segunda-feira, maio 12, 2008

Uma breve explicação, que não explica nada...

Na verdade não doeu tanto como eu imaginava. A verdade é que nas primeiras 48 horas eu achei que fosse rachar ao meio. Mas talvez a vida nos deixe tão calejada que as nossas dores mortais de antigamente, ganham prazo de duração. Na verdade a escrotice humana é tamanha que o enjôo que eu sinto se torna maior que a dor. A falta de sensibilidade alheia me toca bem mais do que qualquer outra coisa. E eu tento assimilar tudo isso, essa gente dura. Ando com dúvidas mil, angustiada e esperando uma resposta de um exame que tenho pra fazer. Talvez essa espera e essa coisa toda mexam mais na minha cabeça do que qualquer dor e qualquer gente. Mas então até a semana que vem, as dúvidas serão dissipadas, e quem sabe Deus, que já foi muito padrasto comigo, seja finalmente pai, e eu possa deixar tudo isso pra trás. Que, daqui um tempo, isso tudo se torne mais uma das histórias que a gente conta em uma mesa de bar para maldizer outras pessoas. Apenas mais um página. Queria me limitar a ser simples. A querer menos. Mas a gente não muda a natureza. As delicadezas continuam a me fazer falta. E me convencer que dessa vez a culpa não foi minha não será das tarefas mais fácies... Porque sempre há a sua culpa. Eu só queria não precisar ir tão fundo para me sentir viva. Para matar minha fome. Saber viver no raso deve ser dessas ignorâncias que nos fazem bem... Definitivamente. Mas isto também vai pra minha lista “das coisas que não me pertencem nessa vida...”

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