sexta-feira, dezembro 17, 2004

"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando." (Clarice Lispector)
Paro no tempo e penso
Penso na vida
Penso em mim
Descubro com magoa
Que vivo por viver
Que não tenho destino
Nada me pertence
Não pertenço a nada
Ninguém pensa um minuto
Nos minutos que vivo a pensar
Paro novamente...
Encontro-me cercada de ninguém
E a cercar ninguém
No vazio desta existência
Não mais procuro entender
Ou mesmo ser entendida
Vivo simplesmente
Para suportar a presença estúpida
De um mundo ao qual eu não pertenço

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