sexta-feira, novembro 24, 2006

Não vou me apaixonar...


Eu não vou me apaixonar por você. Não mesmo. Decidi isso no instante que te conheci, e com o passar do tempo, das conversas, dos dias, apenas reafirmei a cada dia minha decisão. Não que você não merece que alguém se apaixone por você, não que você não tenha qualidades que levem a isso. Não isso. Você é um cara fora de série, nos damos bem, é interessante, você entende as minhas piadas inteligentes, e você as rebate como ninguém (se bem que nisso eu sou melhor que você). A gente goza com o cérebro do outro.

Nosso papo flui maravilhosamente bem, vamos de paradoxos complicados, passando por sexo, e bobagens num único enredo. Nosso sexo, bem sem comentários, você sabe tão bem quanto eu. Você entende as milhas palavras complicadas, minhas mensagens subliminares, lê minhas entrelinhas. Você também é engraçado e me faz rir (geralmente me apaixono por quem me faça rir), é extremamente excitante essa nossa “queda de braço” de melhores respostas rebatidas.

Então quando me perguntaste ontem, se eu te levaria a sério, pensei antes de responder (sim, você percebeu, eu não rebati a bola de imediato, deixei ela quicar algumas vezes), e sem dó soltei um não, daqueles bem redondos. Eu vi, você não esperava isso. Mas eu não me apaixonaria por você baby. Você é franco de mais, eu sei das tuas fragilidades, eu sei das tuas deficiências num relacionamento, eu conheço você e vejo a sua alma. E a culpa é sua, pois você me mostrou tudo isso.

Discordamos em muitas coisas, mas discordamos mais quando você me disse que eu poderia te ajudar a mudar nisso, não baby não tem como, ninguém muda ninguém (aprendi a duras penas), alguém só muda se for sozinho, e como te disse, se não for na essência. E eu ainda não sei se é a tua essência que tu desejas mudar.

Eu não me apaixonaria por você, pois na paixão somos bem diferentes. Você mesmo me disse, que não consegue se envolver a ponto de deixar a pessoa entrar de vez na sua vida, que é dedicado, fiel, companheiro, mas não depende em nada de ninguém e ninguém depende em nada de você. Que você simplesmente não consegue transformar o eu e tu em nós. Por isso não me apaixonaria por você, eu sei, você já sabe, precisei te explicar ontem o não da minha resposta, dificilmente tenho que te explicar algo né? Você sempre saca. Mas no fundo, você sabia do que eu estava falando.

Eu me jogo de cabeça, eu preciso me fundir com a outra pessoa, eu preciso do nós constante (isso nada tem a ver com dependência, com perda de identidade, é comprometimento, é entrega). Mas você não esta pronto pra isso, e eu não estou pronta pra esse teu jeito livre de amar. Um relacionamento assim é como um amigo que você transa esporadicamente.

Eu quero mergulhar fundo na vida de alguém quando me apaixono... E você ainda prefere que fiquem nadando no seu raso. Mas nesse ponto baby, sou meio peixe, eu morro fora d’água.

Upidaite

Recadinhos:
Lidiane - Há dois dias não consigo entrar no teu blog, sou direcionada a uma pagina muito louca. Então, não é falta de educação a minha não presença lá... rsrs
Retratada - Assim que aparecer por aqui, pode deixar o link do seu blog? rs

3 comentários:

Anônimo disse...

DESCREVE-ME

*Descreve-me numa só palavra. **(Apenas uma)

Este é um desafio k faço a todos os amigos para mais pormenores vai ao Blog da sofia... Beijinho

Anônimo disse...

não tente mudar alguém se você não vai mudar também... no amor é preciso fazer concessões... às vezes transformar que está bom como está em sério é o pior que se faz... o melhor do amor é ele não ser sério, ele tem que parecer uma brincadeira que pára tudo ao redor, o tal do beijo que silencia fundo, poucos se beijam assim hoje em dia uma pena, querem encaixar o amor em regrinhas e o beijo deixa de ser uma "arte" para fazer "parte"... o sexo se encaixa na mesma categoria, fazemos mais sexo que amor, o que não é problema, sexo é bom, até melhor que amor, amor é pra depois, amor é para compartilhar pensamentos, livros, filosofias, o que está aqui dentro e que apenas poucos vêm e nos tira, entende a nossa língua... sexo é mais que isto ou menos que isto, por isto você faz bem em não pesar sexo nesta balança, faz bem mesmo... quantas vezes não fazemos sexo somente porque a garota é o máximo entre quatro paredes? Fora delas volta a ser uma simples mortal... Este é o problema do amor: queremos heroísmo da parte do outro e outro no amor precisa ser um simples mortal, cheio de fragilidades e defeitos, que amamos e perdoamos, toleramos e defendemos, ou colocamos como obstáculos quando "cansamos"...

O Meu Jeito de Ser disse...

Eu não vou desistir não.
Estava terminando meu comentário aqui, e acabou a energia, haha, mas eu voltei.
Jana não tinha vindo aqui ainda, mas amei seu blog, vc usa as palavras de forma gostosa para falar de amor, e isso eu gosto.
Vim voando lá do DO, porque achei lindas suas palavras sobre a afinidade, as vezes a gente não para pra pensar no sentido das coisas, mas é exatamente isso que vc falou sobre afinidades.
Sepermitir vou voltar tá?
Um beijo