Na verdade é crise gente! Uma crise existencial das bravas. Aquela crise que dizem que toda mulher passa ao fazer 30 anos, to passando agora aos 27 (tenho que ser precoce não?). Aquela coisa de estar me achando velha e ao mesmo tempo pensar que ainda dá tempo de fazer muita coisa.
Aquela coisa de estar sozinha, e achar isso o fim do mundo, misturado com aquela coisa de que estar sozinha é uma possibilidade de conhecer alguém interessante... De olhar pra minha vida e gritar: “PORRA O QUE EU FIZ NA MINHA VIDA?”, mas ao mesmo tempo de ver o que passei e dizer: “Ok, vivi muito, errei pra cacete, mas agora te concentra e vai lá”. De achar que não dá tempo pra mais nada, ou de achar que ainda tenho todo tempo no mundo.
Quando o mundo desaba, ele nunca desaba aos pouco sobre você, ele cai total, te deixa soterrada pra ver se você tem forças pra se desenterrar. E eu to aqui soterrada em dúvidas, em devaneios, em sonhos perdidos, sonhos sonhados, soterrada em baixo de pessoas erradas, de escolhas equivocadas. Tirando grão a grão a areia que me cobre. Mas não tenho mais a mesma disposição, a mesma leveza de antes pra encarar tudo isso. O que tenho de sobra é ansiedade, é loucura, é pressa e estas juntas não são uma boa combinação.
Ansiedade sempre foi àquela pedra no meu sapato, sempre tive, sempre sofri por antecipação, sempre queimei a língua por medo de não poder comer quando esfriasse. É uma revolta no peito, que vai te apertando, apertando e se você não domina sente algo explodir aqui dentro. Deveríamos aprender a controlar a ansiedade com o tempo, vamos adquirindo experiências, a vida vai nos ensinado e quando vemos estamos domando nesse sentimento desvairado, não? Não! Comigo não, era menos ansiosa quando tinha meus 17/18 anos, acho que naquele tempo eu acreditava que tinha tempo a perder, que podia esperar as coisas acontecerem. Hoje, esperar me dá calafrios, não depender de mim me faz ficar doente, e a ansiedade que sinto se torna visível, exala por todo canto do meu corpo.
É crise! Crise de pessoa louca! De pessoa descentrada. Se bem que não sei se alguma vez na minha vida eu fui centrada, mas com certeza eu nunca estive tão longe do meu eixo, nunca estive tão em dúvida sobre o que fazer. Uma tristeza que brota do nada, uma sensação de perda de algo que nem ao menos sei se tive. Um vazio, que é cheio de vento, uma falta de sentir. Saudades de tempestades que me arrastem, saudades de calmarias que me acalentam. Saudades de algo que eu nem sei bem o que é.
É crise!! É crise! Coisa que dá e passa (ao menos dizem...)
3 comentários:
Jana,
Se continuar dizendo-se velha aos 27 anos e nã entro mas em sua casa ok??
Beijoooooooooooossssssss
Oxe!Mulher!Tu tah na melhor fase da mulher!Aproveita!
Bjoxxx
É a crise dos 28, Jana.
Crise de 7 em 7 anos. ;)
Coisas do astral.
Beijos e vai passar.
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