quarta-feira, agosto 30, 2006

Sylvia Plath

Ontem assisti Sylvia - Paixão além das Palavras. Uma história real de amor, paixão e inteligência entre duas das mentes mais brilhantes do século 20, a poeta americana Sylvia Platch e o poeta inglês Ted Hughes. Um romance sensual e extremamente provocante. Paixão além das Palavras te leva além da escritora aclamada, além do romance, além da traição, e recria a mais devastadora história de amor de todos os tempos.

Estou completamente maluca para ler os seus diários. Procurei alguns Ebooks, mas não achei nada traduzido. Comprar por enquanto esta fora de questão em virtude do rombo do meu orçamento. Alguém ai se habilita a me dar de presente?

Ontem, vendo o filme fiquei pensando que pra muitos (inclusive pra mim) parece ser incompreensível um suicídio daquela forma, com os filhos no quarto ao lado, preparando-lhes o leite para quando acordarem. Mas Sylvia esta muito além disso. É difícil compreender o que realmente se passa na alma humana. E acredito que nisso o filme cumpre o seu papel...

A fama de Sylvia Plath como escritora está irremediavelmente ligada à repercussão do seu suicídio. Os poemas mais conhecidos estão no livro Ariel, publicado dois anos depois de sua morte e foram, na maioria, escritos nos seus últimos meses de vida. Durante o final da década de 50, Sylvia Plath era considerada uma escritora completa, porém alternativa, vivendo à sombra do talento do marido, o poeta inglês Ted Hughes. Escreveu um romance angustiado, The bell jar (1963), publicado sob pseudônimo, dias antes de morrer. Poucos, com certeza, teriam adivinhado que seria capaz de produzir poemas de tamanha força como os últimos que escreveu, combinando desespero enfurecido e altíssimo nível técnico literário. Seus poemas são atormentados e profundamente inteligentes. Por expressar raiva e dirigi-los praticamente contra os homens, como em Daddy (Papaizinho), Plath foi canonizada pelas feministas durante as décadas de 70 e 80, que usaram indevidamente sua obra para suscitar polêmicas. Quando esse fanatismo passou, pôde-se perceber que sua poesia era realmente única, dotada de um misterioso jorro de eloqüência poética. Sylvia Plath suicidou-se em 1963. Se ela tivesse sobrevivido à terceira e última tentativa de pôr fim à vida, talvez não soubesse justificar a origem dos poemas de Ariel . Os poemas são encantadores e inimitáveis e possivelmente influenciaram inúmeros poetas ao longo dos últimos 30 anos.

Os diários de Plath

Hoje, a tradução completa de seus diários permite ver, dia após dia, como uma escritora mágica, uma moça sadia, vaidosa, espontânea, irônica, hipersensível, foi acometida de uma neurose. Seus diários se assemelham a uma longa novela de Fitzgerald cujo personagem fosse verdadeiro, dotado de lucidez total e de coragem igualmente grande para enfrentar os problemas íntimos. Duas coisas chamam particularmente a atenção nesses diários: de um lado, é a capacidade da estudante Sylvia Plath de nos mergulhar mais uma vez nas ondas luminosas daquela época do pós-guerra e um lado "American Graffitti" e, de outro, a terrível transformação de seu estilo mágico em imagens convencionais quando começa a viver com o poeta Ted Hugues. As pequenas estradas verdes e brancas de Cap Code, as noites de chuva primaveril de Cambridge, a insolência natural dos retratos, tudo perde seu verniz, seu brilho.

Vida breve

Nascida em 1932, no Estado de Massachusetts, numa família de origem austríaca, ela fez estudos brilhantes no Smith College. O pai morreu quando ela tinha 8 anos. Em 1953, tentou matar-se. Em 1957, seu marido, Ted Hughes, publicou The Hawk in the Rain, primeira coletânea de poemas que o tornaria célebre. Em 1962, Hughes encontrou outra mulher e abandonou Sylvia. Em junho, numa casa de campo, em Devon, ela escreveu seus mais belos poemas, que compõem a coletânea Ariel, movida por verdadeiro frenesi. Antes do Natal, solitária, desamparada, mudou-se com os filhos para uma casa em Londres, onde viveu Yeats. Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, depois de preparar o leite das crianças, escreveu um bilhete e abriu o gás da cozinha. Sua morte a tornou tão célebre quanto Hemingway e se instalou um culto em torno de sua obra e de sua vida. (Fonte: www.terra.com.br).

OBS: Post só essa hora, pq passei o dia sem net.

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