É segunda feira e eu simplesmente não sei o que escrever aqui, fiquei um bom tempo olhando essa página em branco, o teclado e nada me vinha em mente. Então me dei conta que gosto mais de papel e caneta. Os melhores textos que eu escrevi, as coisas que eu mais gostei, viram do papel e da caneta. Sinto-me mais a vontade parece que tenho mais chances, que posso, desenhar o mundo, reconstruir cada canto de meu pensamento. É minha alma, é pessoal... Apesar de todas as vantagens que a tecnologia nos trouxe, para colocar idéias, organizar pensamentos, sonhar, buscar nada me parece mais ideal do que um papel e uma caneta.
Eu vejo em uma folha em branco: possibilidade, cumplicidade, é como uma amizade antiga onde eu, caneta e o papel não precisássemos de apresentações, de ponderações, de meios termos, podemos ser únicos e realmente verdadeiros. Mesmo que a maioria das vezes eu acabe digitando os textos sinto como minha alma estivesse contida naquelas linhas rasuradas, naquela incerteza de estar sendo coesa, é onde eu me perco e me encontro. Perco-me em sonhos, devaneios, frases que somente pra mim fazem sentidos. É onde me encontro como realmente sou, sem farsas, sem palavras esperadas...
É nesses momentos que a simplicidade é indispensável. Hoje fiquem com isso, um texto sem alma, sem coração, e completamente sem sentido, feito numa manha fria, numa página de Word, e em um teclado barulhento, sem a doçura do som do papel e da caneta...
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