quarta-feira, julho 20, 2011

Email

Escrevi um email. Um daqueles emails que não vou enviar.
Mentira, eu vou. Não sei quando, mas sei que um dia, eu vou acordar e vou clicar no enviar.
Li e reli milhares de vezes. Não me reconheço em uma linha. Mas mesmo assim não queria mudar uma vírgula. Tão piegas, tão sério. Tento dar um ar leve àquilo tudo, mas não sinto vontade de mudar nada. É exatamente o que eu quero dizer (mas que no fundo queria não precisar dizer, compreensão por telepatia?).

Ficou tão diferente do que eu sou, que até me assusto.

4 comentários:

Lu Souza Brito disse...

Oi Jana,

Manda sim. Cria coragem e clica em enviar e sai de perto.
Já passei por isso. No começo você vai dizer que nao devia ter feito aquilo, vai se sentir ridicula, vai sentir vergonha e depois vai ansiar pela resposta...ahaha
Mas você FEZ. Telepatia nao existe, nao nestas coisas.
Vai em frente!!!

Carol Rodrigues disse...

Manda não. Manda não...

Atitude: substantivo feminino. disse...

Essa técnica é muito importante.
Um ex chefe meu me ensinou a fazer isso e é batata. Quando estiver possuída por uma raiva e querendo jogar a merda no ventilador, escreva e salve em rascunhos.
No dia seguinte, a sua visão sobre o assunto será bem mais clara e bem mais ponderada.
Eu sempre faço isso.
Sempre mando depois.
O segundo olhar é clínico!

Luiz disse...

Bom, Jana, voce já mandou o email. Então, não há muito a fazer. Historinha: um escritor americano famoso, Mark Twin, que tambem escrevia para jornais, tinha o hábito de, quando irado, escrever cartas sobre a razão da sua ira. Mas guardava essas cartas para enviá-las quando a ira passasse. Quase sempre as rasgava. Seus amigos diziam que Mark Twin tinha um humor tão ferino, que poderia destruir qualquer um com seus textos.
Eu ia sugerir que voce não enviasse, por 2 razões: primeiro, porque não se deve enviar textos nos quais não nos reconhecemos. Segundo, porque, na maioria dos casos, não adianta coisa alguma.