O que as pessoas tem confundido certos sentimentos com amor, não é brincadeira. Alguns, desesperados e na solidão, têm chamado de amor sentimentos em que só conseguimos enxergar egoísmo, uma busca desenfreada por prazer, um prazer qualquer que traga uma chama, uma luz instantânea, é o tal do "amor tudo para mim", onde o que importa é a satisfação pessoal, o resto, infelizmente, é resto.
Quem espera colher alguma coisa no amor, pode esquecer, amor é semeadura, amor é plantação diária, onde regamos uma sementinha frágil, delicada e que às vezes não suporta o excesso, pois todo o excesso sufoca.
Já o "amor comércio", é aquele calculado, onde pesamos o que levaremos de vantagem, os prós e contras, a qualidade, a validade do "produto", é aquele onde transformarmos a pessoa "amada" em uma mercadoria e tomamos posse com etiqueta e tudo. É o amor onde só esperamos receber, queremos mais carinho, mais atenção, mais de tudo e oferecemos menos, porque se não recebermos, não damos.
O "amor vaidoso" é aquele que conquistamos para nosso prazer, apenas para dizer que podemos conquistar quem quisermos. São pessoas infelizes, que nunca amaram de verdade, e se aproveitam de seu charme, de seu poder de conquista para pisar nas conquistas, como se as pessoas fossem montanhas, depois de escaladas são esquecidas, abandonadas.
O "amor ficante" é aquele que as pessoas se cruzam hoje, dizem "eu te amo", amanhã rola um sexo básico e no terceiro dia despedem-se, às vezes com uma depressão de uma das partes que não soube entender a brincadeira, sim, pois, querer amar alguém que mal sabemos o nome, é uma brincadeira, não é mesmo?
Amor requer tempo, paciência, sabedoria e às vezes encontramos mais sabedoria em jovens de 14 anos, que nas "entendidas de 20,30". Amor não é jogo que se joga para saber quem é o vencedor, nem olimpíada onde disputamos uma medalha. Amor é calmaria, é porto seguro, é a ilha que nosso barco, coração, quer aportar e ficar.
Eu espero que eu possa ser um cais para um coração que precisa aportar, e que meu coração encontre a ilha onde possa sentir-se seguro, afinal de contas, a vida sem amor, é como noite sem estrelas, até existe, mas é menos bonita.
* Texto já publicado no blog antigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário