sexta-feira, outubro 13, 2006

Reflexos de um músculo involuntário...


Sou oito ou oitenta. Os outros 71 não me interessam. Sou dos extremos, das sensações desconcertantes, de euforia ou depressão, não sou de estar mais ou menos. A minha vida nunca “vai indo”, ou vai ou não vai. Sinto tudo grande, alegria, amor, tristeza, vontade, desejo, dor... Por isso mesmo não sei ser indiferente a nada, não consigo ser indiferente as pessoas. E como algo que não sei fazer, também não sei lidar. Ame-me, ou me odeie, você tem toda liberdade disso. Xingue-me ou me diga palavras de amor, posso até não gostar de ser xingada, mas lido muito melhor com isso. Não sei lidar com pessoas indiferentes, não sei, assumo. Eu mesma queria ser assim, queria ligar o foda-se, mas eu não sou...

Sensações, boas ou ruins, borbulham dentro de mim, e entram em erupção. Eu preciso disso, eu preciso falar pra você o que sinto, o que não sinto, o que quero o que não quero. E acho que todo mundo deveria ser assim. Acho isso por egoísmo, é verdade. Porque preciso saber o que passa dentro da sua cabeça, o que acontece...

Porque eu não consigo entender como ontem falavas em coisas que me faziam sonhar e hoje simplesmente me ignora. EU NÃO SEI LIDAR COM ISSO OK? Não sou perfeita, ninguém o é. Sou cheia de imperfeições, como qualquer outra pessoa. E quando vejo alguém ser indiferente comigo, eu surto, saio da casa, enlouqueço, perco a cabeça. Faço merda. Muitas talvez. Mas prefiro fazer merda a ter aquele ar blasé de “isso não me abate”, porque me abate. Porque preciso das coisas ditas, das verdades expressas, das coisas claras, das virgulas e pontos em seu lugar.

Indiferença é algo que me consome, mesmo sabendo que esse é o objetivo de alguém que me ignore, que eu me consuma aos poucos, eu não sei apenas me afastar do pensamento. Minha cabeça dá voltas e voltas, levanta suposições, cria enredos, tenta entender, encontrar o erro, a explicação.

E isso assusta, aos outros e a mim mesma, assusta muito, porque eu queria ser indiferente a tudo isso, mas por natureza não sou, e assumo as minhas fraquezas, não tenho vergonha disso. Sou fraca. Por trás dessa carranca de “nada me abate” eu sou fraca, sou carente. Sou de explicar a explicação...

O coração anda apertado, porque quando ele achou que “agora vai”, “agora estou pronto pra tudo de novo”, se enganou, se iludiu, ele não estava preparado pra indiferença... E eu acho que nunca vai estar...

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom fim de semana, estou desejosa de ir pa casa...

Anônimo disse...

Ariana, como eu.
Nascida no dia do aniversário da minha irmã.
Intempestiva, como ela. ;)

Jana, o bom de pessoas como você é a autenticidade. Sempre há surpresas, sempre há revelações.
Isso é bom. E também pode ser ruim.
Mas é único e é seu!
E as pessoas tem de gostar da gente como somos, não têm?

Sorte de quem encontra pessoas que dizem o que pensam no caminho.

Beijos.

Anônimo disse...

Ufa! Que susto, pensei que tinha acabado deveras. Mas vejo que está ainda melhor no novo endereço. Fareia atualização do meu link. Beijão!