quarta-feira, janeiro 28, 2009

Da falta do que fazer nas férias


A verdade é que estou sumida daqui porque me falta saco. De verdade, quanto menos coisa se faz, menos coisas se tem vontade de fazer. São as férias mais ociosas que tive na vida, faço nada o dia todo, exceto um cineminha (sei tudo de desenho animado), piscina, comer, dormir, tv... Me da uma canseira absurda de não fazer nada. O ócio cansa. Semana que vem volto ao trabalho, só não sei o que vou fazer lá, visto que a nova política da empresa bloqueia o uso de msn... Palhaçada! Emfim, parece que vou ter que trabalhar... Meu e-mail vai bombar! Ho ho ho

Então, eu to escrevendo só pra dizer que to viva, podem aposentar o vestido preto que ainda não foi dessa vez. Semana que vem a coisa deve voltar ao normal, mas agora, não torrem o saco, com post, comentários e afins, que meu sofá ta parecendo mais apetitoso que esse pc!

Bom ócio!

domingo, janeiro 18, 2009

BBBesteirol


Porque eu ando bemmmm produtiva nas minhas férias... Então que tem povo lado A e povo lado B, e eu sempre gostei mais do lado B do disco, do lado B da vida, não podia ser diferente, lado B bem mais divertido, com piscina de plástico, sem champanhe e com muita cerveja, bem mais divertido... Tirando o véio nojento. Véio tarado, um nojo! Eu se fosse a miss (a gaúcha com cara de fuinha) já tinha mandado a merda, porque ele corre atrás dela e tenta agarrar de qualquer jeito, e a coitada foge, foge pra cama do outro mas nem assim o babão da folga. Sem contar às bobagens que fala, começa e não termina, fica dando indireta furada. Olha se eu tivesse lá e tivesse aqueles corpos, eu me estendia de bunda pra cima mesmoooo. Cada um com seu poder de ataque. (porque o véio até nisso foi dar palpite)

Gosto do ruivo gaúcho também, acho divertidíssimo, e esperto, metendo fogo no pseudo triangulo com a loira e o Leo (o mais gatinho entre todos), mas sem queimar o filme dele. Saca? Povo gaúcho é esperto mesmo... ho ho ho

Lado A, sem muito pra dizer, povinho sem sal. Gosto do negão, apesar de achar ele sem sal igual, mas ao menos pensa sozinho e tem coerência. A véia me irrita a vera! Só abre aquela boca pra falar merda. E grita! Deus como grita, parece uma garça no cio (suponho que garças tenham cio). Não tem uma frase descente que saia daquela boca. Por mim já tava na rua. Mas sempre vai ter os politicamente corretos que irão dizer que vai ser preconceito mandar a véia embora. Mas lá chatice depende de idade? Sem contar que é porca! Vocês viram ela enchendo os fundilhos da calcinha de sabonete e esfregando no rosto? Quase vomite! Eu não sei o nome de ninguém ainda, mas aquela loira do lado B tem uma cara que eu não suporto, entojada...

Se juntarem a véia e o véio não sai um que preste!

A única coisa que conclui é que pobre sabe se divertir muito mais, prova que o lado B é infinitamente mais animado. Nem ai pro outro lado, nem ai fazendo complô de votos (tirando o véio, que torra com tudo) e o outro lá, já confabulando tudo que pode.

Só esperando a queda do muro e ver que vai rolar de bafafá... (Hipocrisia vai ser pouca!)

domingo, janeiro 11, 2009

“E a loucura finge que isso tudo é normal... Eu finjo ter paciência...”


E nem sei se finjo tão bem. Na verdade eu tento é me enganar, forçar a paciência em mim. Eu nao consigo sentar e escrever, porque ando distraída de mais para isso. Eu não consigo mais conversar com ninguém no MSN pois ando dispersa. Nada me interessa muito. Nenhum assunto me prende. Eu acho que sou focada. Ou obsessiva. Quando estou com algo na cabeça, piro. Piro mas continuo fingindo ter uma calma que no fundo não tenho. Essa ansiedade que me fode vida. Essa coisa toda de que se tem que ser, que seja pra já! Eu não sei ser devagar, eu não sei comer pelas beiradas, eu tenho que queimar a lingua. Agora!

Me irrita essa coisa toda de “o jogo é assim, siga as regras”. Quem foi que inventou essa porra toda de regra? Eu não quero seguir regra alguma. Eu não tenho saco algum pra essa coisa toda de ter compreensão. Eu não quero compreender nada. A gente perde muito tempo nessa vida compreendendo coisas que a gente não quer. Sendo complacente com coisas que a gente engole a seco, que arranha a garganta. Simplesmente porque se não for assim, pagamos de loucas, de ansiosas... Porque se não for assim, a gente assusta.

Eu quero mesmo assustar. Sou assim, e se alguém se assusta com isso nunca poderá ser parte da minha vida. A vida é já, é sem rodeios. Muita coisa acontecendo pra se perder tempo com essa frescura toda de comportamento. Esse redevu de se-ele-não-ligar-eu-devo-ligar? Que saco!! Coisa patética! Acabamos sendo patéticos com essa coisa toda. Mais simples se cada um fizer o que tem vontade, o que quer.

Minha vida parece um álbum de histórias repetidas com figurinhas diferentes! Se alguém ou alguma coisa ta lá em cima dando risada e esperando que eu aprenda a ter paciência, desista! Eu não sou assim, eu sou alho ou bugalhos. Mas não dá, não se pode, não se deve. O certo é esperar. Esperar o que raios? Que alguém decida por você? Que alguém diga, ok agora eu posso, e você já pode ter vontade de novo! Isso não é angustiante? Nesse meio tempo, nessa distância toda, você senta e simplesmente espera, engole tudo, faz a digestão lentamente, para não morrer, e espera... E a vida lá, indo...

E eu aqui, resignada, espero. Fazer o que? O jogo é assim... Merda!


"Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara..."
(Paciência - Lenine)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

O primeiro


Mila me mandou não sei quanto tempo atrás escrever sobre o primeiro beijo. Como foi Mila eu aceitei escrever, mas já aviso aos românticos de plantão que será decepcionante. Mas...

Eu estava na terceira série e era apaixonada pelo irmão um cadim mais velho de uma amiga de aula. Na casa dela rolava seguido umas festinhas, e era minha chance de ficar com Daniel. Mas aos 11 anos é apavorante nunca ter beijado e a possibilidade de beijar o cara que você paga de paixão.

A solução? Chico!! Irmão de 18 anos da mesma amiga e do mesmo cara que eu gostava. Não sei por que cargas d’água eu achei que essa seria a solução dos meus problemas. Chamei Chico de canto e mandei a real: “gosto do teu irmão, ele ta afim de mim, e não sei beijar, você vai me ensinar”, achou um absurdo à idéia, mas as 11 anos se sabe como ser pentelha!

Eu? Eu achei aquilo horrível! Perguntei por mais de meia hora porque aquela língua enfiada na minha boca! Achei nojento, melado... E não entendia como gostavam daquilo. Mas estava feito. Podia agora beijar Daniel diante de toda minha experiência.

Daniel, desde a tal festa acabou virando meu primeiro namorado de fato, depois daquele do jardim de infância, que virou gay. Chico nunca abriu a boca e nunca comentou nada até um tempo atrás quando reencontrei e ele zoou que se soubesse o que viraria teria aproveitado mais, eu apenas respondi que ele foi meu manual do usuário...

Eu disse, decepcionante para os românticos...

sexta-feira, janeiro 02, 2009

O ônus de ser honesta


A vontade que tenho é mesmo de ser verborrágica. De sentar falar, desenhar tim tim por tim tim. Transparente como água, objetiva como os homens nos seus bons tempos eram. Ah e como eram... Andam todos agora numa subjetividade assustadora. Mas a honestidade trás um ônus que no fundo não sei se estou pronta pra carregar. Traz o fim da questão sem todo o meio de campo e não sei se quero.

Como saber se no fim do filme o casal fica junto, felizes para sempre, ou se a mocinha vai Londres afogar as mágoas em outras histórias, outros amores... Mas sem saber o resto do filme, se ela merecia ou não o beijo final.

Você chega para o cerumano e descarrega toda sua loucura, todo seu querer, toda as suas “ites” que você vivia escondendo, simplesmente por não agüentar mais todo esse jogo tosco que todo mundo faz o tempo inteiro. Beleza, você foi você na sua forma mais sincera e vergonhosa, assumindo toda fraqueza... E ai? Ai minha filha você corre o risco de ouvir um “você é muito legal, mas não to pronto pra essa loucura toda, eu não quero te dar a sua casinha de cercas brancas com labrador correndo eu quero te comer e deu”. E você não tem nem mais argumentos. Você não pode dizer que não é bem assim, que você não é tão louca, que nem te falta tanto assim, que você só quer a normalidade, o colo, o carinho, que no fundo é uma fomezinha de nada, qualquer lanchinho resolve. Não pode. Porque você já mostrou o rombo que tem no teu estômago, e já disse com todas as letras que sua fome é voraz. Não da pra fingir mais que você nada no raso, você já gritou que gosta de mergulhar de cabeça.

E, então, você assusta todo mundo, que anda acostumado com essa leveza que você não tem e finge ter, que acha o máximo essa sua risada, mas não sabem que no fundo é riso de nervoso, é um riso que suplica por uma definição, por um saber. É querer saber, mas, só se o saber for exatamente o que você espera ser.

Você não pode mais se negar a ver, não pode mais contornar, mudar de caminho, se fazer de louca. Esta lá escancarado, e você só pode definitivamente enxergar. Não da mais pra florir ou argumentar. Do exposto que não se tem mais argumento. Arque com todo o peso da honestidade. É como tirar um peso dos ombros e por outro na cabeça. Do concreto jogado em cima de você. Sem abstratos...É eu não sei se posso com tudo isso agora.

Acho que mentiras sinceras me interessam...