quinta-feira, agosto 07, 2008

“... não tenha medo... quando começar a conhecer os meus segredos...”*


Eu gosto de Fábio Jr. De verdade. De cantar com olhos fechados e tudo. E eu o acho sexy, daria pra ele sem nem pensar. Mas bem, ninguém precisa saber disso não é mesmo?
É segredo.
Eu tenho uma cinta liga rosa choque, só que isso eu não conto nem sob tortura.
Eu descrevi detalhadamente algumas transas ridículas para amigas.
E se eu souber que alguém comentou isso, eu nego.
Ah, e já que estamos nesse assunto, para quem me pergunta, “com quantos”, eu minto sempre. E pra baixo, claro.
Boca de siri!
Se algum cara me chamar de mina, gata ou deusa. Eu o bloqueio no msn. E faço cara de paisagem se cruzar na rua.
Eu sinto uma vontade de mandar a merda quando escuto alguém dizer “a nível de”, “um plus a mais” ou qualquer outro assassinato a língua portuguesa. E internamente agradeço por não falar asneiras sem tamanho. Acontece é que eu me acho! Só que ficaria feio pra mim admitir isso!
Se me convidam para “pagode na piscina” ou qualquer outra coisa que inclua pagode, funk, muita gente suada e muita cerveja. Meu cérebro dispara : Pobre! Pobre! Pobre! E eu sorrio, não aceito educadamente e a gente se dá bem.
Eu acho ridículo quem sofre de amor. Só que tenho uma coisa masoquista e preciso de todo esse processo e até o valorizo. Prazer na dor. E juro toda vida que se acontecer de novo, eu mordo o travesseiro até a crise passar.
Mas quem precisa saber disso?
Eu comia hóstia, da igreja do lado da minha casa quando era criança, sem nem ao mesmo ter feito primeira comunhão!
Mas boca de túmulo, que isso é pecado!
Eu já tirei a calcinha sentada à mesa de um restaurante, sem que ninguém percebesse. Eu já tive porres enormes, de ter feitos coisas absurdas e até hoje se alguém comenta, digo ser mentira.
Já fiz xixi no mar.
Já fingi orgasmos.
Só que tudo isso é segredo!
Eu já pisei em pessoas, eu já magoei propositalmente. E eu muitas vezes toco no ponto mais sensível de alguém. É só pisar no meu calo. Não me orgulho não, me falta uma dose de altruísmo. Mas isso não é coisa que a gente saia confessando assim sem mais nem menos.
Já imaginei minha vida sem filho, e teve horas, minutos que eu achei que seria perfeita. Ainda bem, que essa é das coisas que dá e passa.
Eu acho rachar conta de última. E a não ser que eu queria muito passear naquele corpo, o “cerumano” provavelmente nunca mais me verá na frente.
Eu tenho cara de metida. E gosto.
Entre falar e calar. Eu falo.
Entre rir ou chorar. Eu rio da minha cara.
Piscina ou Praia? Piscina.
Sou meio intolerante e impaciente. Não suporto barata, adoro peixe cru. E não gosto de Skank. Entre um homem sensível e um Xucro, fico com o segundo. Ainda mais se ele tiver o peito peludo. Sou tarada por coxas grossas. Na verdade eu sou meio tarada mesmo.
Prefiro gente ácida a humor industrializado. Pub a “balada”. Vinho a coca cola.
Não gosto de ouvir Caetano Veloso, olhar pra ele me enerva. Acho o Moacir Sclair um porre. Mas adoro o David Coimbra.
De todos os meus segredos, tem apenas um que eu nego até pra mim. Pura vergonha!
Fazer o que? É verdade. A mais pura verdade.
Sou essa boazinha cheia de maldades engraçadinhas. Ou essa má com bondades esporádicas. Depende que lado você esta.
Minhas maldades não fazem diferença alguma na tirania já existente. E minha bondade não serve nem pra me salvar.
E isso tudo não interessa a ninguém. Nem a mim mesma, que já sei de tudo isso que me faz eu.
É segredo viu?!
Psssss!
Não vão dar com a língua nos dentes!



* Frejat – Segredos.
** Inspirado numa crônica de Cléo Araújo – Sem Segredos.

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