sexta-feira, outubro 26, 2007

Concha... Analogias... Suposições... Ou... Um daqueles textos bem mulherzinhas...


Eu não sou uma concha como me disseram. Mas usando esta analogia, e supondo que eu esteja errada e você certo... Eu diria. Ok, eu sou uma concha. Uma ostra. A questão é que não é difícil extrair de mim a pérola (ou as respostas, ou os querer, ou...), apenas você terá um pouco de trabalho para isso. Mas antes temos que saber o que são pérolas. “Uma pérola é um material orgânico duro e esférico produzido por alguns moluscos, as ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo, como um grão de areia”.

Não tenho nem idéia de como se dá o procedimento de extração dessas pérolas, nem da captura destas ostras (acredito que com gaiolas no fundo do mar), mas suponhamos (já que o que mais fazemos é supor coisas) que um mergulhador tenha que ir até o fundo do mar, para conseguir achar uma ostra, traze-la a superfície, e então abri-la cuidadosamente para tirar dela o que ela tem a oferecer. O que eu espero de você (ou de alguém) é no mínimo uma disposição para mergulhar o mais fundo que puder em mim, me trazer a superfície e então com cuidado abrir-me para extrair de mim o que tenho a oferecer.

Analogicamente, podemos dizer que uma pérola só se forma, depois que uma conha é invadida. Podemos também imaginar que uma ostra, só se fecha desta forma, tornando a extração de sua preciosidade uma coisa meio complicada, porque ao se dar esta invasão, ela foi ferida, machucada. Sendo eu, como você afirmou, uma ostra, fui invadida, e machucada. Me fechando cada vez mais, e produzindo minhas próprias pérolas, disposta a entrega-las para alguém que esteja verdadeiramente as querendo, a ponto de correr o risco de fazer todo esse processo. De se aventurar num mergulho, de procurar a ostra certa, de abri-la cuidadosamente, e depois cuidar do que encontrou. Porque suponho eu, mais uma vez, que ostras não gostem de ser engaioladas sem que demostrem um esforço para conquista-las.

Mas veja bem, eu não entendo nada de conchas, de ostras, de pérolas, de pesca... Apenas supus que seja assim. Como você supõe que eu seja uma concha.

8 comentários:

Anônimo disse...

linda... existe a pérola natural, aquela que a própria natureza se encarrega de formar, são essas as mais valiosas, existe tbm as mais comuns, conchas que são violada por criadores,que introduzem um corpo estranho gerando uma perolização desse corpo!
pérolas são tumores (cânceres) naturais ou não... sacrifício da concha transforma-se em grande e valiosa jóia, que posteriormente transforma-se em adornos propiciadores de alegrias,
vc pode ser concha, e com sacrifício gera pérola
vc gera pérola só p/ trazer alegria
adoro te ler... parabéns pela criatividade dessa analogia

Bel, a normal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bel, a normal disse...

Adorei o texto com as analogias e as tantas suposições. E você libera essas pérolas, de fato.
Beijoca

Amanda Beatriz disse...

adorei a analogia! e a achei muito valida!!!
beijos!

Anônimo disse...

Também não sei como se dá o processo, mas lembro de ter lido de que é uma coisa forçada. Ou seja, os "criadores" induzem a reação colocando a ostra em contato com um corpo estranho. Enfim...

Quanto à analogia, não poderia ter sido mais perfeita. E, sinceramente, quem não é um tanto ostra algum dia?

Anônimo disse...

"O que eu espero de você (ou de alguém) é no mínimo uma disposição para mergulhar o mais fundo que puder em mim, me trazer a superfície e então com cuidado abrir-me para extrair de mim o que tenho a oferecer."


Então somos parecidas neste aspecto.
Tb quero isso.
Tão raro ne...
Bjs

Carmim disse...

Nenhum tesouro se alcança sem esforço... pode ser coisa de mulherzinha, mas, penso que aquilo que queremos tem que dar trabalho, caso contrário, torna-se banal, fácil demais, e logicamente, pouco valorizado.

Beijos.

Unknown disse...

Oiii, faz tempo que não venho aki...

bjão!!