartamento ou dividiria com alguma amiga. Festas. Carro. Um namorado. E deu, era isso. Eu teria sido feliz assim. Aos 22 eu já tinha um filho. Um amor mal resolvido. Morando com minha mãe. E sem nenhum dinheiro extra. Realidade. Agora quase aos 29 eu tenho mais de um amor mal resolvido. Nada de dinheiro extra. Carências. Pensamentos complexos. Uma certa insatisfação. E minha bunda nem em sonho se parece com a minha bunda dos 20 anos. E só hoje, eu consigo entender que se a minha evolução continuar nessa linha eu estarei fudida e falida em pouco tempo. Mau humor.

    quarta-feira, janeiro 16, 2008

    Patética

    Então é isso. Lá no fundo. Bem no fundinho, não acredito mais nesse Amor (com letras maiúsculas), ao menos não nesse amor romântico. Mas aqui fora, na casca, no leve, a gente de uma forma e de outra espera que aconteça. Pateticamente a gente espera.

    Eu tenho evitado sentar para escrever algum texto assim mais “encorpado”, ando tão dramática, tão exagerada, tão patética. Me bate o medo de que em um desses meus textos truncados e ultimamente completamente melo dramáticos, vocês pensem que ou estou sofrendo de amor ou estou prestes a cortar os pulsos ou estou louca. Mas calma, nem tudo é assim tão gigantesco. Ao menos não assim por fora. Ando apenas um pouco afetada. O externo contribui. Sozinha em casa. Amiga de MSN para surtos diários trabalhando. Esse calor insuportável que me deixa mole, sem forças. Isso tudo contribui para carência saltar aqui dentro. Mas por fora to controlando bem. Quase um ser normal. Meio patético. Mas ainda dentro dos parâmetros aceitáveis de convivência social. Ao menos eu penso estar.

    Reler Caio também tem ajudado a acentuar essa fase me-socorre-que-niguém-me-ama-ninguém-me-quer-e-eu-vou-ali-cortar-os-pulsos, eu sei que acentua, porque piro junto com ele e começo a fazer conjecturas e dá nisso.

    A Lu, escreveu uma vez:

    Dizem que o diabo mora nos detalhes. Mentira! Deus mora nos detalhes. O diabo mora é no vazio.

    Não naquele vazio que Drummond achou que era falta, ausência. Felizmente ele descobriu em tempo de nos ensinar que esse era apenas um "estar em si". Não naquele que Nietzsche tomou por companheiro. Não naquele fundamental, transcendente e quase terapêutico que faz a gente se perguntar se Sartre não estaria certo quando disse que o inferno é o outro ...

    A casa do diabo é aquele vazio que ocupa todo o espaço que a gente dá e nos toma o restinho que sobrou, o que a gente não daria, se pudesse. É o vácuo que responde pelo nome que chamarmos e que se alimenta basicamente do que a gente pensa que é bom, alheio a verdade indigesta de que a vida real quase nunca é tão boa quanto à imaginação."


    Eu acho que resumidamente é isso, é um vazio tão preenchido, que não da pra explicar sem ser eu de certa forma melodramática. Desamor, sem não ter sido amor. Da pra entender? Sobra tanta falta! É essa coisa gritante que a vida real nunca é tão boa quanto à imaginação. E de certa forma eu ando vendo tudo tão mais real.

    Sem motivos para pânico. Eu ando apenas meio patética.

    Mas passa. Sempre passa. Passará.

    terça-feira, janeiro 15, 2008

    Caio Fernando Abreu e suas verdades que me cortam...

    "Será que isso que a gente chama de amor se passa sempre fatalmente em dois níveis? O da fantasia, da emoção real, poética - e o da realidade que descamba para a agressividade, para a dureza? Por que, na segunda feira, eles (nós) não revelam a carência do fim de semana e se dizem coisas duras? Realmente, por que, afinal? Se não seria mais fácil se a verdade pudesse fluir? Um pouco mais além: mas será que a verdade poderia mesmo fluir? Será que verdade e fluência não se opõem, contrapõem?

    E coisas como: amor existe mesmo? Ou só existe o permanecer de praços abertos, pronto (a) a receber alguém que nem sequer chega a tomar forma? E quando alguém, no plano real, toma forma, a gente imediatamente projecta toda aquela emoção presa na garganta do sonho. E fatalmente se fode, porque está tentando adequar/ajustar um arquétipo, uma imagem de toda a nossa infinita carência, nossa assustadora sede, a uma realidadezinha infinitamente inferior...

    (...)

    Há demônios às vezes incontroláveis que me vêm a tona."

    segunda-feira, janeiro 14, 2008

    Blá...Blá...Blá...

    - Bernardo e a prima (minha afilhada) montaram um bar. O local? O barzinho da sala da minha irmã. Os clientes? Eu, a avó, minha irmã e meu cunhado. Acho que cansados da gente ficar pedindo as coisas eles resolveram tirar algum proveito disso. Vendem tudo. Alguns preços que lembro: 01 copo pequeno de refrigerante: R$ 1,50; 01 copo pequeno de suco: R$ 1,00; 5 unidades de tic tac: R$ 1,00; e também oferecem vários serviços: Aluguel de gibi: R$ 1,00; 5 minutos de massagem: R$ 5,00... Em dois dias de funcionamento do bar, já tinham em torno de R$ 22,00... Empreendedores não? Rsrsrs

    - Relendo Cartas de novo, vi ontem uma frase que me pareceu maravilhosa, algo mais ou menos assim: “Depois de chorar duas cachoeiras, sempre podemos passar um creme Nívea”. Eu simplesmente adorei, não que tenha a ver com a minha fase, to carente e não tendo crises de choro... Mas eu acho que sei lá, sempre se tem “um creme Nívea”....

    - Alguma boa alma quer me dar de presente, me emprestar, me alugar... “Meu nome não é Johnny”, tava querendo ler antes de ver o filme...

    - Eu juro a vocês que se eu não comer peixe cru num prazo de uns 4 dias, terei um colapso nervoso. Ainda mais que ganhei uma cortesia de um festival de sushi (por conta de uma reclamação a um atendimento que fiz) em um restaurante maravilhoso... Mas não to afim de ir sozinha. Quer coisa mais deprimente, e o maior atestado de carência do que ir jantar sozinha?

    - Eu ando tendo crises por conta “off line” mas ainda não to pronta pra falar. Pode ser apenas neurose. Ou não... Só consigo é ficar pensando: “Não é pra mim. Não é pra mim. Se convença!”

    quinta-feira, janeiro 10, 2008

    E-mail em Retalhos...

    To relendo Cartas do Caio de novo. Sempre acho uma coisa nova naquele livro, impressionante. Minha casa ta uma bagunça, não tenho ânimo (ta fazendo calores absurdos aqui) pra arrumar e nem limpar nada. Mas já me dei o ultimato de hoje não passa, arrumo tudo aquilo.

    Eu sei, to embromando. (já viu que eu geralmente embromo quando faço merda?). É eu fiz merdinha. Mas não to arrependida não. Não to mesmo (...) Não sei se lê. Só falamos amenidades (e perversidades?) (...) Rimos, bebemos de mais (...) São 8:05 e eu cheguei em casa as 7:30. É contido de mais sabe? (...) algo bem assim Clara-Lu (...) Não sei se da algo ou não da nada. Não pensei nisso (...) não pensei (bom ou ruim?). Não sei como te explicar, não é bonito, mas é bonito. Não tem uma beleza plástica padrão. Mas me atraiu em alguma coisa. Se ao menos não fosse tão contido.

    (...) achei um "arivederci", soltei uma risada, não agüentei (...). Sei lá. To com sono. Meio de ressaca. Demais pensar nisso tudo agora (...) preciso perguntar se lê e o que lê. To falando nada com nada, penso e escrevo aqui pra vc. É saudade de te ter ali em tempo real. Queria saber o que tu pensa... Ai que falta tu me faz. Ao menos pra pirar comigo.(...) é isso, considerações são bem vindas. Tava pensando, queria escrever cartas como o Caio (pretensão eu sei) mas o leio e penso "devia dar gosto receber uma carta dele". Tinha umas idéias que ninguém mais tinha... Fugi do assunto. (...) To acabada hoje e indo no automático...


    * (...) Partes suprimidas.

    terça-feira, janeiro 08, 2008

    Sem graça...

    Não esperem muito desse post. Eu sei. Eu ando uma chata. Ando completamente vazia de assunto. Vazia de muitas coisas. Na verdade acho que nem engraçada eu ando mais. Ando dispensando todos os homo sapiens que aparecem perto de mim. Porque sinceramente de sapiens eles não tem quase nada. Aprendi a ler cada uma das mensagens subliminares que eles andam emanando por ai, e não to caindo nelas. Antes eu lia e deixava-me cair com consciência. Saca aquela coisa de mentira consentida. É. Eu acreditava naquele bando de mentiras sinceras. Era enganada com meu consentimento. Que grande desperdiço de tempo! O meu claro. Agora meu tempo tem valido muito, mesmo que o esteja gastando com horas atiradas no sofá relendo meus livros. Tem valido mais, do que aquele arrependimento que vem logo depois que me deixava ser levada (a qualquer lugar). Eu não gosto de solidão. Eu sou aquele tipo de pessoa que nunca gostou de ficar sozinha em casa. Mas aprendi que minha companhia acaba sendo melhor do que esse tipo de companhia que não me agrega em nada. Melhor o tempo perdido, do que ficar perdendo tempo. Sim, tem horas que me bate uma carência absurda (naquelas que nenhuma amiga pode fazer algo) e eu quase ligo pra um boçal desses que nitidamente só estão interessados no que eu tenho no meio das pernas e pergunto “qual a boa de hoje?”. Mas conto até 10, respiro e penso “não vale a minha ligação”. Volto pro meu sofá (eu agora ando querendo um puff) e pras minhas releituras. Já ouvi que ando ficando velha e seletiva de mais. Mas me digam que mal há numa seleção? Me diz o que no fundo ganhamos saindo por ai com esses tipos que não estam nem um pouco interessado em saber o que você pensa, o que você é? Eu acabava perdendo bem mais do que ganhando. Perdendo meu tempo. Perdendo a minha calma. Perdendo a pose. Perdendo o saco. Perdendo a noite. Sabem eu posso até ter perdido a graça, mas não perdi o humor. Eu posso até ter ficado mais chata. Mas estou me privando de um monte de arrependimentos futuros. E pra isso nem me importo de andar meio sem sal...

    sexta-feira, janeiro 04, 2008

    Polianice...



    É assim. Todo inicio de ano nos descobrimos imersos em crises existenciais, em projetos, em listas de promessas, em reavaliações. Eu não fiz lista alguma, e não me reavaliei, não escancaradamente, se fiz isso, foi internamente e com certeza de forma mais dolorida. O que aconteceu comigo foi bem pior: Eu nesse inicio de ano me descobri Poliana. Calma! Ainda não gosto de rosa, ainda acho um saco gente positiva sempre e ainda penso que a vida não é um mar de rosas. Minha face Poliana é mais disfarçada. Me confessei mulherzinha. E o pior, ando me confessando facilmente. O quer era arrancado de mim com dificuldade, hoje eu mesmo confesso sem esforço. Me tornei menos agressiva. E assim me exponho mais. A pior coisa de estar assim mulherzinha é que tudo dói mais, tudo machuca intensamente. De chorar vendo propaganda de TV! Não que naquela fase cachorra eu não sentisse as coisas. Mas era mais fácil de lidar. Era soltar um "foda-se". E pronto a vida segue. Era mais fácil esconder. Porque se sentia, mas não se mostrava, não se assumia. Não virava concreto. Agora não. Quando algo se torna concreto não tem como fugir do fato. Utopias e mais utopias. Sonhos e mais sonhos. É tudo mais gritante, em cores de Almodóvar. É ter que confessar que meu desejo de janeiro é bem simplório e por isso mesmo bem mais difícil. E se isso for evoluir, eu tenho que dizer a vocês, evoluir dói. E assusta mais ainda.

    quarta-feira, janeiro 02, 2008

    Ano Novo...


    * na foto dos pés, só eu com o pé esquerdo, não é agouro não, acontece que a unha do meu pé direito esta emagada por conta da cagada de natal...
    ** reparem que a esperta aqui não sabe arrumar a data na máquina!

    quinta-feira, dezembro 27, 2007

    Regente em 2008.

    Todo mundo sabe que não gosto de falar de religião aqui, pois religião é que nem bunda, cada um tem a sua. Mas muita gente me mandou um email perguntando que orixá regerá 2008 (coisa que se acha na net facim facim), e como cansei de responder os emails, vai aqui um resumo sobre Xangô, orixá que será o Regente de 2008.



    XANGÔ: Orixá da justiça. Comporta-se ora com severidade, ora com benevolência.

    Dia da semana: terça-feira

    Cor: vermelho e branco

    Número de axés: 06, 12, 24, 112, etc.

    Comida: amalá, (carne de peito, com mostarda e pirão)

    Função: demanda com justiça

    Características: dono dos trovões, justiça, pedreiras e espíritos.

    Saudação: kaô kabelecilê

    Sincretismo: Aganju-São Miguel e São Gabriel; Agodô-São Jerônimo; IBeji -Cosme e Damião;



    Bastante popular no Brasil, sendo confundido como um maior entre os outros, Xangô é um rei, porta-se como tal, cuida da administração do poder e principalmente justiça. Reina soberano na cidade de Oyó. É pesado, íntegro, possuindo um grau elevado de autoritarismo.
    Suas decisões são sempre baseadas na ponderação, na sapiência e bastante corretas. É o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Considerado por muitos como Deus dos Raios e Trovões. Acredita-se que Xangô utiliza o raio como uma das suas armas, enviando-o como castigo, após estudar os prós e os contras do filho, como num julgamento usando a famosa balança da justiça. Seu axé está concentrado nas formações rochosas, nos maciços a flor da terra.O símbolo de Xangô é o machado com duas lâminas cortantes, indicando seu poder, indicando o olhar da justiça em duas direções.



    Características dos filhos: O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Sua fisionomia, mesmo a jovem, apresenta uma velhice precoce, sem lhe tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Tem comportamento medido. É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gosta de pisar. É tímido no contato mas assume facilmente o poder do mando. É eterno conselheiro, e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalma-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor. A discrição faz de seus vestuários um modelo tradicional. Quando o filho de Xangô consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, torna-se uma pessoa admirável. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira.



    * O Orixá regente do ano, nada tem a ver com o orixá pessoal de cada um. O meu por exemplo é Iemanjá.



    ******************************


    Aproveito para desejar a todos um FELIZ ANO NOVO!


    Meus desejos de fim de ano?
    Que cada um chegue exatamente onde quer chegar. E quando 2008 acabar eu não tenha essa sensação de que perdi toda a diversão.





    UMA NOITE MARAVILHOSA PRA TODOS!

    quarta-feira, dezembro 26, 2007

    Papai Noel me deu um presente...

    Passei o Natal de vestidinho e havaianas, não que estivesse fazendo complô a essa gente toda que se enfeita pra comer peru e rabanada. É que eu tanto falei do Natal, tanto falei que essa época é um saco, que Papai Noel resolveu me dar meu presente antecipado pra que eu pudesse aprender. Na sexta feira, deixei uma mesa de centro feita de madeira de demolição cair sobre meu dedão! Além de arrancar um naco do meu dedo, simplesmente quebrei minha unha ao meio! Vocês devem imaginar como esta lindo. Realmente eu senti o espírito natalino latejando em mim...

    Eu sou uma pessoa de sorte, de muita sorte. Quem me tirou no amigo secreto foi meu cunhado (valeu Noel), que tem o dom de querer ser engraçadinho. Havia pedido maquiagem de presente. Ele me comprou um estojinho de sombras para crianças, da turminha do querubim. Se eu ainda tivesse bonecas elas ficariam lindas! Eu mereço! Eu mereço!

    Mas o que valeu mesmo foi ver o Bernardo, a ansiedade dele pelo amigo secreto, valeu todas as risadas. Cada um que ia revelar o seu amigo secreto dizia “meu amigo secreto é chatoooooooo” ele corria e abraçava “sou eu! sou eu!”, e a felicidade dele com os presentes...

    Na terça, fomos a Gramado, na serra gaúcha, onde acontece o Natal Luz. Bernardo quase teve um troço, no mini-mundo, na Aldeia do Papai Noel.... Depois que estiver com as fotos, coloco algumas pra vocês verem.

    Agora acabou, vou curtir meu presente antecipado algum tempo, e muito provavelmente meu look para ano novo será o mesmo, havaianas em mim!

    quarta-feira, dezembro 19, 2007

    Notinhas bobas de uma pessoa que anda meio se graça. Ou será a vida que anda assim?



    - Então que inventaram um amigo secreto lá em casa, e não adiantou nem eu ser contra, fui voto vencido. Agora, eu que já tinha encerrado a minha odisséia de compras, vou ter que voltar a elas, as vésperas do famigerado Natal... Eu realmente mereço!

    - Então que Bernardo e minha mãe vão para o Natal na minha irmã e não voltam, ficam lá até final de janeiro, quando eu saio de férias. Um mês inteiro com a casa vazia. Alguém ai ta afim de fazer umas festas e atazanar meus vizinhos?

    - E por falar em vizinhos, eu nunca falei deles, são estranhos, tirando um ou dois apartamentos com gente normal o resto é bem estranho. Meu visinho do lado é manco e anda pelado o tempo todo dentro de casa. Como eu sei? A janela do meu quarto é de frente a janela da sala dele, tem cortina, acontece que ele colocou uma cortina transparente. Meu vizinho de porta, é um velho surdo, mas surdo de pedra, estranhamente quando alguém faz uma festa ele reclama do barulho. Esse mesmo vizinho, vez um auê uma vez quando a filha dele, de 35 anos (e segundo ele, virgem) apareceu grávida, fez com que trocássemos todas as chaves da portaria do prédio porque ela fora atacada, com certeza, ali dentro. Três apartamentos são da mesma família, todos judeus, e tem uma moradora, a campeã da baixaria e estranheza, que para implicar com as coitadas as velinhas, vai pra janela e começa a fazer a saudação a Hitler. Acho o fim, mas o que falta pra ela é sexo, mora sozinha com dois cachorros e nunca na vida vi ela com um homem. Alias é tão chata que uma vez em uma excursão a um templo budista, a deixaram no meio do caminho! O sindico é um bosta, advogado frustrado e fracassado, fica o dia todo passeando com o cachorro vira-lata dele e não cumprimenta nenhum morador. Meu prédio parece o Jambalaia. Kkkkkkkkk

    - E por falar nisso, aquele programa o Toma lá, Dá cá, eu gosto, mas gosto muito mesmo é da atriz que faz a empregada.

    - E por falar em televisão, eu li por ai (sim eu leio revista inúteis de fofoca) que o Juvenal Antena vai morrer e ressuscitar.... Seria o espírito natalino que esta atacando o autor?

    - Vocês viram como estou produtiva?

    terça-feira, dezembro 18, 2007


    "Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada..."


    Caio Fernando Abreu

    sexta-feira, dezembro 14, 2007

    POR QUE MOTIVO VOCÊ SE GUARDA POR TANTO TEMPO?


    Me perguntaram isso nos comentários do post sobre castidade. Porque me mantenho virgem. Claro que foi falta de atenção em ler o post. Claro que todo mundo aqui sabe que de virgem eu devo ter o nariz. Mas psicologizando a coisa, a gente acaba se guardando mesmo.

    Guardo as minhas vontades, por medo de não realiza-las. Guardo meus sentimentos por medo de não serem correspondidos. Guardo meus desejos por medo de serem simples ou bizarros de mais. Mantenho virgem algumas das minhas palavras, por não saber se é hora de dizê-las. Preservo alguns dos meus sonhos que não confesso por simples vergonha. Meus medos são guardados a sete chaves, pois preciso manter virgem a minha imagem de fortaleza.

    Guardo tanta coisa, por tanto tempo porque muitas vezes é melhor enlouquecer sozinha no seu caos interno, do que ser incompreendida nessa constante busca de sensatez diária que tanto os outros travam. Porque ao nos preservar nos tornamos responsáveis por nossa danação ou nossa salvação. É um processo único e solitário. Que apenas os que também se preservam podem entender e ver o que escondemos por tanto tempo. Somente esses.

    quinta-feira, dezembro 13, 2007

    Lei de Murphy


    Ele existe. E me odeia. Olha eu devia ter decidido por essa coisa de castidade antes. Bem antes. Foi eu tomar a decisão e chuva de homem na minha vida. De bombeiro desconhecido que me parou no meio da rua. Passando por “a gente pode se conhecer e ver no que dá”. Até futuras propostas de casamento. Uma enxurrada.

    Impressionante isso, parece coisa do demo pra testar a força de vontade. Pra ver se caio em tentação. Por enquanto continuo firme e forte. Por enquanto... Ainda focada no meu objetivo. Agora vamos ver quem resiste mais, eu ou Murphy. Apostem!

    segunda-feira, dezembro 10, 2007

    Sexo é escolha...Amor é sorte...


    Vou virar casta. Eu querendo apenas fazer amor e o povo ai nesse oba oba por sexo. Não que eu já não tenha feito parte desse grupinho. Fiz. E ainda continuo gostando de sexo. Do babado todo. Mas não é mais o que quero. Assumo minha fase carente. Minha fase mulherzinha. Não é o que quero. Sexo eu posso ter. Todo dia. Com pessoas diferentes. Pra todos os gostos. Tipo menu de restaurante. Mas não me basta mais. Porque sei que vou acabar pensando, que com um ou outro, eu poderia andar de mãos dadas e fazer amor. E eu simplesmente cansei de pensar. Eu quero é fazer. E a melhor coisa de conseguir fazer algo é, no caso, não fazer. Se quero amor não posso sair por ai trepando como uma louca insana. Nem por uma pele mais bonita. Nem por alguns minutos de êxtase.

    Eu quero aquela coisa toda que a gente sabe que é fazer amor. De olho no olho, porque se tem certeza que é com aquela pessoa que se quer estar. De não ter pressa. Do carinho por si só. Porque sexo por prazer é trepada. E sexo por amor é carinho. É o não egoismo. É quere receber, mas também dar prazer. É toda aquela coisa toda que acho não ser preciso explicar pra ninguém.

    Foi então que pensei em castidade. Momentânea claro. Se quero fazer amor eu tenho que parar de fazer o que não quero. É simples. Porque se eu ficar muito, mas muito tempo sem fazer o que quero, e nada do que não quero, pode ser que eu consiga achar em algum canto algo que eu quero. Não é possível que entre milhões e milhões de pessoas não tenha UM que queria o mesmo que eu. E claro, que possa me amar. E mais ainda, que a gente se encontre por ai antes dos meus 60 anos. Bem, há uma grande probalilidade disso nunca acontecer. Então morrerei casta. Mas ai eu tô literalmente fudida. Sem fuder. Alguém consegue imaginar coisa mais irônica e filha da puta?

    Quero é encontrar alguém que queira andar de mãos dadas comigo. Para então fazer sexo com ele. E não fazer sexo e depois querer andar de mãos dadas, mas acabar é de mãos abanando. Sei que isso pode ser só uma fase, posso acordar curada disso tudo, novamente com aquela cachorra que mora em mim latindo alucinadamente, desesperada com a chatice que eu transformei a vida dela, chutando essa mulherzinha pra longe, tão longe que demore algum tempo pra voltar. Mas talvez, e eu suspeito que sim, vocês não ouçam latidos por aqui tão cedo... Tsc... Tsc...


    ____________________________________
    UP DATE:
    Só para avisar que ELA esta de volta, direto da terra do sol nascente.

    sexta-feira, dezembro 07, 2007

    Blá blá blá

    - Então já temos uma nova moradora há mais de uma semana, Pitty, a York que Bernardo ganhou do Padrinho. Como já tem 3 anos, não passei com aquela fase de choros na madrugada. Esta sendo mais fácil do que esperava, ela quase não late, faz as cacas todas no lugar certo e dorme bonitinha na almofada dela. Bernardo e minha mãe têm passeado com ela todo fim de tarde.

    - O futuro “homem da minha vida” do post aquele não vingou. Embromação de mais. E eu ando sem saco pra qualquer coisa enrolada.

    - Acabei de ter uma overdose de Natal, na função de organizar a empresa (sobrou pra mim), imprimir os envelopes para os cartões.... Minha cota de coisas fofas de Natal esgotou-se.

    - Todo mundo me pedindo presente de Natal, Bernardo, afilhada, mãe.... E eu peço os meus pra quem?

    - Gente, o post passado é só uma maneira de ver as coisas, uma forma de expor o que sinto ou como me sinto. Mas calma, não estou a ponto de cortar os pulsos. Ao menos por enquanto. Pretendo entrar de penetra, mas ainda não achei a porta ou muro que eu pudesse pular.

    - “Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro” Caio F. – Lixo e Purupurina – Ovelhas Negras. Pois é...

    quarta-feira, dezembro 05, 2007

    E meu convite? Deve ter ficado embaixo do tapete....

    Então o tempo esta passando. E vou passando também. É, só passando. Espectadora de algo bem maior que acontece em algum lugar. Como se em algum momento alguma luz fosse acender bem e cima e dizer: “Ei chegou a sua vez de participar”. Como se uma hora viesse um convite para fazer parte de tudo isso que acontece. Seja lá o que for. Porque afinal deve acontecer alguma coisa além disso. A festa rolando e você de fora. Qual a senha para ser convidada? A palavra mágica?

    É culpa desse oco. Desse vazio que enche tanto. Sufoca. É o que faz dormir mais, não para sonhar com algo que aconteceu, mas simplesmente por não querer acordar e nos dar conta que ainda não fazemos parte de nada. É algo como tentar pegar e achar o nada. Apertando a mão bem forte como se o vazio pudesse ser materializado. É o não querer ficar em casa sozinha. Mas não querer sair pra rua. Pois ser sozinha na rua é muito mais deprimente e assustador do que dentro das suas quatro paredes.

    É não querer nem enlouquecer. Mas enlouquecer, e andar por ai com olhos que imploram um pouco de algo palpável, esperando que apareça um convite para essa festa toda que acontece e você só observa. E esse “não acontecer nada” nos faz ter fé por piedade própria. Pedir em lugar de agradecer. Topar aventuras tortas com olhos famintos de quem espera compulsivamente estar agora fazendo enfim alguma coisa.

    Comer chocolate pois ele substitui o sexo e causa alegria. E ver que até para alegrias tem tipo. Tem forma. E que nem todo tipo –de alegria- sacia a sua vontade, quando ela não é de chocolate. E essa coisa toda de assistir algo maior acontecendo nos faz chorar do nada. Esperar o milagre. Mesmo que não se acredite neles.

    É querer tanto algum movimento, alguma coisa, algum acontecimento e ocupar nossa vida com açucares, paixões forçadas ou simplesmente nos ocupar do nada. É ocupar a vida dos outros com carências, reclamações e questionamentos intermináveis. Consolar-se quando encontramos alguém assim tão oco quanto nós. Tão desesperado quanto nós. E no final, respiramos resignados. Não fomos só nós que não recebemos o convite...

    segunda-feira, dezembro 03, 2007

    Então é Natal... Ahhh não torra!



    Dezembro começou e ninguém fala em outra coisa. É Natal! Todo mundo querendo saber onde vamos passar o Natal (dá pra ser num lugar bem longe de qualquer luzinha e da Simone cantando?). Com dezembro, e esse clima todo de “somos pessoas felizes e melhores” meu humor característico pra época do ano começa a tomar conta do meu ser. Bernardo já começou a me enlouquecer com a Carta do Papai Noel e sua lista de presentes. Nada modesto por sinal. Bem menos modesto que ano passado.

    Todo mundo se amontoando em shopping para comprar os presentes. E eu nem sei ainda de onde tirarei dinheiro para tal fato. Querendo saber o que vão vestir, o que vão comer, o que vão ganhar. Por mim podia ser um chinelinho e um pijama, pra combinar com esse lugar distante que eu gostaria de estar na noite fatídica. Eu não tenho nem idéia do que vou almoçar hoje (e já são 11:00hs) vou pensar agora que vou comer no fim do ano? Como se a ceia mudasse muito. Peru, ou suas variações, rabanada, salada.... Todo ano a mesma coisa, gente sem criatividade.

    Não montei e sinceramente se depender da minha boa vontade, nem montarei árvore de Natal. Ainda bem que eu tenho uma mãe que acha um absurdo não monta-la e vou continuar me amarrando até que ela faça isso.

    Quem vem aqui há mais tempo sabe que dezembro pra mim é um mês perdido. De humor oscilante e quase sem saco pra nada. Então os “novatos” não se assustem. Não sou anti-social. A gente até podia marcar uma cervejada em algum boteco na noite de Natal. Desde que seja completamente distante de qualquer luz tosca piscando e da maldita da Simone que já começa a gritar nos corredores dos shoppings. Com a condição de quem ninguém de a idéia de fazer amigo secreto.

    Depois vem fim de ano. E confesso que sou mais tolerante a respeito. Até chego a fazer alguma movimentação. Desde que não comecem com aquilo de “retrospectiva” porque se você fez merda e deu tudo errado o ano todo, adianta chegar no ultimo mês e fazer análise? Promessas de ano novo então... Como se mudasse o ano e mudasse a sua vida. Tudo de novo que você vai ter são as contas do cartão de crédito que você torrou no Natal.