Eu sempre achei que amor tinha que me fazer perder o tino, me dar taquicardia, me fazer suar frio, a ter palpitações.. Que tinha que ser recheado dessas pequenas inseguranças, será que ele me ama? Será que estou bem assim? O que será que ele está pensando? Que tinha que ter um toque de emoções arriscadas, uma briguinha aqui outra ali. Amor pra mim tinha que vir de forma avassaladora, tinha que me virar de pernas pro ar, me destruir por dentro, precisava mudar meu rumo, meu prumo. O meu amor, o amor que eu estava acostumada tinha que me fazer ficar acordada pelo uma vez por semana aos prantos com medo de perder...Era quase uma batalha pessoal, tinha que matar um leão por dia, só assim me sentia plena... Eu amei sim, muito, disso não tenho dúvidas, mas desse meu jeito louco, de que amor tinha que ser arrebatador.
Perguntaram-me se eu amava o Confeiteiro... Fiquei sem saber o que responder, porque definitivamente não sinto nada parecido com o que descrevi a cima, muito pelo contrario, o que sinto é uma paz imensa, a plena certeza de que tudo está bem e acabará bem. Sinto sua falta quando não estou com ele, muita falta, mas não sinto insegurança alguma, tenho a certeza de que sou amada, tenho a certeza da presença dele. Sinto-me bem, leve, como se as coisas estivessem todas nos seus lugares ou então sendo encaminhadas... Uma calmaria de sentimentos, não confundam com falta de sentimentos, os tenho, tenho tesão, tenho ciúme, tenho alegria, tenho nervosismo, mas de uma forma que talvez não saiba expressar, de uma forma serena, que me transmite paz, confiança, acho que talvez essa seja palavra, tenho muita confiança nesses sentimentos. Sinto vontade de dividir e não de competir. Por muitas vezes as palavras se tornam desnecessárias, sem que se tenha aquele silêncio incômodo... São sentimentos conhecidos, de forma nova, repaginados, algo completamente diferente do que eu já senti... Não sei e nem posso definir agora se isso é amor ou não. Só sei que algo que me completa, me faz bem e me trás paz...
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